Um confronto na fronteira de fato entre tropas da Índia e China, na última sexta-feira, deixou vários soldados feridos de ambas as partes, disse as autoridades indianas em um comunicado divulgado nesta segunda (12), no que se trata de um novo confronto após os que ocorreram em 2020 e que continuam manchando as relações bilaterais.
O incidente ocorreu no estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia, quando, segundo fontes oficiais do Exército local, soldados chineses cruzaram a ALC, a disputada fronteira de fato que divide os dois países.
Esta intrusão no setor de Tawang “foi respondida por nossas tropas de maneira determinada, um confronto que deixou alguns feridos levemente em ambos os lados”.
O Exército indiano afirmou que ambas as partes “se retiraram imediatamente da área” e realizaram uma reunião de oficiais militares para “discutir o que aconteceu de acordo com os mecanismos para restabelecer a paz e a tranquilidade”.
As relações entre a Índia e a China foram severamente prejudicadas após um confronto na fronteira em junho de 2020 no vale de Galwan, no oeste do Himalaia, o pior em 45 anos entre as potências nucleares, que matou pelo menos 20 soldados indianos e 76 ficaram feridos, enquanto Pequim reconheceu quatro mortos e um gravemente ferido.
Os dois países reagiram ao confronto enviando tropas para a ALC, fazendo subir a tensão militar na região antes de começarem a retirar tropas em meio a acusações de novas ações militares e violações sobre o território.
Desde então, Nova Délhi e Pequim tentaram resolver a crise por meio dos canais diplomáticos.
As duas potências nucleares mantêm uma disputa histórica por várias regiões do Himalaia, com Pequim reivindicando Arunachal Pradesh, controlada por Nova Délhi, que por sua vez reivindica Aksai Chin, administrada pelo país vizinho.
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