Por Rebecca Zhu
Australianos que estão com problemas de saúde mental ou de natureza física possuem maior probabilidade de vivenciar dificuldades econômicas, de acordo com uma pesquisa da ANZ.
Na última pesquisa sobre bem-estar financeiro da ANZ, de 3.550 australianos selecionados aleatoriamente, 68 por cento dos que estão com dificuldades financeiras também descreveram sua saúde mental como regular ou ruim, em comparação aos 28 por cento restantes.
Da mesma forma, 57% dos australianos com dificuldades financeiras afirmam que sua saúde física é regular ou ruim, em comparação aos 27% restantes.
A professora Elaine Kempson, da Universidade de Bristol, define o bem-estar financeiro como uma combinação de dois fatores – quanto dinheiro você possui e o que você faz com ele.
Quatro em cada cinco australianos estavam confiantes em sua capacidade de administrar o dinheiro no dia-a-dia. Cerca de 37% dos australianos possuem mais de seis meses de salário economizado, mas 14% relataram não possuir nenhuma economia.
Os homens geralmente possuem maior bem-estar financeiro do que as mulheres, com uma pontuação média de 66 e 62, respectivamente.
O relatório revelou que saúde, desemprego, potencial de ganho e estágio de vida são os fatores socioeconômicos mais significativos que afetam o bem-estar financeiro.
A saúde precária apresentou o maior impacto socioeconômico perante o bem-estar financeiro, seguida pelo desemprego.
Enquanto isso, aqueles que possuem uma mentalidade voltada à economizar tendem a possuir um maior bem-estar financeiro, uma vez que as atitudes em relação à economia e gastos se correlacionam positivamente com o valor economizado e os investimentos mantidos. Pessoas com essa mentalidade também tendem a possuir níveis mais baixos de endividamento do consumidor.
“A pesquisa mostra claramente o papel relativamente limitado que o conhecimento financeiro desempenha – os hábitos financeiros são muito mais importantes, mesmo em uma renda relativamente baixa. O que você faz com seu dinheiro pode melhorar ou piorar a situação”, afirma Kempson.
Pessoas nas categorias “sobrevivendo” e “lutando” foram mais propensas a usar um esquema compre agora, pague depois (BNPL), a 33% e 41%, respectivamente.
Enquanto isso, 8% ou 1,5 milhão de australianos usaram o novo serviço de pagamento sob demanda, um empréstimo de curto prazo que permite que a pessoa acesse seu salário com antecedência, mediante o pagamento de uma taxa.
A pesquisa do Finder descobriu que a maioria dos australianos que utilizam esse serviço são da Geração Z (22 por cento), em comparação com 11 por cento da geração do milênio e 1 por cento dos baby boomers. A geração Z também é a que tem maior probabilidade de estar “extremamente estressada” quanto a sua situação financeira, em comparação com outras gerações.
“Embora os serviços de pagamento sob demanda, como o Beforepay, sejam relativamente novos, eles são essencialmente empréstimos de curto prazo e devem ser tratados com a mesma cautela”, declarou a especialista em finanças pessoais do Finder, Kate Browne.
“Eles podem ser úteis por um curto período de tempo … Por outro lado, ter acesso regular à sua renda antes do dia do pagamento pode levar a hábitos financeiros ruins, como gastar demais e não conseguir economizar”, afirmou ela.
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