A ciência e a psicologia têm investigado o impacto do contato humano com a água, revelando benefícios que vão além do físico e alcançam o emocional.
Entre os principais nomes desse campo de estudo está o biólogo marinho Wallace J. Nichols, responsável por popularizar o conceito de “Mente Azul”.
No best-seller Blue Mind: a ciência surpreendente que mostra como estar perto, dentro ou debaixo d’água pode torná-lo feliz, saudável, mais conectado e melhor no que faz, Nichols reúne evidências científicas que associam a proximidade com a água – seja do mar, rios, lagos ou piscinas – a uma melhora significativa na saúde, criatividade, eficiência e bem-estar geral.
Estudos apontam que esse fenômeno, batizado de “mente azul”, é capaz de desencadear reações fisiológicas que promovem calma e equilíbrio emocional.
Segundo Nichols, ambientes aquáticos atuam como catalisadores para alcançar um estado geral de tranquilidade, confirmando que viver próximo à água pode, de fato, aumentar as chances de felicidade.
Os benefícios do contato com a água
Os estudos apontam que estar próximo da água oferece diversos benefícios, incluindo:
- Alívio de problemas respiratórios, como asma e alergias
- Recuperação da fadiga mental
- Melhora na qualidade do sono
- Estímulo à criatividade e à introspecção
- Menor propensão a doenças crônicas
- Aumento da saúde mental, com redução do risco de depressão
Além disso, a proximidade com a água favorece a produção de hormônios positivos, como dopamina, serotonina e oxitocina, enquanto reduz o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.
Mente Azul vs. Mente Vermelha
Nichols também discute o oposto do estado de “mente azul”, denominado “mente vermelha”.
A “mente vermelha” está associada ao estresse crônico e à hiperatividade da vida moderna, fatores que, a longo prazo, geram desconexão emocional, fadiga mental e ansiedade.
Cientificamente, a “mente azul” é caracterizada por um estado de serenidade, ativado pela exposição a estímulos aquáticos suaves e repetitivos, como o som das ondas.
Tais estímulos desencadeiam respostas neuroquímicas que geram a produção de hormônios relacionados ao prazer e ao relaxamento, conforme publicado pelo La Nación.
Com o corpo humano sendo composto por 60% a 70% de água, não é surpreendente que a relação com esse elemento natural tenha um impacto tão profundo em nossa saúde física e emocional.