Por Daniel Khmelev
Pela primeira vez, Nova Gales do Sul (NSW) presenciou mais pacientes totalmente vacinados hospitalizados pela COVID-19 chegando em comparação com o número de pacientes não vacinados, à medida que o surto da Ômicron continua.
Dados publicados pela Unidade de Inteligência Crítica sobre a COVID-19 do governo de NSW revelaram que, no dia 9 de janeiro, 68,9% dos pacientes hospitalizados pela COVID-19 de 12 anos ou mais, tinham duas doses da vacina, com 28,8% não vacinados.
O número de pacientes vacinados com duas doses em unidades de terapia intensiva (UTIs) também superou o de não vacinados, com 50,3% dos vacinados apresentando-se à UTI com COVID-19, mais do que os 49,1% não vacinados.
No entanto, com base nos dados apresentados, indivíduos não vacinados parecem ter seis vezes mais chances de serem hospitalizados e quase 13 vezes mais chances de serem encaminhados para UTI do que aqueles que estão totalmente vacinados.
Isso considerando que o número de pacientes não vacinados parece estar super-representado nos números – 7,3% da população de NSW com 12 anos ou mais na época não eram vacinados, mas representavam metade dos pacientes da UTI com COVID-19 no Sistema de saúde de Nova Gales do Sul. Atualmente, a Austrália não permite tratamentos alternativos, como a ivermectina e a hidroxicloroquina, disponíveis e usados em outros países.
De acordo com o NSW Health, 95,1% das pessoas com 16 anos ou mais receberam a primeira dose de uma vacina contra a COVID-19 e 93,7% receberam duas doses até o dia 11 de janeiro.
O aumento na proporção de hospitalizações entre os totalmente vacinados ocorre em meio à disseminação da variante Ômicron do vírus do PCC na Austrália, juntamente com a perda da eficácia das vacinas disponíveis contra a COVID-19.
Um porta-voz da NSW Health afirmou ao Epoch Times no dia 11 de janeiro que a Ômicron havia suplantado a variante Delta como a principal variante que se espalhava em NSW, mas que também parecia ser menos perigosa que seu antecessor.
“A variante Ômicron está associada a uma menor taxa de hospitalização e admissão na UTI”, afirmou o porta-voz.
Enquanto o estado registrou 32.155 casos do vírus no dia 9 de janeiro, 2.030 foram hospitalizados e apenas 159 foram enviados para a UTI. No dia 12 de janeiro, o número total de casos saltou para 53.909, com 2.242 hospitalizados e 175 na UTI.
“A NSW Health insta a comunidade a continuar praticando comportamentos seguros contra a COVID para manter a si e à comunidade seguros, incluindo usar uma máscara em ambientes fechados, manter o distanciamento físico e praticar a higiene das mãos.”
O porta-voz também lembrou aos elegíveis para receber sua terceira dose de reforço de uma vacina disponível contra a COVID-19 – que agora pode ser recebida quatro meses após o recebimento da segunda dose – para aumentar a eficácia da imunidade concedida pela vacina.
“Continuamos incentivando todos que ainda não o fizeram a se vacinar e qualquer pessoa que agora seja elegível para sua dose de reforço a tomá-la sem demora. As vacinas contra a COVID-19 disponíveis na Austrália são seguras e muito eficazes na redução do risco de casos graves da doença e morte.”
Nos Estados Unidos, foi relatado que 2 das três vacinas contra a COVID-19 disponíveis caíram abaixo de 50% de eficácia após seis meses, de acordo com um estudo publicado em novembro de 2021.
Para combater isso, Nova Gales do Sul exigiu doses de reforço para toda a equipe de educação, juntando-se a outros estados que implementaram os requisitos para o reforço da vacina.
NSW também está trabalhando para entender melhor os efeitos das novas variantes da COVID-19.
“A NSW Health está priorizando todo o sequenciamento do genoma da COVID-19 para pacientes na UTI, a fim de entender melhor o impacto das variantes Delta e Ômicron”, relatou o porta-voz.
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