TSE faz parceria com app banido dos EUA por espionagem para a China

Tribunal Superior Eleitoral anuncia parceria com TikTok "para a criação de um ambiente digital livre de notícias falsas na rede"

06/10/2020 18:28 Atualizado: 06/10/2020 19:35

Por Leonardo Trielli, Senso incomum

Átila Iamarino pode ser considerado o propagador da maior fake news sobre a peste chinesa de que se tem notícia. Foi o “cientista” quem vaticinou 1,1 milhão de mortos pelo vírus chinês até agosto deste ano. Ele também saiu espalhando que o governo americano, malvadão, havia comprado todas as doses da vacina do coronavírus deixando o resto do mundo desabastecido.

Não contente em chamá-lo para ser garoto propaganda em sua campanha contra fake news nas redes, o Tribunal Superior Eleitoral se supera no absurdo e fecha parceria com o TikTok, “para a criação de um ambiente digital livre de notícias falsas na rede.”

Na esteira da CPI das fake news e do Inquérito do Fim do Mundo – considerado inconstitucional, menos para a corte constitucional brasileira – o TSE acredita ser o guardião de toda a verdade do mundo no que diz respeito à notícias sobre eleições.

E como é que eles demonstram isto aos pobres de nós, que não sabemos diferenciar o bem do mal, o belo do feio, o justo do injusto? Retuitando agências de fact-check – todas de esquerda – que já divulgaram fake news elas próprias; contratando como garoto-propaganda o divulgador da maior fake news da história da pandemia; e, agora, contratando uma empresa chinesa, que é mais do que suspeita de entregar ao Partido Comunista Chinês dados sensíveis de milhões de seus usuários pelo mundo.

O governo americano baniu o aplicativo do país. Até o ultra-esquerdista Mark Zuckerberg teria alertado o presidente Trump sobre os perigos que o aplicativo poderia trazer para os EUA. É esta empresa, com este aplicativo, que o Tribunal, que deveria ser um dos principais guardiões da democracia brasileira, fechou parceria.

Isto não é uma piada de extremo mau gosto. É escárnio.

“O rebelde desconhecido”, imagem que correu o mundo após o que ficou conhecido como “Massacre da Praça da Paz Celestial.”
Pequim, 4 de junho de 1989.

Leonardo Trielli não é escritor, não é palestrante, não é intelectual. Também não é bombeiro, nem frentista, não é formado em economia e nem ciências políticas. Nunca trabalhou como mecânico e nem bilheteiro de circo. Twitter: @leotrielli

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As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times