O Exército da Nicarágua informou, nesta quarta-feira (18), que participou do V Fórum de Defesa China-América Latina, e seu chefe, general Julio César Avilés Castillo, declarou em mensagem que as Forças Armadas da Nicarágua têm “pleno direito de manter relações com nações amigas como a República Popular da China”.
“As imposições são inaceitáveis”, disse o chefe militar da Nicarágua durante seu discurso nesse fórum virtual, segundo um comunicado de imprensa do Exército da Nicarágua.
Avilés, de 66 anos e chefe das Forças Armadas da Nicarágua desde 2010, foi sancionado em 22 de maio de 2020 pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, juntamente com o ministro da Fazenda da Nicarágua, Iván Acosta, por suposta participação em atos de corrupção e por ajudar a silenciar as vozes pró-democracia no país centro-americano.
Além disso, foi sancionado por seu significativo apoio ao regime do ditador nicaraguense, Daniel Ortega, para “reprimir e desmantelar as instituições democráticas” da Nicarágua.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, como chefe das Forças Armadas, Avilés forneceu apoio aos grupos paramilitares que atacaram aqueles que começaram a se manifestar contra Ortega em abril de 2018, o que foi rechaçado pelo Exército.
Durante o fórum, Avilés, fundador do “extinto” Exército Popular Sandinista (EPS), afirmou que “a Nicarágua é o país mais seguro da região” e que “o respeito à soberania, à independência e à autodeterminação nacional são fatores de estabilidade entre as nações”.
“O respeito entre as nações e suas relações pacíficas e harmoniosas são fatores determinantes para ampliar as esferas de cooperação em benefício do desenvolvimento e bem-estar dos povos”, declarou.
Além disso, agradeceu ao ministro da Defesa Nacional da China, coronel General Wei Fenghe, pelo convite para este fórum virtual, bem como às autoridades da Universidade de Defesa Nacional do Exército de Libertação Popular, que organizou o V Fórum de Defesa China-América Latina.
O ditador Ortega nomeou Avilés, um proeminente ex-guerrilheiro sandinista, pela primeira vez como comandante-em-chefe do Exército em novembro de 2009, substituindo o general Omar Halleslevens, que foi vice-presidente da Nicarágua de 2012 a 2017.
Avilés é chefe do Estado-Maior desde 2005, chefe da Direção de Inteligência e Contra-Inteligência Militar (1998-2005) e realizou estudos militares em Cuba.
A Nicarágua restabeleceu relações diplomáticas com a China em dezembro passado, após 31 anos mantendo-as com Taiwan, que o gigante asiático considera uma ilha rebelde.
Na primeira produção nacional da NTD Brasil e Epoch Times Brasil, o documentário “As Eleições do Fim do Mundo”, temas como a influência do Partido Comunista Chinês, suas ambições e projetos de poder tanto para o Brasil quanto para a América Latina, foram detalhados e contribuem para o entendimento do que está em jogo. O documentário pode ser acessado nos links abaixo:
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