Por Alex Pipkin – Instituto Liberal
Em uma das universidades que conheço, a cada quatro professores de disciplina de Economia, três são esquerdistas de carteirinha. Talvez seja porque tal instituição queira “formar cidadãos íntegros”, com base nos valores cristãos…
Sou judeu e também acredito nos valores humanos e individuais – Antigo Testamento – e em um só Deus. Claro, ninguém deve roubar, matar, cobiçar a mulher de outros… Seria isso, porém, em função da “diversidade” tão entoada em prosa e verso por esses esquerdistas? Evidente que as empresas devem se preocupar – e se preocupam – com direitos humanos e diversidade. Sim, tá, mas e daí? Atentemos para problemas reais.
Fiquei pensando sobre quanto tempo é gasto nas organizações “de verdade” para se ajustar, sistematicamente, as mudanças de legislação e da bu(r)rocracia. De acordo com Banco Mundial (2017), o Brasil é o país onde se gasta mais tempo para lidar com burocracia tributária no mundo. A burocracia consome cerca de 1,5% do faturamento anual das empresas privadas. Advogados agradecem! Objetivamente, toda essa ineficiência é repassada aos preços dos produtos e serviços, gerando desemprego e reduzindo produtividade e competitividade externa. Até cego enxerga que essa disfuncionalidade prejudica, principalmente, os mais pobres.
Impostos e regras do Império! Ambiente de negócios com instabilidade jurídica, judicializado e alimentador de corrupção (mais!). Há inequívocas barreiras para os investimentos na estrutura produtiva com tal ambiente para fazer negócios e, o que é pior, sem perspectivas de mudanças estruturais relevantes.
Imaginem o tamanho da estrutura pública para suportar todos estes processos… Todos sabemos (parece que não!). Já pararam para pensar sobre a INUTILIDADE e tempo perdido com nosso dinheiro dos impostos na máquina política?! Nos últimos anos, com Mensalão, impeachment, Larápio como ministro, acusações entre senadores e deputados, conversas grampeadas, comissões de direitos humanos, escândalos em estatais, etc. e etc. (barbaridade), quais foram a prioridade e o espaço dedicados pelos representantes do povo e o nobre STF para discussão dos temas de interesse do povo? Projetos para o real desenvolvimento da nação, a fim de gerar mais emprego, renda e prosperidade?
Ecoam, literalmente, gritos de democracia, direitos humanos, diversidade, feminismo, mais e/ou menos ministérios e a inacreditável e inédita situação, envolvendo até um criminoso e ex-presidiário, desejando, a qualquer custo, retornar com sua camarilha ao Palácio do Planalto. Apesar de tudo isso, grandes economistas profetizam que a SOLUÇÃO É MAIS ESTADO (O que que é isso minha gente!)! Um mais antigo, John Keynes, um dos 60, Raúl Prebisch e outro mais “atual”, Paul Krugman; os referenciais. Nada poderia ser diferente. Aquilo que governos latino-americanos e esses “grandes economistas” desejam é um capitalismo sem lucros, um socialismo sem disciplina e investimento sem investidores estrangeiros.
Pois bem, precisamos pensar reflexivamente e focar no essencial para reativar a economia no pós-crise da Covid-19. O que deveria ser o fio condutor e integrador de todos os poderes e a sociedade em geral precisaria ser a preocupação com a criação de empregos, de renda e de prosperidade. O país necessita varrer uma série de regulamentos arcaicos e processos burocráticos que impedem que as empresas cresçam e contratem mais gente. De nada adianta só pensar no lado da demanda.
Enfim, neste país sério, todos deveriam comer e dormir com o foco na ativação das cadeias de valor que trarão empregos e comida no prato de todas as famílias brasileiras. Como a tão aludida diversidade, urge discutir e acionar iniciativas para empregar mais jovens, inserir pessoas de distintas classes sociais com diferentes visões da realidade, incluir idosos no mercado de trabalho, para muito além da discussão de cor e gênero, e que factualmente contribuam para a alavancagem de resultados para as empresas e para as comunidades em que estão inseridos.
Imaginem se o centro da reflexão e da ação estivesse em deixar todas as pessoas e as empresas mais livres para empreender e produzir riqueza, livrando-as das amarras estatais, será que a diversidade dos seres humanos no Brasil não ficaria melhor atendida e todos mais satisfeitos e felizes em todas as esferas da vida e da realidade objetiva?
Alex Pipkin
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