Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
No coração de Riviera Beach, Flórida, uma empresa chamada K12 Print está redefinindo o que significa fazer negócios na América. Isso não se trata apenas de lucros e produtividade para John DiDonato, o CEO e fundador. Embora o sucesso financeiro faça parte da equação, sua missão mais profunda é ajudar a revitalizar um pilar vital da economia americana: a manufatura. A visão de DiDonato para a K12 Print está enraizada na crença de que a manufatura pode ser um catalisador para mudanças – não apenas para a empresa, mas para o país e suas comunidades.
Há uma conversa em andamento sobre a reindustrialização nacional, especialmente após a COVID, quando a cadeia de suprimentos global foi interrompida. Empresas estão considerando essa possibilidade, mas não veem um caminho claro. A K12 Print conhece o caminho, e ele é trilhado por meio do investimento em capital humano.
“Você não deve ignorar uma zona de empresas”, aconselha DiDonato. “Sim, pelos benefícios fiscais que você pode encontrar, mas principalmente pela comunidade que estará lá – uma comunidade ávida por oportunidades.”
Abrir uma empresa em uma zona de empresas não foi apenas uma decisão de negócios para DiDonato; foi uma escolha estratégica para dar novo fôlego à manufatura americana e, por extensão, à comunidade local de Riviera Beach. Ele viu potencial ao estabelecer uma base de manufatura onde ela era mais necessária, oferecendo empregos e treinamentos aos moradores locais e revitalizando a economia da região.
“Eu pensei que, à medida que a empresa crescesse, ela poderia realmente mudar a cidade”, reflete DiDonato.
Para DiDonato, o declínio da manufatura americana não é apenas uma questão econômica; é uma questão social. Ele acredita que a terceirização dos empregos de manufatura corroeu a base da classe média americana e limitou as oportunidades para muitos jovens, especialmente aqueles nas áreas urbanas. Segundo DiDonato, a manufatura é crucial para criar riqueza e manter uma economia saudável.
“A manufatura é a única coisa que cria riqueza”, ele afirma. “Para ter uma economia saudável, você precisa de uma base de manufatura forte. Nós terceirizamos tanto da nossa manufatura que isso está afetando nossa economia e as oportunidades disponíveis para nossos jovens, especialmente nas áreas urbanas.”
DiDonato aponta para países como a China, que se concentraram fortemente na manufatura e nas habilidades técnicas, resultando em rápido crescimento econômico e oportunidades de emprego.
Os EUA, por outro lado, viram um declínio em seu setor manufatureiro. Segundo o Comitê Econômico Conjunto dos EUA, desde janeiro de 2000, os Estados Unidos perderam mais de um quarto de todos os empregos de manufatura domésticos, uma queda de mais de 4,7 milhões. DiDonato acredita que isso é um dos principais fatores nos desafios econômicos enfrentados por muitas comunidades americanas hoje.
“Quando eu era jovem na manufatura, aprendi a fazer coisas praticando. Isso não é algo que você pode ensinar em uma sala de aula”, explica DiDonato. “Se continuarmos terceirizando nossa manufatura, não apenas os empregos vão embora, mas a tecnologia e a inovação também. Precisamos trazer a manufatura de volta para os EUA para que nossos jovens possam estar na vanguarda da criação e construção de novas coisas.”
A filosofia de negócios da K12 Print está enraizada em uma paixão pela redenção e na compreensão de que erros fazem parte da vida. O coproprietário de DiDonato, Jim Wahlberg, sentiu pessoalmente os efeitos da redenção e busca maneiras de oferecer o mesmo aos outros. Ele disse: “Todos somos sujeitos à redenção. Ela exige o amor e a misericórdia dos outros e a determinação de fazer o que for necessário para continuar avançando.”
“Há circunstâncias ruins, mas não há crianças ruins. A maioria de nossos jovens na América são bons jovens que só precisam de uma oportunidade”, disse DiDonato.
DiDonato acredita que há um espaço valioso para habilidades práticas na economia moderna. Enquanto empresas de todo o país têm lutado para preencher vagas, a K12 Print encontrou sucesso ao pensar fora da caixa. Segundo DiDonato, o segredo está em oferecer treinamentos práticos que preparam os funcionários para as demandas do trabalho na manufatura, independentemente de sua formação educacional.
Essa abordagem inclusiva de contratação se estende a indivíduos com erros no passado. DiDonato acredita em dar uma segunda chance às pessoas que já pagaram por seus erros, permitindo que elas reconstruam suas vidas. Ele não acredita que as consequências dos erros passados devam seguir alguém para sempre, desde que estejam dispostos a trabalhar duro e aproveitar as oportunidades oferecidas.
Angel Peña, funcionário de longa data da K12 Print, é um testemunho dessa filosofia. Para Peña, a K12 Print foi mais do que apenas um emprego – foi uma segunda chance na vida. “Eu era um jovem teimoso, cresci no sistema de adoção e tomei decisões ruins”, diz Peña. “Muitas pessoas me fecharam portas porque eu era um criminoso condenado. Mas a K12 Print me viu como uma pessoa, não apenas pelo meu passado. Eles me deram esperança e um futuro.”
Existem muitas maneiras de investir na comunidade. E a K12 Print acredita que o investimento deve ir além da força de trabalho atual. A K12 Print está comprometida em quebrar o ciclo de pobreza, investindo em jovens carentes.
DiDonato destina uma parte dos lucros da empresa para iniciativas locais, como o Boys and Girls Club, fornecendo transporte e recursos tecnológicos para ajudar as crianças da comunidade. Esse investimento faz parte de sua estratégia mais ampla de criar um ambiente mais inclusivo e de apoio para as futuras gerações.
“Investindo de volta na comunidade, não estamos apenas ajudando indivíduos; estamos ajudando a construir uma sociedade mais bem-sucedida e pacífica”, explica DiDonato. “Se conseguirmos alcançar mais executivos que pensem: ‘Podemos fazer isso também’, podemos começar a fazer uma diferença real. É importante que nossos líderes entendam que os jovens, especialmente aqueles nas áreas urbanas, não são ruins – eles só precisam de oportunidades e de pessoas que se importem.”
A visão de DiDonato para a K12 Print é de esperança e ação prática. Ao estabelecer sua empresa em Riviera Beach e focar no talento local, ele não está apenas fazendo com que funcione na América – ele está fazendo com que tenha significado. Isso é o que significa ser Made in America.
As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times