Por Jack Phillips
Vários frascos com o rótulo “varíola” foram descobertos em uma instalação de pesquisa de vacinas na Pensilvânia, confirmaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), na terça-feira.
Um porta-voz do CDC afirmou aos meios de comunicação que atualmente “não há indicação de que alguém tenha sido exposto ao pequeno número de frascos congelados”.
“Os frascos congelados rotulados como ‘Varíola’ foram acidentalmente descobertos por um trabalhador de laboratório enquanto limpava um freezer em uma instalação que conduz pesquisas de vacinas na Pensilvânia. O CDC, seus parceiros de administração e a polícia estão investigando o assunto e o conteúdo dos frascos parece intacto”, afirmou a agência federal de saúde.
Enquanto isso, o trabalhador de laboratório que descobriu os frascos estava usando uma máscara facial e luvas, acrescentou o porta-voz do CDC.
Um alerta enviado pelo Departamento de Segurança Interna na noite de terça-feira relata que os frascos foram encontrados em um freezer nas instalações da Merck fora da Filadélfia, informou o Yahoo News. A descoberta dos itens levou ao bloqueio das instalações.
“Não há indicação de que alguém tenha sido exposto ao pequeno número de frascos congelados”, afirmou o CDC em um comunicado à mídia.
A varíola, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 30 por cento, é uma doença infecciosa causada pelo vírus da varíola, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA). O último caso natural do vírus foi registrado na década de 1970, enquanto autoridades de saúde internacionais e dos Estados Unidos declararam a doença erradicada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a erradicação da varíola em 1980. O último surto conhecido nos Estados Unidos foi em 1947.
Alguns governos estão autorizados a armazenar amostras do vírus para pesquisas, inclusive na sede do CDC em Atlanta.
Funcionários do National Institutes of Health, em 2014, encontraram seis frascos de varíola em um depósito no campus de Bethesda, Maryland, da agência. Na época, o CDC afirmou que não havia evidências de que alguém foi exposto ao vírus.
“A varíola era uma doença terrível. Em média, 3 em cada 10 pessoas infectadas morriam. Os sobreviventes geralmente tinham cicatrizes, que por vezes eram severas”, relata o site do CDC.
Os historiadores estimam que um número significativo de nativos americanos foi morto durante epidemias de varíola. Em 1832, o governo dos Estados Unidos estabeleceu um programa de vacinação contra a varíola para os nativos americanos.
O CDC observa que “no final de 1975, Rahima Banu de três anos de idade, de Bangladesh, foi a última pessoa no mundo a adquirir varíola maior naturalmente” e “também foi a última pessoa na Ásia a ter varíola ativa”.
Tanto o CDC quanto a Segurança Interna não responderam imediatamente a um pedido por comentários.
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