Se um viajante do tempo resolvesse voltar apenas 10 anos, e contasse para nossas versões de 2014 o que vivenciaríamos até 2024, é muito provável que a esmagadora maioria dessas pessoas riria da cara dele. Eventos tão surreais seriam impensáveis e incompreensíveis para as grandes massas. Desde fraudes eleitorais descaradas até tentativas de assassinato de presidentes, países uma vez prósperos quebrando e atingindo graus de miséria absurdos, migrações em massa, mudanças comportamentais extremas e uma pandemia em que fomos forçados a ficar meses dentro de casa, usamos máscaras em todos os lugares e coagidos a tomar medicamentos experimentais que se mostraram muito mais nocivos ao longo do tempo do que se poderia imaginar.
Mas o que vimos nestes últimos dias no Rio de Janeiro, durante a realização da Cúpula do G20, de certa forma, foi ainda mais assustador. Muito se fala em ter respeito pelas leis brasileiras, não permitir interferência estrangeira no país e sobre soberania nacional. Hoje, o povo brasileiro pôde comprovar que isso tudo não passa de palavras vazias.
Praticantes de Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, uma prática espiritual de meditação e cultivo interno com fortes raízes nas antigas tradições chinesas do Taoísmo e do Budismo, onde seus praticantes se esforçam para serem pessoas melhores, menos egoístas, mais bondosas e se assimilarem aos princípios universais de Verdade-Compaixão-Tolerância, foram assediados e impedidos de exercer seu direito garantido pela constituição à livre manifestação por militantes chineses pró-PCCh (Partido Comunista Chinês) em pleno solo brasileiro!! Os praticantes brasileiros mostravam faixas e exibiam cartazes das torturas atrozes, assassinatos e da extração forçada de órgãos, frutos da brutal perseguição a que são submetidos os praticantes que vivem na China durante os últimos 25 anos. Eu, que até onde sei, fui o primeiro praticante do Brasil, não podia acreditar quando percebi que essa perseguição havia chegado de forma aberta e ostensiva ao Brasil.
No início dos anos 90, práticas de qigong (práticas espirituais e energéticas que muitas vezes envolvem meditação e exercícios corporais suaves) eram extremamente populares na China. Durante esse período, mais especificamente em 1992, uma prática se sobressaiu em meio a tantas outras, o Falun Gong. Com princípios morais sólidos, 5 séries de exercícios tranquilos e com sua capacidade de realmente permitir mudanças fundamentais tanto no físico, quanto na mente e no espírito tornaram rapidamente a prática um fenômeno nacional.
Inicialmente a prática foi apoiada pelo regime chinês, principalmente por suas impressionantes capacidades de cura e de aprimoramento das funções corporais. Muitos estudos de hospitais chineses foram feitos neste período e a quantidade e qualidade da melhora eram impressionantes. Dessa forma os gastos estatais com saúde começaram a baixar drasticamente, tornado a prática um bom negócio para o governo. Essa “amizade” do PCCh com o Falun Gong durou 7 anos. Gradualmente a relação foi se deteriorando porque o número de praticantes cresceu tanto que ultrapassou o número de filiados do Partido Comunista Chinês. E isso para um governo tirânico como o PCC é algo inaceitável, mesmo nunca havendo qualquer movimento político ou de tomada de poder por parte dos praticantes ou de seu Professor e fundador, o Sr. Li Hongzhi. Os praticantes são meramente ensinados a serem pessoas melhores e se aprimorarem física e mentalmente, o que uma leitura de todo e qualquer material da prática, que se encontra gratuitamente no site oficial, pode comprovar.
Dessa forma, o ex-líder chinês Jiang Zemin, um dos grandes responsáveis pelo massacre dos estudantes na Praça da Paz Celestial em 1989, ordenou, passando por cima do congresso, que a partir daquele momento (julho de 1999) a prática estava proibida na China. A partir daí uma campanha persecutória em níveis nunca antes vistos iniciou-se na China. Todo aparato do estado foi mobilizado para esse fim: difamação em todos os meios de comunicação, vigilância extrema, táticas de terror, prisões ilegais em massa, torturas, espancamentos, assassinatos e algo totalmente inédito: a extração forçada de órgãos de praticantes ainda vivos!
Dessa forma, sabendo de tudo isso desde o ano 2000, quando eu iniciei minha prática, é simplesmente espantoso observar a deterioração de nossos direitos em solo nacional e a falta de segurança a que o povo brasileiro está sendo submetido. Estamos ficando à mercê do governo mais genocida da história humana. E nossas autoridades apenas assistem sem fazer praticamente nada.
Eu vejo tudo isso, como uma grande oportunidade do povo brasileiro se posicionar do lado da retidão, dos valores morais, da justiça e de Deus! E não aceitar que o país seja entregue na mão de uma organização criminosa das proporções do PCCh.
As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times