Por Bruna Lima, Terça Livre
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou no último dia 05 novas diretrizes sobre o risco de infecção pelo coronavírus em superfície, que evidenciam a ineficácia de medidas sanitárias de extrema limpeza em ambientes comunitários.
O novo protocolo desfaz uma narrativa empregada desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020, em vários países.
Conforme noticiou o Yahoo Noticias, a atualização do CDC tem implicado o fim do “teatro da higiene.”
De acordo com a nova orientação do CDC, o risco de contaminação por meio de superfícies “é geralmente considerado baixo” e que ainda não se tem evidencias quanto “a proporção das infecções por SARS-CoV-2 adquiridas por transmissão de superfície.”
“Existem poucos relatos de casos de COVID-19 potencialmente atribuídos à transmissão de fômites (objetos). As infecções muitas vezes podem ser atribuídas a várias vias de transmissão”, afirmou o Centro de Controle em um comunicado público.
Os especialistas afirmam ainda que o risco de contaminação por objetos, ou superfícies como maçanetas, fechaduras etc. é menor que 1 em 10.000. Para eles, a única medida efetiva pode ser a higiene das mãos.
“(…) A higiene das mãos poderia reduzir substancialmente o risco de transmissão de SARS-CoV-2 de superfícies contaminadas, enquanto a desinfecção de superfície uma ou duas vezes por dia obteve pouco impacto na redução de riscos estimados – em estudos Quantitative microbial risk assessment (QMRA).”
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, os estudos realizados apontam um risco ainda menor de contaminação em ambientes externos. “Pode-se esperar que as concentrações de SARS-CoV-2 infeccioso em superfícies externas sejam menores que em superfícies internas devido à diluição e ao movimento do ar, bem como às condições ambientais mais adversas, como a luz solar.”
A nota evidencia que somente são necessárias e eficazes a limpeza e desinfecção em ambiente de convivência com um ou mais contaminado pelo coronavírus, mas que o processo em ambientes comuns não indicou eficácia.
“Há pouco suporte científico para o uso rotineiro de desinfetantes em ambientes comunitários, sejam internos ou externos, para prevenir a transmissão de SARS-CoV-2 de fômites”, declarou.
Além das avaliações quantitativas de risco microbiano, o CDC utilizou-se de mais de 35 referências para a nova orientação a população norte-americana.
Em seu perfil no Twitter o jornalista Paulo Figueiredo relembrou a ineficiência das medidas decretadas por governadores e prefeitos ao realizarem o fechamento de parques e escolas, trazendo, assim, consequências ainda piores.
“Lembram de todos os parquinhos de crianças fechados? De todos os livros e brinquedos quarentenada? Dos pesos de academia? Tudo por NADA”, disse o jornalista, ao comentar a nova recomendação do CDC.
” O mais absurdo não é a mudança das diretrizes. É a fraude de como as coisas eram vendidas ao público – aí sim, como GADO! – como fossem uma certeza absoluta “comprovadas cientificamente”, calando todos que questionavam as medidas e taxando-os de “negacionistas”, continuou.
Figueiredo ainda apontou a atuação da grande mídia que de forma evasiva se nega a noticiar a verdade sobre as restrições. “Onde estão todos os correspondentes internacionais vagabundos brasileiros que não dão a notícia?”, questionou.
Até a finalização desta matéria, nenhum grande veículo de mídia brasileiro havia noticiado a publicação do CDC sobre os dados de contaminação em ambientes.
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