Anticorpo que pode proteger contra todas as variantes da COVID-19 é descoberto por cientistas do Texas

Por Redação Epoch Times Brasil
17/09/2024 09:10 Atualizado: 17/09/2024 09:10

Uma equipe de cientistas da Universidade do Texas (UT) em Austin, nos Estados Unidos, anunciou a descoberta de um anticorpo capaz de combater com eficácia todas as variantes da COVID-19, além de outros vírus relacionados.

Para realizar a pesquisa, foram coletadas amostras de sangue de moradores infectados de Austin, a capital do Texas. Os pesquisadores isolaram um “anticorpo plasmático amplamente neutralizante, chamado SC27, de um único paciente”, disse a universidade. 

Em seguida, eles utilizaram tecnologia existente para determinar a sequência molecular do anticorpo.

“Um dos objetivos desta pesquisa é trabalhar em direção a uma vacina universal que possa gerar anticorpos e criar uma resposta imunológica com proteção ampla contra um vírus que se muta rapidamente”, explicou um dos líderes do projeto e recente doutorando pela UT, Will Voss.

O estudo, que teve a colaboração de pesquisadores de várias universidades, é o mais recente entre um conjunto crescente de pesquisas sobre a COVID-19 realizadas pela UT. A equipe já solicitou a patente para o anticorpo SC27.

Como funciona o SC27

De acordo com os pesquisadores, assim como outros anticorpos protetores, o SC27 atua ao se ligar a uma parte do vírus da COVID-19 chamada proteína Spike, que permite que o vírus se fixe às células do corpo humano. 

A Spike também sofreu mutações entre as diferentes variantes do COVID-19, o que, segundo os especialistas, ajuda o vírus a evitar a suposta proteção oferecida pelas vacinas disponíveis no mercado e outros tratamentos.

Essas vacinas e suas doses de reforço têm sido amplamente questionadas por médicos em todo o mundo, incluindo os Médicos Pela Vida, do Brasil, e a Frontline COVID-19 Critical Care Alliance (FLCCC), dos EUA.

Os pesquisadores da UT afirmam que o SC27 tem a capacidade de reconhecer diferenças na proteína Spike entre as diversas variantes do vírus. Atualmente, não existem tratamentos com essas características disponíveis, destacaram os cientistas. 

“Devido à sua notável capacidade de neutralizar de forma potente até mesmo as variantes mais recentes, o SC27 pode preencher essa lacuna”, disse Voss.