Sem apresentar provas, Doria impõe quarentena nível amarelo

Um dia após tucanos se aglomerarem para comemorar vitória de Covas, Doria quer novas medidas pesadas contra inocentes sem apresentar prova de que quarentena funcione

30/11/2020 19:38 Atualizado: 30/11/2020 19:38

Por Flavio Morgenstern, Senso Incomum

O governador de São Paulo João Doria não apresentou provas até agora de que quarentena funcione, sendo governador do estado mais afetado pela peste chinesa, mesmo com medidas draconianas para tratar pessoas inocentes como “perigosas” em potencial ao sair na rua.

Por mera coincidência, apenas acidentalmente, o aumento de proibições ao povo vem exatamente um dia após o segundo turno das eleições municipais, que sagraram a vitória do também tucano Bruno Covas, seu ex-vice como prefeito. Tucanos aglomeraram sem muito medo de infecção um único dia antes de avisarem que estamos todos com muito mais rico de vida se sairmos na rua.

Doria não apresentou evidências científicas para a mudança da quarentena da fase verde para a amarela. Na verdade, nenhuma prova foi apresentada da eficiência da quarentena como um todo.

Ninguém sabe responder o enigma simples: se a quarentena do Doria funcionou, por que precisamos de uma nova quarentena? E se a quarentena do Doria não funcionou, por que precisamos de uma nova quarentena, anyway?

Além de não apresentar provas para sustentar medidas autoritárias que retiram direitos básicos das pessoas, como sair nas ruas sem serem tratadas como criminosas e traidoras do sistema, a imposição de quarentena por Doria parece se sustentar em logorréias e teorias da conspiração completamente desacreditadas da internet, como a fake news de que morreriam 3 milhões de pessoas de peste chinesa até agosto, promovida pelo youtuber de “canal nerd” Atila Iamarino, entrevistado no Roda Viva por Vera Magalhães durante a gestão Doria.

Em um vício em não apresentar provas, Doria ainda quer impor uma vacina chinesa como obrigatória para os paulistas “mesmo sem aval da Anvisa” (sic). A medida ultra autoritária favorece o país do temível Partido Comunista, financiador da Coréia do Norte e o país genocida que mais parece com a Alemanha nazista hoje.

Doria tem se tornado famoso por seus negócios com a mesma China que legou ao mundo a peste chinesa (talvez a quinta da década). Agora, quer impor, no mesmo modelo chinês, a obrigatoriedade da vacina, tratando pessoas inocentes como criminosas se não forem vacinadas.

Oh, espere. Mesmo na China comunista, a China do massacre da Praça da Paz Celestial, a China da espionagem, a China do bloqueio no Google, a China dos jornalistas torturados, a tal “Coronavac” não é obrigatória, e mesmo assim a falta de provas da vacina assusta um país ultra-desenvolvido como o Japão. Já na terra do Doria, criticar a falta de provas científicas é considerado… anticientífico.

 

Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro “Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs” (ed. Record).

As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.

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