A história da humanidade está repleta de grandes homens. Realmente grandes e eu te convido a embarcar numa reflexão sobre a extensão desses “grandes homens”. Muitos crápulas carregam tal alcunha. Quem nunca ouviu o nome de Napoleão retumbar na história como se fosse um grande “herói” ? Ou até mesmo Mao Tsé Tung? É verdade que realizaram feitos impressionantes – grandiosos do ponto de vista do tamanho – mas minúsculos do ponto de vista moral. Esses homens não passaram de assassinos iguais ao bigodinho da Alemanha. As ações desses homens não foram guiadas por virtudes mas por um desejo cego e egoísta.
Em uma breve viagem para a Espanha, visitei o mosteiro de El Escorial. Um lugar que impressiona pelo seu tamanho, pela beleza, pelo que representou na história e pelo que representa até hoje. Lá, estão enterrados os membros mais importantes da família real, inclusive das dinastias Áustria e Bourbon. Sugiro, meu caro leitor, depois de ler este artigo, pesquisar sobre o lugar.
A biblioteca de El Escorial é imensa, uma sala ampla, com prateleiras em todo o seu perímetro, os móveis entalhados são de excelente qualidade, livros com conhecimentos de séculos, mapas da época das navegações e ornado com pinturas fabulosas no teto, colocando inclusive você diante de um dilema: a academia ou o estoicismo?
Em uma outra sala, uma obra de arte que remetia as virtudes cardeais:
– Prudência
– Justiça
– Temperança
Resolvi aprofundar um pouco para entender melhor o que era aquilo. Cheguei a conclusão que descobrir o significado dessas virtudes é importante para nos entender melhor. Enxergar quais são as nossas virtudes e o que podemos fazer para melhorar é extremamente importante para tornar-se alguém verdadeiramente grande.
A prudência é a virtude que nos dá razão para discernir, sob todas as circunstâncias, o nosso verdadeiro bem e também encontrar a forma mais justa de conseguí-los. Segundo São Thomás, a prudência é a “recta norma da acção”. A prudência é considerada “Auriga Virtutun”, um condutor das virtudes que guia as outras virtudes colocando-nos no caminho certo.
A justiça é a virtude que nos leva a dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido. Dessa forma, ela também conecta as virtudes. “Se alguém ama a justiça, o fruto dos seus trabalhos são as virtudes, porque ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza” (Sb 8, 7).”
A fortaleza é a virtude que nos dá força para fazer o que é certo, mesmo que seja mais fácil fazer o errado. É aquela força que nos faz resistir às tentações e superar os obstáculos. Afinal, fazer mal por inércia, incapacidade ou preguiça, não é ser bom.
A temperança pode ser chamada também de moderação ou sobriedade. É a virtude que nos traz o equilíbrio. Te afasta dos prazeres, das extravagâncias, distanciando-o dos seus instintos e levando-o pelo caminho honesto e escolhido.
A cada dia que passa, essas virtudes são mais difíceis de serem encontradas. A grande mídia – principalmente no Brasil – força uma valorização de tudo o que é errado e feio. Nas grandes cidades então, esse problema piora a cada dia. Uma pessoa que exercita suas virtudes certamente está preservando-se para o dia do juízo final. Se pensarmos bem não há motivos para deixar de trabalhar em nossas virtudes. Afinal de contas, todas elas podem ser desenvolvidas.
Dentre todas as virtudes, há uma que me faz crer que existe alguma conexão entre os verdadeiros grandes homens e os que são considerados grandes homens. É algo que todos eles tiveram, entretanto uns usaram para o bem e outros para o mal. Estou me referindo a Coragem, meus amigos.
Quem não admira um ato de bravura? A coragem tem correlação direta com o medo, sendo ela também o maior deles: medo de ter coragem. Quem não sente orgulho dos seus antepassados que lutaram com coragem, para que pudéssemos chegar até aqui? Neste momento é difícil ver atos de bravura. A nossa sociedade está mansa… os “homens” estão preocupados em fazer depilação a laser e as mulheres não desejam mais a família, desejam o trabalho.
Não é muito difícil concluir que aqueles abomináveis homens supra citados não guiavam suas ações usando essas virtudes. Com certeza não usavam. E embora eles tenham conseguido grandes resultados, encontramos um abismo que separa o que esses homens fizeram, com o que é certo. Sendo assim pode-se dizer que é verdadeiramente grande um homem que guia suas ações pelo poder, pelo dinheiro e pelo egoísmo?
Há alguns anos passou por essa Terra, uma pessoa. Essa pessoa possuía todas essas virtudes e deixou o exemplo para seguirmos. Existem várias histórias que ilustram essas virtudes. Elas estão escritas em um livro. Esse livro precisa ser lido pelas pessoas que querem desenvolver suas virtudes. Convido-os a pesquisar sobre esse livro, tão importante e tão acessível: A Bíblia Sagrada. Desse jeito saberemos dar valor aos homens que são verdadeiramente grandes. Aqueles que fizeram grandes feitos pautando suas ações por virtudes, com honestidade, fé e caridade. Sem passar por cima de ninguém. Tratando o próximo com amor. Ser grande também, não quer dizer simplesmente não fazer o mal. Quer dizer fazer o bem. Falando nisso a caridade também é uma virtude. Já pensou o quão grande é poder ajudar uma pessoa, uma sociedade, uma nação ou um povo?
Para ser grande, é preciso seguir alguns exemplos. Procure pela prudência, justiça, fortaleza, temperança, coragem, amor e honra. Na nossa sociedade ainda existem pessoas boas.
E você, meu caro leitor, já refletiu como você pode ser grande?
As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times