Milhões de brasileiros lotaram as ruas de São Paulo e outras capitais no dia 25 de fevereiro em defesa da democracia e dos direitos humanos.
Os protestos ocorreram em meio a preocupações de que o presidente, Lula da Silva, esteja atualmente instalando um regime autoritário baseado no socialismo radical e na supressão dos direitos individuais.
O governo brasileiro está atualmente censurando as mídias sociais e essas manifestações pró-democracia não foram divulgadas nem mesmo pela imprensa local.
Mesmo os repórteres estrangeiros que procuram reportar esses protestos foram severamente punidos.
Por exemplo, o repórter português, Sergio Tavares, foi detido em 25 de fevereiro no aeroporto de São Paulo. A Polícia Federal reteve seu passaporte porque ele veio divulgar a manifestação.
Ele revelou que estava então questionado a respeito de suas declarações sobre fraude eleitoral, ativismo judicial, 8 de janeiro, e vacinas.
Há um histórico
A vitória eleitoral de Lula em novembro de 2022 foi confirmada por juízes eleitorais altamente politizados. O problema, porém, é que milhões de cidadãos simplesmente não acreditam que o Sr. Lula algum dia seria eleito pelos meios democráticos normais.
É claro que foi definitivamente um regresso inesperado para um político notoriamente corrupto, um ex-presidente impopular que foi diretamente responsável pela maior série de escândalos de corrupção na história do país.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção generalizada e lavagem de dinheiro. No entanto, passou apenas um ano e meio preso porque, em 2021, um juiz do Supremo Tribunal anulou todas estas condenações por motivos inteiramente técnicos.
O tribunal não disse uma palavra sobre a culpabilidade de Lula – demonstrada em três decisões judiciais, perante nove juízes, e uma série de processos criminais onde houve inúmeras testemunhas confessas, acordos de confissão e até mesmo a devolução de dinheiro roubado.
Em vez disso, o tribunal declarou simplesmente que o ex-presidente não deveria ter sido processado na cidade de Curitiba, mas sim em Brasília, restaurando assim os direitos políticos de Lula que lhe permitiram concorrer às eleições presidenciais deste ano.
Em 2002, Lula disse ao jornal francês Le Monde, que ele “acredita firmemente que cada eleição é uma farsa e um mero passo para tomar o poder”.
Em outra entrevista ao principal jornal argentino, La Nación, Lula disse: “Primeiro temos que dar a impressão de que somos democratas, inicialmente; temos que aceitar certas coisas. Mas isso não vai durar.
Sabendo disso, não seria descabido questionar a eleição presidencial.
Justo e transparente
O oponente de Lula, Jair Bolsonaro, que buscou a reeleição em 2022, contou com o aplicativo de mensagens Telegram para alcançar sua base eleitoral. Porém, em 18 de março de 2022, o Supremo Tribunal Federal determinou a suspensão nacional do Telegram.
O meio de comunicação social Rumble também foi banido do Brasil pelo “crime” de defender a liberdade de expressão.
Devido, em parte, ao fato de que juízes não eleitos, incluindo os responsáveis pela supervisão das recentes eleições presidenciais, desempenhavam ostensivamente um papel político que não é adequado à função judicial, milhões de brasileiros têm, portanto, uma boa razão para questionar a confiabilidade e a transparência do sistema eleitoral.
Não se espera que acreditemos que as eleições devem ser justas e transparentes? Mas há alguma razão para acreditar que essas eleições foram apenas isso?
Agora, milhões de cidadãos estão se manifestando para protestar não só contra a alegada falta de transparência eleitoral, mas também contra a instalação de um regime de esquerda.
Estes brasileiros preocupados saíram às ruas das principais capitais para protestar contra um presidente que não só foi eleito de forma controversa, mas que agora está alegadamente usando o Tribunal para perseguir e prender todos os seus dissidentes políticos.
As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times