A Big Tech está fazendo um extermínio por procuração dos direitos humanos e civis, diz especialista em segurança

As empresas de tecnologia se tornaram instrumentos para suprimir os direitos humanos e civis

Por Por Hannah Ng e Tiffany Meier
26/12/2022 17:56 Atualizado: 26/12/2022 18:06

As grandes empresas de tecnologia se tornaram instrumentos para suprimir os direitos humanos e civis no mundo todo, diz o especialista em segurança cibernética Rex Lee.

“Eles agora se tornam braços do governo [agências], não diferentes de um informante que está relatando sobre as pessoas para uma força policial secreta”, disse Lee, consultor de segurança da My Smart Privacy, na edição americana do programa China em Foco da NTD, mídia irmã do Epoch Times.

Ele citou o caso da Apple, onde foi alegada uma obstrução no compartilhamento de conteúdo dos cidadãos chineses antes dos protestos em massa na China contra as políticas de COVID zero de Pequim.

A política de desabilitar o aplicativo AirDrop da Apple em iPhones na China prejudicou a capacidade dos manifestantes de coordenar e compartilhar informações urgentes uns com os outros, como suas localizações e o que estavam fazendo, bem como informações sobre as forças de segurança que cercavam os manifestantes.

“A Apple agora está expondo esses consumidores que desejam exercer seus direitos humanos, como protestar, e eles estão conspirando com o governo chinês e/ou o Partido Comunista Chinês”, disse Lee.

“Portanto, agora você tem a Apple agindo como um braço do Partido Comunista Chinês, novamente, informando sobre seus clientes a uma força policial secreta”, acrescentou.

Supressão de informações em solo americano

Lee acredita que a Big Tech também está agindo como um braço do governo dos Estados Unidos.

Ele apontou para os “arquivos do Twitter” — trocas documentadas entre o Twitter e agências governamentais, incluindo o FBI e o Departamento de Segurança Doméstica, discutindo a censura de certas informações e pessoas. A liberação das informações foi autorizada pelo novo proprietário do Twitter, Elon Musk.

“O cliente agora está sendo oprimido pela própria empresa com a qual está fazendo negócios, para a qual ele gera lucros. As empresas estão conspirando com agências governamentais, como o FBI, para realmente suprimir os usuários, os direitos humanos, e/ou direitos civis, como liberdade de expressão, capacidade de agir, direito à liberdade de imprensa”, disse ele.

Lee destacou os Arquivos do Twitter, tornados públicos em 19 de dezembro, que incluíam um e-mail indicando que o FBI pagou ao Twitter quase US$ 3,5 milhões com dinheiro do contribuinte americano.

“É uso indevido ou apropriação indébita dos fundos dos contribuintes, quando o FBI, que deveria estar se concentrando nos terroristas, agora está focando nos cidadãos americanos através de uma perspectiva tendenciosa baseada na ideologia política dos cidadãos, não em se o cidadão está fazendo algo errado,” ele disse.

Em resposta, o FBI afirmou que a correspondência entre a agência e o Twitter “não mostra nada além de exemplos de nossos compromissos tradicionais, duradouros e contínuos do governo federal e do setor privado, que envolvem inúmeras empresas em vários setores e indústrias”.

“Conforme evidenciado na correspondência, o FBI fornece informações importantes ao setor privado em um esforço para permitir que eles protejam a si mesmos e a seus clientes. Os homens e mulheres do FBI trabalham todos os dias para proteger o público americano. É lamentável que os teóricos da conspiração e outros estejam alimentando a desinformação do público americano com o único propósito de tentar desacreditar a agência”, disse a agência do FBI ao Epoch Times em um e-mail.

Clientes leais pagam o preço

“O que está faltando em todas essas histórias é o fato de que é o cliente que está sendo explorado para obtenção de lucros, além de ser oprimido… com sua lealdade, confiança e dinheiro suado”, acrescentou.

Lee  disse que o Twitter deveria reembolsar o dinheiro, porque “esse é o nosso dinheiro saindo de nossos impostos, e os custos administrativos que são usados para supressão”.

Para ele, os clientes do serviço– no caso, usuários de redes sociais – devem ser protegidos pela legislação vigente.

“Existem leis em vigor, existem leis de proteção ao consumidor e leis de privacidade que não estão sendo aplicadas pela Federal Trade Commission (Comissão Federal do Comercial, agência do governo americano), bem como agências estaduais e agências de proteção ao consumidor que são reguladas pelas agências estaduais”, observou ele .

‘Cruzando a linha’ para ser um braço do governo

“Então, neste ponto, você deve olhar para essas … empresas e quaisquer outras empresas que estão em conluio com o governo e se perguntar, quando um fabricante de produtos de consumo e serviços cruzou a linha e passou a ser um braço de um governo, seja um governo tirânico ou o governo dos Estados Unidos?” ele disse.

“Estamos vendo nossos direitos humanos serem exterminados por procuração. Na verdade, vemos isso hoje. As pessoas costumavam falar sobre isso na teoria e não sabem que estava realmente acontecendo”, disse Lee.

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As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times