Na semana passada um jornalista, em uma cidade pequena, foi esfaqueado por um vereador do Partido dos Trabalhadores. Aconteceu em Cocal, no Piauí. Godofredo Brito — o jornalista — agora teme ser assassinado. Ele classifica o ocorrido como uma tentativa de homicídio.
O que acontece é que Carlão do PT, da câmara dos vereadores da cidade, agrediu Brito quando ele se aproximava de uma obra para apurar e relatar irregularidades à população local. Um comunicador social desde 2014, ele se diz “fiscal do povo” para seu município. Era uma obra de pavimentação que, relata o jornalista, não tinha placa com os valores gastos nem devia ser executada por um vereador.
Apesar de um registro em vídeo da agressão e de um boletim de ocorrência, ainda não houve consequências para Carlão do PT, pelo que Godofredo registrou.
Godofredo Brito é o Ocidente.
Self-made man, foi feirante e teve uma loja de acessórios para celular. Foi a livre iniciativa. Depois, assumiu a função de falar livremente sobre os representantes de sua comunidade para o benefício público. Talvez inconsciente disso, ele estava exercendo uma tradição permeado por milênios de defesa de direitos naturais. É algo condensado no preâmbulo da constituição dos EUA — aquilo que os Founding Fathers redigiram valendo-se das tradições religiosas e filosóficas que se erguem mirando Aristóteles e Jesus Cristo.
Seus pais o deram o nome perfeito. “Godofredo” tem origem germânica, normalmente associado à junção de “Gott”, “Deus”; e “Frid”, “paz” ou “proteção”. Brito é da pedra, da força, da determinação e, claro, sobre a rocha, Pedro, se funda a Igreja.
Ainda, Godofredo, ao exercer seu direito constitucional, foi agredido por alguém que deveria ser o defensor de seus interesses e, desamparado, depende de sua comunidade para reagir. Logo nessa parábola, o agressor era Carlão do PT — do Partido que protagonizou o maior escândalo de corrupção da história do Brasil e se aliou àquilo que há de antagônico à tradição ocidental: o socialismo, o Foro de São Paulo, as ditaduras comunistas de China e Cuba, o regime narcotraficante de Nicolás Maduro, a ditadura iraniana que financia o terror desde o Oriente Médio às fronteiras do Brasil.
E, assim como muitas vezes acontece com os povos de seu nativo Ocidente, não foi agredido por agredir. Foi agredido por relatar. A metáfora não poderia ser mais precisa. Ele clamou por ajuda de forças políticas chamadas conservadoras. Teme morrer, mas a resposta demora e ameaça não vir.
Godofredo Brito é o Ocidente, e como o nome proclama, é pela proteção divina, não pelas forças políticas supostamente interessadas em defendê-lo, que o Ocidente persiste — e é sim necessário ser rocha. Godofredo Brito é o Ocidente, e essa é uma triste constatação. Segundo apurou a revista Oeste (e como é adequado que tenha sido este o veículo a trazer a história a público), ele não contém o choro e fala que “as agressões físicas e as ameaças não atingem apenas ele, mas afetam toda a família, sobretudo a mulher e os dois filhos, de 10 e 17 anos”.
Vou além. Afetam uma família maior, que talvez Godofredo não saiba sequer que é sua. Seus hematomas são de cunho civilizacional e, se não tratados, podem trazer não só consequências à saúde. Podem deixar Godofredo com medo de noticiar, com medo de ser fiscal do povo, com medo de ser Godofredo — com medo de ser Ocidente. Ele já foi alvejado antes, por duas vezes, por chamados “capangas” da política da cidade. Godofredo pareceu seguir resiliente. Mas até quando?
Godofredo Brito é o Ocidente. Força Godofredo.
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As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times