Por Jack Phillips
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e outros funcionários confirmaram que um caso de varíola do macaco foi detectado recentemente em Maryland, sendo a segunda vez que o raro vírus é detectado nos Estados Unidos neste ano.
O indivíduo infectado, que viajou recentemente para a Nigéria, está sofrendo de sintomas leves e está se recuperando em isolamento, afirmou o Departamento de Saúde de Maryland, nesta semana.
“As autoridades de saúde pública identificaram e continuam a acompanhar aqueles que podem ter estado em contato com o indivíduo diagnosticado”, declarou a secretária adjunta de Saúde Pública de Maryland, Dra. Jinlene Chan. “Nossa resposta em estreita coordenação com os funcionários do CDC demonstra a importância de manter uma forte infraestrutura de saúde pública”.
A varíola símia, que pertence à mesma família de vírus da varíola, mas causa sintomas mais brandos, pode ser transmitida pelo contato à lesões cutâneas ou fluidos corporais, ou materiais contaminados, como roupas. O vírus também pode se espalhar através de grandes gotículas respiratórias em curtas distâncias.
As autoridades de saúde de Maryland afirmaram que o público não precisa tomar quaisquer precauções especiais.
“Na noite de ontem, os cientistas do laboratório do CDC confirmaram que o paciente tinha varíola do macaco e que a infecção era compatível com a cepa que ressurgiu na Nigéria desde 2017. A pessoa está atualmente em isolamento em Maryland”, o CDC confirmou em um comunicado à imprensa na quarta-feira.
Ao apresentar detalhes, a agência federal de saúde afirmou que “os viajantes em voos para os Estados Unidos eram obrigados a usar máscaras no avião, bem como nos aeroportos dos EUA, devido à pandemia da COVID-19 em curso”.
Como resultado dos protocolos da COVID-19, a agência afirmou que o risco para a propagação do vírus da varíola do macaco em aviões é baixo.
Mas o “CDC está avaliando os riscos potenciais para quem pode ter tido contato próximo com o viajante no avião e após sua chegada aos Estados Unidos”, segundo seu comunicado.
No início deste ano, um caso de varíola do macaco foi relatado em um homem que havia recentemente visitado a Nigéria e retornado ao Texas. Na época, o Texas e as autoridades de saúde federais determinaram que o risco representado pelo vírus era baixo.
A doença foi relatada pela primeira vez em pessoas em 1970, antes de vários casos serem descobertos nos Estados Unidos em 2003. Acredita-se que a maioria dos casos identificados tenha tido contato com cães da pradaria infectados por roedores africanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A varíola símia, ou varíola do macaco, tem uma taxa total de mortalidade de cerca de 1%, afirma a OMS, embora a taxa de mortalidade na área do Congo seja maior, matando até 10% das pessoas infectadas naquela região.
As autoridades de saúde dos EUA, em contraste, afirmam que a taxa de mortalidade por varíola é muito maior, matando cerca de três em cada dez pessoas infectadas.
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