COMENTÁRIO NOVE
A Natureza Inescrupulosa do Partido Comunista Chinês
Prefácio
O movimento comunista, produzindo estardalhaços por quase um século, trouxe à humanidade somente guerra, pobreza, brutalidade e ditadura.
Com a queda da União Soviética e dos partidos comunistas da Europa Oriental, esse drama desastroso e ultrajante finalmente entrou em seu último estágio, no fim do século passado. Dos cidadãos comuns ao Secretário-Geral do Partido, ninguém mais acredita no mito do comunismo.
A existência do regime comunista não veio por meio de um “mandato divino”[1] nem por meio de eleições democráticas. Atualmente, com a sua ideologia destruída, a legitimidade de seu reinado está enfrentando um desafio sem precedentes.
O Partido Comunista Chinês (PCCh) se recusa a seguir o inevitável fluxo natural do tempo, e abandonar o palco da história. Ao invés disso, está usando métodos brutais desenvolvidos ao longo de décadas de campanhas políticas, para renovar sua luta frenética por legitimidade e reviver seu mandato cadavérico.
As políticas de reforma e abertura do PCCh disfarçam uma intenção desesperada de preservar os interesses do Partido e seu regime totalitário. E as conquistas econômicas, ainda que fortemente restringidas, conseguidas com o trabalho duro do povo chinês nos últimos 20 anos, não convenceram o Partido a deixar seus métodos assassinos. Em vez disso, ele roubou essas conquistas e as usou para revalidar seu regime, fazendo com que seu comportamento consistentemente imoral fosse ainda mais ardiloso e enganoso. O que é mais alarmante é que o PCCh está vigorosamente empreendido em destruir as bases morais de toda a nação, tentando transformar todo cidadão chinês, em um conspirador, em vários níveis, no intuito de criar um ambiente favorável para que o Partido avance paulatinamente.
Neste momento histórico atual, é especialmente importante entender claramente por que o PCCh age como um grupo criminoso, expondo assim sua natureza perversa, para que assim a nação chinesa alcance estabilidade duradoura e paz, e entre o mais rápido possível em uma era livre do Partido, construindo um futuro de renovado esplendor para a nação.
A natureza sem escrúpulos do Partido Comunista Chinês nunca mudou
Quem se beneficia da reforma do PCCh?
Ao longo da História, sempre que o PCCh encontrava crises, demonstrava alguns traços de melhora, fazendo o povo criar ilusões sobre ele. Sem exceções, as ilusões foram estilhaçadas uma após a outra. Atualmente, o Partido está buscando benefícios de curto prazo, e dessa forma, criou uma percepção de prosperidade econômica que, mais uma vez, persuadiu o povo a se iludir quanto ao PCCh. Entretanto, os conflitos fundamentais entre os interesses do Partido e os da nação e do povo, estabelecem que essa falsa prosperidade não será duradoura. A “reforma” prometida pelo Partido Comunista tem só um propósito: manter seu governo. É uma reforma falha, com mudanças apenas na superfície, não em sua essência. Debaixo desse desenvolvimento assimétrico, repousa uma grande crise social, e uma vez que ela venha à tona, a nação e o povo sofrerão mais uma vez.
À medida que as gerações de líderes do Partido Comunista Chinês se sucedem, eles não têm mais o prestígio e credibilidade que vêm da experiência de conquistar o poder, diminuindo cada vez mais a autoridade deles para governar. Contudo, em meio à crise de sua legitimidade, o Partido como um todo usa mais e mais a proteção de seus interesses enquanto organização como a garantia fundamental de que os interesses pessoais de indivíduos dentro do PCCh serão preservados. A natureza do Partido é egoísta. Ele não conhece limites. Esperar que um Partido assim possa se didicar a desenvolver pacificamente o país é ilusão.
Considere-se o que dizia o jornal People’s Daily, o porta-voz do PCCh, em uma matéria de capa no dia 12 de julho de 2004: “As dialéticas históricas ensinaram aos membros do Partido Comunista Chinês o seguinte: as coisas que devem ser mudadas precisam mudar, caso contrário, haverá decadência; as que não devem ser mudadas precisam permanecer inalteradas, caso contrário haverá à autodestruição”.
O que é que deveria permanecer inalterado? O Diário do Povo explica: “A linha básica do Partido de ‘um centro, dois pontos básicos’ precisa durar de forma sólida por cem anos sem qualquer vacilação”.[2]
O povo não necessariamente entende o que quer dizer o “centro” e os “pontos básicos”, mas todos sabem que a determinação do maligno espectro do comunismo em preservar seus interesses coletivos, e seu governo ditatorial, nunca muda. O comunismo foi derrotado globalmente e está destinado a se tornar cada vez mais moribundo. Entretanto, quanto mais corrupta uma coisa se torna, mais destrutiva ela fica em sua luta agonizante. Discutir reformas democráticas com o Partido Comunista é o mesmo que pedir a um tigre que arranque sua própria pele.
O que a China faria sem o Partido Comunista?
À medida que o Partido Comunista caminha para o declínio, as pessoas estão descobrindo, para sua surpresa, que por décadas, o espectro maligno do PCCh — com seus métodos criminosos constantemente mutáveis — incutiu seus elementos perversos em todos os aspectos da vida da população.
Na época da morte de Mao Tsé-Tung, muitos chineses choraram convulsivamente diante da foto de Mao se perguntando: “Como a China pode continuar sem o Presidente Mao?” Ironicamente, 20 anos mais tarde, quando o Partido perdeu sua “legitimidade de governar” o país, ele espalhou uma nova rodada de propaganda, fazendo o povo novamente se perguntar ansiosamente: “O que a China faria sem o Partido Comunista?”
Na realidade, o controle político onipresente do PCCh marcou tão profundamente a atual cultura e mentalidade dos chineses que até o critério com que o povo julga o Partido tem a marca do Partido – ou até mesmo veio dele. Se no passado o PCCh controlava o povo, incutindo nele seus elementos, agora está colhendo o que plantou, uma vez que esses elementos incutidos na mente das pessoas foram digeridos e absorvidos por todas as suas células. Elas pensam voluntariamente de acordo com a lógica do Partido e até mesmo usam as concepções e a perspectiva do PCCh para julgar o certo e o errado. Com relação ao Massacre da Praça da Paz Celestial, conduzido pelo Partido, contra estudantes do movimento pró-democracia em 4 de Junho de 1989, alguns disseram: “Se eu fosse Deng Xiaoping, eu também reprimiria o protesto com tanques”. Sobre a perseguição ao Falun Gong, algumas pessoas afirmam: “Se eu fosse Jiang Zemin, eu também eliminaria o Falun Gong”. Quanto ao fim da liberdade de expressão, algumas pessoas dizem: “Se eu fosse o Partido, eu faria a mesma coisa”. A verdade e a consciência desapareceram, ficando somente a lógica do Partido, e esse tem sido um dos mais cruéis e abomináveis métodos usados pela natureza inescrupulosa do regime. Enquanto as toxinas morais do PCCh permanecerem na mente das pessoas, o Partido poderá nutrir sua existência iníqua.
“O que a China faria sem o Partido Comunista Chinês?” Essa forma de pensar se encaixa precisamente no objetivo do Partido de fazer o povo pensar à maneira do regime.
A China atravessou cinco mil anos de civilização sem o Partido Comunista, e, de fato, nem a China nem qualquer outro país do mundo pararia necessariamente seu avanço social devido a queda de uma dinastia ou regime específico, mas — depois de décadas do regime do PCCh — as pessoas não conseguem mais ver isso claramente. A propaganda prolongada do Partido treinou as pessoas a pensarem como se o Partido fosse algum tipo de “mãe”. A política onipresente do Partido Comunista tornou as pessoas incapazes de conceber a vida sem ele.
Sem Mao Tsé-Tung, a China não caiu. A China cairá sem o Partido Comunista Chinês?
Qual é a verdadeira fonte de desordem?
Muitas pessoas tem uma boa compreensão e desgosto diante do comportamento maquiavélico do PCCh e detestam suas lutas, truques e mentiras; mas, ao mesmo tempo, temem os movimentos políticos do Partido e a desordem resultante deles, receando que o caos recaia sobre o país. Consequentemente, uma vez que o Partido ameace o povo com “desordem”, segue a aceitação silenciosa de seu governo pelo público, detido pelo sentimento de impotência diante do despotismo.
Na realidade, com seus milhões de soldados e policiais armados, o PCCh é a verdadeira fonte da desordem. Cidadãos comuns não têm nem motivo, nem capacidade para deflagrar esse tipo de caos. Somente o repressivo Partido, nadando contra a maré e paranoicamente vendo inimigos em todos os cantos, seria tão imprudente a ponto de, por um motivo qualquer e a qualquer sinal de mudança, submeter o país a essas circunstâncias. Os slogans, “A estabilidade é mais importante que qualquer outra coisa” e “Cortar pela raiz todos os elementos de instabilidade”, se tornaram a base teórica para repressão do Partido contra o povo. Qual é a maior causa de instabilidade na China? O especialista em tirania não é o PCCh? Ele instiga a desordem e, depois, utiliza o caos que criou para coagir as pessoas. Assim agem os criminosos.
O Partido Comunista Chinês sacrifica o desenvolvimento econômico
Tirando vantagem das conquistas do trabalho duro do povo
O PCCh reivindica “legitimidade” com base no desenvolvimento econômico das últimas décadas, quando, na verdade, o desenvolvimento foi conquistado pouco a pouco pelo povo chinês, precisamente quando o grilhão PCCh foi minimamente afrouxado. A melhora econômica da China não tem absolutamente nada a ver com o Partido Comunista Chinês. Entretanto, o Partido reivindica para si esse desenvolvimento econômico — e deseja que o povo seja grato ao PCCh — como se nenhum desenvolvimento pudesse ter acontecido sem ele. Contrasta com o amplamente sabido: vários países não comunistas alcançaram há muito tempo um crescimento econômico mais rápido.
Na China, as conquistas são atribuídas ao Partido. Os ganhadores de medalhas de ouro olímpicas são obrigados a agradecer ao Partido, que não hesita em achar meios de fortalecer a imagem de “grande nação dos esportes” a fim de elogiar a si mesmo. O país sofreu muito na epidemia da SARS, mas o People’s Daily informou que o país venceu o vírus “confiando na teoria básica, na linha básica, no princípio básico e na experiência básica do Partido”. O lançamento da espaçonave chinesa Shenzhou-V foi realizado por profissionais de ciência e tecnologia astronáutica, mas o Partido usou esse evento como evidência para provar que somente ele poderia conduzir o povo chinês a entrar para o ranque dos países poderosos do mundo. Quando a China sediou os Jogos Olímpicos de 2008, que foi na verdade um “sinal de paz” dado pelos países ocidentais para incentivar a China a melhorar seus direitos humanos, o Partido usou isso para fortalecer sua reivindicação de legitimidade nacional e ter um pretexto para reprimir o povo. O “grande potencial de mercado” da China, de que os investidores estrangeiros estão atrás, reside na capacidade de consumo de sua população de 1.3 bilhões de pessoas. O Partido tira vantagem desse potencial e o usa como arma afiada com o poder de coagir a sociedade ocidental a cooperar com seu regime.
O PCCh atribui tudo de ruim no país, às forças reacionárias e às segundas intenções de agentes individuais, enquanto atribui tudo de bom à sua liderança. Ele fará uso de toda e qualquer conquista para tornar mais atrativas suas reivindicações por legitimidade. Até as próprias transgressões do Partido, podem ser transformadas em algo “bom” para servir a seus propósitos. Por exemplo, quando a verdade sobre o alastramento da AIDS não podia mais ser acobertada, o Partido de repente criou uma nova narrativa. Para isso, ele mobilizou cuidadosamente sua máquina de propaganda, utilizando todos, desde atores famosos até o Secretário-Geral do Partido, para retratar o principal culpado pelo surto da enfermidade – o próprio PCCh – como uma bênção para os pacientes, o destruidor da AIDS e o adversário das doenças humanas. Ao lidar com um assunto tão sério de vida ou morte, tudo que o Partido pôde pensar foi em como usá-lo para glorificar a si próprio. Somente um conspirador tão perverso quanto o PCCh seria capaz de ter um comportamento tão vil, imprudente e desleal, tirando vantagem e tomando crédito, enquanto desconsiderando completamente a vida humana.
Desvantagem econômica causada por comportamentos precipitados
Na década de 1980, enquanto enfrentava uma séria crise de legitimidade, o Partido Comunista Chinês, para se manter no poder, deu início às políticas de reforma e abertura. Sua avidez por sucesso rápido colocou a China em desvantagem, denominada pelos economistas como “maldição do retardatário”.
O conceito de “maldição do retardatário”, ou “vantagem do retardatário” como alguns estudiosos costumam chamar, refere-se ao fato de que países subdesenvolvidos que começaram a se desenvolver tardiamente, podem imitar os países desenvolvidos, tanto de formas positivas quanto negativas. A imitação pode acontecer de duas formas: imitação do sistema social ou imitação dos modelos tecnológicos e industriais. Imitar um sistema social geralmente é difícil, já que as reformas necessárias podem ameaçar certos interesses envolvidos, e portanto, os países subdesenvolvidos têm tendência a imitar o modelo tecnológico dos países desenvolvidos. Embora a imitação tecnológica possa gerar crescimento econômico em curto prazo, ela pode resultar em muitos riscos difíceis de prever ou até mesmo no fracasso do desenvolvimento a longo prazo.
É precisamente a “maldição do retardatário”, um caminho para o fracasso, o que o PCCh tem seguido. Durante as últimas décadas, a “imitação tecnológica” adotada pela China resultou em algumas conquistas – que foram reivindicadas pelo Partido, para que ele as usasse a fim de provar a “legitimidade” de seu governo e intensificar sua resistência a reformas políticas que prejudicariam seus interesses. No processo, e para esse objetivo, ele preferiu sacrificar os interesses de longo prazo de toda a nação.
Um custo doloroso para o desenvolvimento econômico do Partido Comunista Chinês
Enquanto o PCCh se gaba constantemente dos seus avanços econômicos, na verdade, a posição econômica da China no mundo hoje é uma baixa histórica. Durante o reinado de Qianlong, na Dinastia Qing (1711-1799), o PIB da China correspondia a 51% do total mundial. Quando o Sun Yatsen fundou a República da China em 1911 (no período Kuomintang ou KMT), o PIB da correspondia a 27% do total mundial. Em torno de 1923, esse valor caiu mais, mas ainda estava acima de 12%. Em 1949, quando o Partido Comunista assumiu o poder, a porcentagem era de 5,7%. E, em 2003, o PIB da China era inferior a 4% do total mundial. No entanto, ao contrário do declínio econômico do período Kuomintang, que ocorreu em meio a décadas de guerra, o contínuo declínio econômico sob o PCCh ocorreu majoritariamente em tempos pacíficos.
Hoje, para legitimar seu poder, o Partido almeja sucesso rápido e benefícios imediatos. A deformada reforma econômica que o PCCh lançou para salvaguardar seus interesses tem custado muito caro ao país. O rápido crescimento econômico dos últimos quase 30 anos foi, de forma geral, construído com base na utilização excessiva ou no desperdício de recursos, e conquistado às custas do meio ambiente. Uma porção considerável do PIB da China foi conseguida sacrificando as oportunidades das próximas gerações. Em 2003, a China a contribuição da China para a economia global foi menos de 4%, mas seu consumo de aço, cimento e outros materiais chegou a um terço do total consumido no mundo.[3]
Do início da década de 1980 até o final da de 90, o desmatamento na China cresceu de pouco mais de 1000 km² para 2460 km². As terras férteis per capita também foram reduzidas de cerca de 2 mu, em 1980, para 1,43 mu, em 2003. O rápido surgimento de cercamento de terra para o urbanização e indústria, fez a China perder 100 milhões de mu de terras aráveis em apenas alguns anos, entretanto, na prática, somente 43% da terra confiscada são utilizadas. Atualmente, a quantidade total de esgoto liberado é de 43,95 bilhões de toneladas, ultrapassando a capacidade ambiental em 82%. Nos sete maiores sistemas fluviais, 40,9% da água não é própria para o consumo, nem para o homem, nem para o gado; 75% dos lagos estão poluídos e produzem vários graus de eutrofização.[4] Os conflitos entre o homem e a natureza na China nunca foram tão intensos como hoje. Nem a China nem o mundo podem suportar um crescimento tão deletério. Iludidos pelo esplendor superficial de altos prédios e mansões, as pessoas ignoram a iminente crise ecológica. Entretanto, quando chegar a hora de a natureza acertar as contas com os seres humanos, isso trará consequências desastrosas para a nação chinesa.
Fazendo uma comparação, quando a Rússia abandonou o comunismo, foram adotadas ao mesmo tempo reformas políticas e econômicas. Depois de passar por um período de complicações, ela iniciou um rápido desenvolvimento. De 1999 a 2003, o PIB da Rússia cresceu um total de 29,9%, e o padrão de vida de seu povo melhorou significativamente. Os círculos empresariais do ocidente começaram não somente a discutir o “fenômeno econômico russo”, mas também a investir amplamente na Rússia, que se tornou um novo polo. A posição da Rússia entre as nações mais atrativas para investimentos pulou da 17ª em 2002, para a 8ª em 2003, tornando-se, pela primeira vez, uma das dez nações mais populares para investimentos no mundo.
Até a Índia, um país que é visto por muitos chineses como miserável e imerso em conflitos étnicos, alcançou um desenvolvimento significativo e uma taxa de crescimento de 8% ao ano desde sua reforma econômica, em 1991. A Índia tem um sistema legal relativamente completo e uma economia de mercado, um sistema financeiro saudável, um sistema democrático bem desenvolvido e uma ordem pública estável. A comunidade internacional tem reconhecido o grande potencial de desenvolvimento da Índia.
Por outro lado, o PCCh se envolve apenas em reformas econômicas, não em reformas políticas. A falsa aparência de uma economia que floresce em curto prazo tem impedido o processo natural de adaptação e mudança das instituições sociais. Essa reforma parcial, incompleta e não-terminada, tem distorcido continuamente e exacerbado o conflito, a discórdia e a contenda na sociedade chinesa. Não há sistemas sociais ou instituições oficiais estáveis que garantam a proteção da prosperidade e desenvolvimento conquistados pelo povo. A classe privilegiada no seio do Partido, entretanto, têm abusado de suas posições de poder para encherem seus próprios bolsos de dinheiro, especialmente no processo de privatização de propriedades do Estado.
O Partido Comunista Chinês engana os camponeses reiteradamente
O PCCh estabeleceu seu domínio por meio dos camponeses e fazendeiros. Durante os estágios iniciais de sua ascensão, nas regiões onde era mais influente, foi a população rural que fez tudo que pôde e ofereceu tudo que tinha para que o PCCh tivesse sucesso. Mas desde que o Partido obteve o controle do país, os camponeses sofrem discriminação severa.
Depois que estabeleceu seu governo, o PCCh implementou o sistema extraordinariamente injusto de registro familiar. O sistema classifica forçosamente as pessoas em populações rurais e não rurais, criando uma separação e oposição sem sentido dentro do país. Os camponeses não têm seguro saúde, não têm auxílio desemprego, não têm aposentadoria, e não podem receber empréstimos de bancos. Camponeses não só são a classe mais pobre na China, mas também a que carrega a maior carga tributária. Eles têm que pagar um fundo obrigatório de previdência, fundo de bem-estar social, fundo de gestão administrativa, taxa extra de educação, taxa de controle de natalidade, taxa de treinamento e organização militar, taxa de construção de estradas e taxa de compensação do serviço militar. Além dessas cobranças, eles também têm que vender ao Estado, obrigatoriamente, parte dos grãos que produzem a uma taxa fixa e têm que pagar taxa de agricultura, taxa de terra, taxa especial de produção local e taxa de abatimento de gado, além de outros numerosos impostos. A população não-rural não paga essas taxas e impostos.
No início de 2004, o Primeiro-Ministro da China, Wen Jiabao, emitiu o “Documento Nº 1”, declarando que a China rural enfrentava o período mais difícil desde o início da reforma econômica, em 1978. A renda da maioria dos camponeses havia estagnado ou caído. Eles tinham se tornado mais pobres e a diferença de renda entre os residentes urbanos e rurais continuava a aumentar.
Em uma floresta plantada, a leste da província de Sichuan, autoridades superiores distribuíram 500 mil yuanes (aproximadamente 60.500 dólares) para um projeto de reflorestamento. Os responsáveis pela fazenda de árvores, primeiramente embolsaram 200 mil yuanes e depois usaram os 300 mil yuanes restantes para terceirizar o plantio de árvores. E a cada nível da cadeia de comando, o dinheiro foi sendo desviado até que, no final, muito pouco foi para os camponeses locais, que fizeram de fato o verdadeiro trabalho de plantar as árvores. O governo também não precisou se preocupar que remuneração inadequada levasse os camponeses a recusar trabalho, porque a miséria era tão absoluta que eles aceitariam qualquer valor que fosse. Isso é parte de porque os produtos feitos na China são tão baratos.
Usando interesses econômicos para pressionar países ocidentais
Muitas pessoas acreditam que o comércio com a China irá promover os direitos humanos, liberdade de expressão e reforma democrática no país. O tempo provou que essa crença não é nada além de ilusão. Uma comparação entre os princípios usados para se fazer negócios na China e no Ocidente é um bom exemplo de como isso ocorre. A justiça e transparência das sociedades ocidentais, na China, são substituídas pelo nepotismo, suborno e fraude. Muitas corporações ocidentais foram, em grande parte, responsáveis por exacerbar ainda mais a corrupção chinesa. Algumas empresas inclusive ajudam o Partido Comunista Chinês a esconder as violações de direitos humanos do regime, e a forma como ele persegue seu próprio povo.
O PCCh atua como a máfia ao jogar a cartada econômica para a diplomacia estrangeira. Qual país vai ser contratado para construir a nova aeronave chinesa? A França ou os Estados Unidos? Isso depende unicamente de qual deles irá ficar em silêncio quanto aos direitos humanos e liberdade de expressão na China. Muitos homens de negócios e políticos ocidentais são fisgados pela armadilha das oportunidades financeiras vindas da China. Algumas companhias de tecnologia da informação dos EUA, forneceram ao PCCh produtos especializados para controlar a internet. Para conseguir entrar no mercado chinês, alguns websites concordaram em se autocensurar e filtrar informações indesejáveis pelo Partido.
De acordo com dados do Ministério do Comércio da China, no final de abril de 2004, o país tinha um total de 990 bilhões de dólares em investimento estrangeiro distribuídos em vários contratos. É evidente o grande fluxo de capital estrangeiro, como uma imensa “transfusão sanguínea”, na economia do PCCh. Mas o sangue ocidental não trouxe em suas hemácias a democracia, não trouxe em seu plasma a liberdade, e não trouxe em suas plaquetas os direitos humanos – o investimento estrangeiro não chegou ao povo chinês junto desses princípios fundamentais. O Partido se aproveita da cooperação incondicional de investidores internacionais e governos estrangeiros, e da adulação servil de alguns países, e os usa como capital político para avançar a propaganda do regime e consolidar seu poder. Tirando proveito da fachada que é a prosperidade econômica superficial da China, os oficiais do Partido se tornaram extremamente hábeis em atuar em conluio com empresas para abocanhar a riqueza do Estado e bloquear reformas políticas.
As técnicas de lavagem cerebral do Partido Comunista Chinês evoluíram
É comum ouvir pessoas dizendo: “Eu sei que o Partido Comunista Chinês mentiu sem parar antes, mas desta vez ele está falando a verdade”. Ironicamente, em retrospectiva, era isso que as pessoas diziam cada vez que o Partido cometia erros críticos no passado — e reflete a habilidade que o PCCh desenvolveu ao longo das décadas em utilizar mentiras para enganar o povo.
O povo, por sua vez, desenvolveu uma certa resistência às histórias fantasiosas e promessas falsas do Partido. Em resposta, o partido se especializou e profissionalizou a mentira e a propaganda. Evoluindo a partir das formas do passado em que o PCCh utilizava slogans, as mentiras do PCCh se tornaram mais “refinadas” e sutis. Especialmente sob o bloqueio de informação imposto em todo o país, o partido fabrica histórias baseadas em meias-verdades para confundir e enganar o público – o que é ainda mais prejudicial e manipulativo do que os engodos e promessas falsas(mesma nota de rodapé do satélite).
O jornal de língua inglesa Chinascope, publicou um artigo em outubro de 2004 analisando casos onde o PCCh usa métodos mais sutis na fabricação das mentiras, para assim encobrir a verdade. Quando a SARS estourou na China Continental, em 2003, o mundo suspeitou que o país estivesse escondendo informações sobre a epidemia, embora o Partido repetidamente se recusasse a reconhecer isso. Para descobrir se a China tinha sido verdadeira nos relatos da doença, o autor do artigo leu todas as mais de 400 reportagens sobre a SARS disponibilizadas no website da Xinhua, a agência de notícias porta- voz do Partido, desde o início do surto até abril de 2003.
Essas notícias relatavam o seguinte: assim que a SARS apareceu, o governo, nos níveis central e local, mobilizou especialistas para dar tratamento imediato aos pacientes, que foram depois liberados dos hospitais assim que se recuperaram. Em resposta a encrenqueiros incitando as pessoas a estocarem mercadorias para evitar sair de casa quando a doença se espalhasse, o governo não perdeu tempo para deter os rumores e tomar medidas para prevenir que eles não se disseminassem, assegurando assim efetivamente a ordem social. Embora um número muito pequeno de forças anti-China suspeitasse, sem embasamento, que o governo chinês escondesse a realidade, a maior parte dos países e das pessoas não acreditava nesses boatos. A vindoura Feira de Comércio de Guangzhou teria a maior participação de empresas do mundo inteiro até o momento; os turistas estrangeiros confirmaram que era seguro viajar para a China. Em particular, os especialistas da Organização Mundial de Saúde [que foi enganada pelo PCCh] declararam em público que o governo chinês tinha sido acessível em cooperar e tomar as medidas adequadas no tratamento da SARS, então não haveria problemas. Especialistas, por sua vez, deram o aval [depois de mais de 20 dias de atraso] da inspeção local na província de Guangdong.
Esses mais de 400 artigos divulgando isso deram ao autor a impressão de que o Partido Comunista Chinês tinha sido transparente durante esses quatro meses, tinha agido com responsabilidade para proteger a saúde das pessoas e tinha sido convincente quando afirmava às pessoas que não havia escondido nada. Entretanto, em 20 de abril de 2003, o Serviço de Informação do Conselho de Estado anunciou, em sua conferência de imprensa, que a SARS havia na verdade estourado na China, assim indiretamente admitindo que o governo estava acobertando a epidemia. Somente então esse autor viu a verdade e entendeu os métodos enganosos e baixos usados pelo Partido, os quais também “evoluíram com o tempo”.
Sobre a eleição geral em Taiwan, o PCCh, usando a mesma sutil e “refinada” abordagem, sugeriu que uma eleição presidencial levaria a desastres — aumento das taxas de suicídio, queda nos mercados de ações, aumento de “doenças estranhas”, disfunções mentais, emigração dos habitantes da ilha, rixas familiares, atitudes indiferentes em relação à vida, um mercado em depressão, tiroteios indiscriminados nas ruas, protestos e manifestações, cerco ao palácio presidencial, agitação social, farsa política etc. O Partido enchia diariamente a cabeça das pessoas na China Continental com essas ideias na tentativa de fazer as pessoas acreditarem que todas essas calamidades são o resultado desastroso de uma eleição e que a China nunca deveria, então, propor uma eleição democrática.
Sobre a questão do Falun Gong, o PCCh demonstrou um nível de habilidade ainda maior nas mentiras elaboradas para tentar incriminar essa disciplina. As encenações inventadas pelo Partido vieram uma após a outra. Não é de se surpreender que tantos chineses tenham sido enganados. A propaganda baixa do Partido foi tão enganosa que as vítimas acreditaram nas mentiras pensando que tinham a verdade nas mãos.
A propaganda de lavagem cerebral do PCCh ao longo das décadas passadas se tornou mais “refinada” e sutil na enganação — e isso é uma extensão natural da sua natureza inescrupulosa.
A hipocrisia do Partido Comunista Chinês nos direitos humanos
Da usurpação da democracia para chegar ao poder à falsa democracia para manter um poder despótico
“Em uma nação democrática, a soberania deve estar nas mãos do povo, o que está em conformidade com os princípios dos Céus e da Terra. Se uma nação pretende ser democrática, e, no entanto, a soberania não está com seu povo, isso definitivamente não está no caminho certo e somente pode ser considerado como um desvio, e essa nação não é uma nação democrática… como poderia a democracia ser possível sem o fim do regime do Partido e sem uma eleição popular? Devolva ao povo os direitos do povo!”
Por acaso, essa citação soa como um artigo escrito por “inimigos estrangeiros”, tentando acabar com o Partido Comunista Chinês? Na verdade, essa declaração vem de um artigo no jornal Xinhua Daily, o jornal oficial do Partido Comunista, de 27 de setembro de 1945.
O PCCh, que apregoou “eleições populares” e demandou que se “devolva ao povo os direitos do povo”, vem tratando o “voto popular” como um tabu desde que usurpou o poder. O povo, que supostamente é “o mestre e dono do Estado”, não tem o direito de tomar suas próprias decisões. Não há palavras para descrever a natureza inescrupulosa do Partido.
Se alguém acha que o que está feito, está feito, e que o culto maligno do Partido, que floresceu matando e governando a nação com mentiras, irá se reformar, tornar-se benevolente e disposto a “devolver ao povo os direitos do povo”, essa pessoa está enganada. Veja-se o que o Diário do Povo, veículo porta-voz do PCCh, tinha a dizer em 23 de novembro de 2004, 60 anos depois da declaração pública mencionada acima: “Um controle firme da ideologia é a base política e ideológica essencial para a consolidação do regime do Partido”.
Recentemente, o PCCh propôs um novo “Princípio dos Três Nãos”[5]. O primeiro deles é o “Desenvolvimento sem debates”. A menção a “Desenvolvimento” é enganosa, mas serve para o Partido justificar o “sem debates” e levar adiante seu verdadeiro propósito — “uma voz, um palanque”.
Quando Mike Wallace, o conhecido correspondente da CBS, perguntou a Jiang Zemin, em 2000, por que a China não tinha realizado eleições populares, Jiang respondeu: “O nível de educação do povo chinês é baixo demais”.
Entretanto, em 25 de fevereiro de 1939, o PCCh falou no seu Xinhua Daily: “Eles (o Kuomintang — então o Partido Nacionalista que governava a China e o principal inimigo do PCCh) pensam que a política democrática na China não será realizada hoje, mas daqui a alguns anos. Eles esperam que a política democrática possa esperar até que os níveis de conhecimento e educação do povo chinês alcancem os níveis dos países democráticos burgueses da Europa e América… mas apenas sob o sistema democrático será mais fácil educar e treinar as pessoas”. A diferença hipócrita entre o que o Xinhua disse em 1939 e o que Jiang Zemin disse em 2000 é o retrato perfeito da natureza iníqua do PCCh.
Depois do Massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989, o Partido reentrou no cenário mundial com uma reputação deplorável a respeito dos direitos humanos. A história deu ao Partido uma escolha: ou ele poderia respeitar seu povo e verdadeiramente melhorar sua abordagem de direitos humanos, ou continuar a cometer abusos dentro da China e fingir para o mundo que respeita os direitos humanos para evitar condenação internacional. Infelizmente, em coerência com sua natureza despótica, o Partido escolheu sem rodeios a segunda opção. Ele reuniu e apoiou um grande número de profissionais talentosos, mas inescrupulosos, especializados nos campos científico e religioso, e os direcionou especificamente para difundir propaganda enganosa no exterior promovendo falsos avanços nos direitos humanos dentro da China. O PCCh inventou uma gama de falácias como a narrativa do “direito à sobrevivência”, ou dos “direitos a abrigo e comida”. O argumento era de que o direito humano mais fundamental era a sobrevivência, e que, para sua suposta garantia pelo Partido Comunista, o próprio Partido Comunista poderia subjugar outros direitos. O Partido até tentou enganar o povo chinês e as democracias ocidentais mentindo sobre os direitos humanos, audaciosamente proclamando que “o momento atual é o melhor período para os direitos humanos na China”.
O Artigo 35 da Constituição da China estipula que cidadãos da República Popular da China têm direito às liberdades de expressão, publicação, reunião, associação, protesto e manifestação. O Partido está simplesmente fazendo jogos de palavras. Sob o regime do PCCh, um incontável número de pessoas foi destituída de seus direitos à crença, discurso, publicação, reunião e defesa legal. O Partido até ordenou que a apelação de certos grupos — dado que a constituição do país garante a todo cidadão o direito a apelar por correções a injustiças — fosse considerada ilegal. Em mais de uma ocasião, em 2004, alguns grupos civis fizeram pedidos para realizar manifestações em Pequim. Ao invés de aprovar, o governo prendeu os solicitantes. A política de “um país, dois sistemas” declarada pelo Partido para Hong Kong, também se valeu da artimanha. O Partido fala em não promover mudanças em Hong Kong por 50 anos. No entanto, já tentou mudar os dois sistemas para um sistema, quando tentou passar uma legislação tirânica, o Artigo 23 da Lei Básica, somente cinco anos depois de Hong Kong voltar à China.[6]
O novo plano sinistro do PCCh é fingir que houve um “relaxamento no discurso” para encobrir a extensão do monitoramento e controle maciços. Os chineses agora parecem expressar seus pensamentos mais livremente e, além disso, a internet tem permitido que as notícias viajem mais rápido. Então, o Partido alega que agora permite a liberdade de expressão, e um grande número de pessoas acredita nisso. Essa é uma imagem falsa da situação. Não é que o Partido tenha se tornado benevolente; é que ele não consegue impedir o desenvolvimento social e o avanço tecnológico. Observemos o papel que o Partido desempenha quanto à internet: ele está bloqueando websites, filtrando informações, monitorando “chats”, controlando e-mails e incriminando usuários da rede. Todos esses elementos têm uma natureza regressiva. Hoje, com a ajuda de alguns capitalistas que desconsideram os direitos humanos e a própria consciência, a polícia do PCCh foi equipada com dispositivos de alta tecnologia, permitindo que ela monitore, de dentro de um carro patrulha, qualquer movimento que usuários da internet façam. Quando olhamos para o degenerado PCCh cometendo atos perversos em plena luz do dia, no contexto de um movimento global em direção à liberdade democrática, como podemos esperar qualquer progresso nos direitos humanos? O próprio Partido diz: “No estrangeiro o Partido parece flexível, mas internamente ele é rigido”. A natureza inescrupulosa do Partido nunca mudou.
Para criar uma boa imagem de si mesmo perante a Comissão das Nações Unidas sobre Direitos Humanos, em 2004 o PCCh encenou uma série de eventos em que punia severamente os que violavam os direitos humanos. Os eventos, entretanto, eram para ser vistos pela comunidade internacional e não tinham substância. Na China, quem mais viola os direitos humanos é o próprio Partido, incluindo o ex-Secretário-Geral Jiang Zemin, o antigo Secretário da Comissão Política e Judiciária Luo Gan, o ex-Ministro de Segurança Pública Zhou Yongkang e o Vice-Ministro da Segurança Pública Liu Jing — todos estes indicação de Jiang. A encenação do Partido de estar punindo os violadores de direitos humanos é como um ladrão gritando: “Pega ladrão!”
Uma analogia poderia ser feita com um estuprador em série que, quando está escondido do público, tem como costume atacar dez garotas por dia. Então, quando há muita gente ao seu redor, ele ataca somente uma garota em frente à multidão. Pode o estuprador dizer que mudou para melhor? Ele passar de realizar agressões fora da vista do público para realizar ataques em público apenas mostra que o estuprador é ainda mais desavergonhado que antes. A natureza dele não mudou. O que mudou é que não é mais tão fácil para ele cometer o crime.
O PCCh é como esse estuprador em série. Sua natureza ditatorial e seu medo instintivo de perder o poder determinam que ele jamais irá respeitar os direitos das pessoas. Os recursos humanos, materiais e financeiros usados para encobrir seu histórico com direitos humanos ultrapassam de longe seus esforços para verdadeiramente melhorar tais direitos. A indulgência do Partido em relação a massacres e perseguições injustificadas por toda a China, tem sido o maior infortúnio do povo chinês.
Escondendo-se por trás da “lei”
Para proteger os ganhos de grupos específicos de interesse, o PCCh, por um lado, eliminou sua fachada anterior e abandonou completamente os trabalhadores, os camponeses e a população, e, por outro lado, avançou suas tramoias perversas e enganosas conforme suas violações de direitos humanos se tornam cada vez mais expostas à comunidade internacional. Para confundir o povo, o Partido tem usado um vocabulário popular, com termos como o “Estado de Direito”, “mercado”, “para o povo” e “reforma”. Mas ele não consegue mudar sua natureza iníqua mesmo que se vista com um “traje ocidental”. Essa imagem é ainda mais enganosa do que o Partido em um traje maoísta. No livro de George Orwell A Revolução dos Bichos, os porcos aprenderam a ficar de pé e andar sobre duas pernas. A nova habilidade adquirida deu uma nova imagem aos porcos, mas não mudou a natureza deles.
Fazendo leis e regulamentos que violam a Constituição chinesa
Leis e regulamentos inconstitucionais são repassados às equipes de polícia em diversos níveis como uma “base legal” para obstruir os esforços das pessoas de parar perseguição, ganhar liberdade e defender direitos humanos.
Problemas não-políticos são conduzidos com fins políticos
Um problema social comum pode ser amplificado pelo Partido chegando a proporções de “competir pelas massas com o Partido”, “trazer desgraça ao Partido e ao país”, “causar desordem” e agir como “forças inimigas”. Uma questão não-política pode intencionalmente ser politizada para que o Partido possa usar movimentos políticos como ferramenta de propaganda para incitar o ódio no povo.
Questões políticas são tratadas de forma ardilosa
A última armadilha do PCCh para atacar cidadãos que defendem a democracia e intelectuais com pensamentos independentes, foi organizar complôs com o intuito de aprisioná-los. Esses complôs incluem acusações falsas de ofensas civis como prostituição e evasão fiscal. Os perpetradores desse tipo de armadilha mantêm um perfil discreto para evitar condenação por parte de grupos externos. Esses crimes, que são suficientes para arruinar a reputação dos acusados, também são usados para humilhar as vítimas em público.
A única mudança na natureza inescrupulosa do Partido, se houve alguma, é que ele se tornou ainda mais desumano e inescrupuloso.
Mais de um bilhão de reféns
Imagine que um criminoso imoral entre em uma casa e estupre uma garota. No julgamento, esse criminoso se defende com o argumento de que não matou a vítima, somente a violentou. Pelo fato de matar ser pior do que violentar, ele argumenta que é inocente e que deveria ser solto imediatamente. Ele diz que as pessoas deveriam inclusive elogiá-lo por ter somente estuprado e não matado.
Essa lógica soa ridícula. Entretanto, a lógica do PCCh na tentativa de justificar o Massacre da Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989, é exatamente a mesma dessa hipótese. O Partido argumentou que a “supressão dos estudantes” evitou uma potencial “desordem interna” na China. Para evitar “desordem interna”, a supressão dos estudantes foi, portanto, justificada.
“Violentar ou matar, o que é melhor?”. Quando um criminoso pergunta algo assim a um juiz no tribunal, isso indica a total falta de vergonha desse criminoso. Da mesma forma, na questão do Massacre da Praça da Paz Celestial, o Partido e seus subordinados não refletiram se eram culpados por uma matança. Ao invés disso, eles perguntaram à sociedade o que é melhor: “Suprimir os estudantes ou ter uma desordem interna que possa levar à guerra civil?”.
O PCCh está no controle de toda máquina do Estado e de todos os meios de propaganda. Em outras palavras, os mais de 1,4 bilhão de chineses estão sendo mantidos como reféns. Com esses reféns nas mãos, ele pode sempre usar sua “teoria dos reféns” de que, se não suprimir certo grupo de pessoas, toda a nação estará em desordem ou acabará em desastre. Usando isso como desculpa, o Partido pode reprimir à vontade qualquer indivíduo ou grupo, pois sua supressão sempre será justificada. Oferecendo esses argumentos enganosos e essa lógica falaciosa, há um criminoso mais vergonhoso no mundo do que o Partido Comunista Chinês?
Da concessão de “liberdade” à escalada da supressão
Muitos chineses acham que usufruem de mais “liberdade” hoje do que antes, então eles têm esperança de que o PCCh melhore. De fato, o grau de liberdade “concedido” às pessoas depende do senso de crise do Partido. O Partido faria de tudo para manter os próprios interesses, inclusive dar ao povo a chamada democracia, liberdade ou direitos humanos.
Entretanto, sob a liderança do PCCh, a chamada “liberdade” concedida por ele não é protegida por qualquer legislação. Essa “liberdade” é puramente uma ferramenta para enganar e controlar o povo em meio a uma tendência internacional pela democracia. Na essência, essa “liberdade” está em conflito irreconciliável com a ditadura do Partido. Uma vez que tal conflito esteja além do seu nível de tolerância, o Partido pode imediatamente destituir toda a “liberdade”. Na história do PCCh, houve vários períodos nos quais o discurso era relativamente livre, e cada um deles foi seguido por um período de estrito controle. Esses padrões cíclicos existem ao longo de sua história, demonstrando sua natureza maligna.
Na atual era da internet, se uma pessoa visitar o website oficial da Xinhua, agência de notícias pertencente ao PCCh, ou o do Diário do Povo, de fato encontrará uma série de reportagens com informações negativas sobre a China. Isso acontece, em primeiro lugar, porque há muitas más notícias circulando rapidamente na China neste período e as agências de notícias precisam mostrar essas histórias para permanecerem credíveis para o público. Em segundo lugar, o ponto de vista dessas reportagens coincide com os interesses do Partido, isto é, “uma crítica menor é de grande ajuda”. As reportagens sempre atribuem a causa das más notícias a certos indivíduos, não tendo nada a ver com o Partido, enquanto que creditam qualquer solução de problemas à liderança do Partido. O PCCh habilmente controla o que noticiar, e o que não noticiar; como noticiar; o quanto se deve noticiar; e se a mídia chinesa ou mídias estrangeiras controladas pelo Partido é que noticiarão.
O PCCh é especialista em manipular as más notícias e transformá-las em algo que pode ganhar o coração das pessoas. Muitos jovens na China continental sentem que agora o Partido oferece um bom grau de liberdade de expressão e, então, adquirem esperanças e apreciam o Partido Comunista. Eles são vítimas das “refinadas” estratégias de controle da mídia iníqua do Estado. Além disso, criando uma situação caótica na sociedade chinesa e dando a ela certa exposição na mídia, o PCCh pode convencer as pessoas de que somente ele pode controlar uma sociedade tão caótica e, assim, manipular as pessoas para que endossem seu regime.
Portanto, não deve-se pensar erroneamente que o Partido mudou por si próprio, mesmo se forem vistos alguns sinais de melhora nos direitos humanos. Na história, quando o PCCh lutou para derrubar o governo do Kuomintang, ele fingiu estar lutando pela democracia da nação. A natureza maligna do Partido é tal que qualquer promessa sua não é digna de confiança.
Aspectos da natureza inescrupulosa do Partido Comunista Chinês
Vendendo o território da nação por vaidade e traindo o país sob o pretexto de “união nacional”
“Libertar Taiwan” e “Unificar Taiwan” têm sido os slogans de propaganda do Partido Comunista Chinês durante as últimas décadas. Segundo essa propaganda, ele tem agido como nacionalista ou patriota. Mas o PCCh de fato se preocupa com a integridade do território da nação? De forma alguma. Taiwan é simplesmente um problema histórico causado pela luta entre o PCCh e o Kuomintang, o Partido Nacionailista, e é um meio usado pelo Partido para atacar seus oponentes e ganhar apoio popular.
Nos primeiros dias, quando o PCCh estabeleceu o “soviete chinês”, durante o governo do Kuomintang, o Artigo 14 de sua Constituição dizia que “qualquer grupo étnico ou província dentro da China pode reivindicar independência”. Para agir de acordo com a União Soviética, o slogan do Partido Comunista Chinês na época era “proteger o soviete”. Durante a Guerra Sino-Japonesa, o objetivo principal do Partido era criar uma oportunidade para se fortalecer, mais do que lutar contra os invasores japoneses. Em 1945, o Exército Vermelho Soviético entrou no Noroeste da China e cometeu roubo, assassinato e estupro, mas o PCCh não disse uma palavra de desaprovação. Da mesma forma, quando a União Soviética apoiou a Mongólia Exterior para tornar-se independente da China, o Partido ficou novamente em silêncio.
No final de 1999, o PCCh e a Rússia assinaram o Acordo de Revisão de Fronteira China-Rússia, no qual o Partido aceitou todos os acordos desiguais entre a Dinastia Qing e a Rússia feitos há mais de cem anos, e abriu mão de reivindicações abrangendo mais de um milhão de quilômetros quadrados de terra para a Rússia, uma área tão grande quanto várias dezenas de Taiwans. Em 2004, o PCCh e a Rússia assinaram um Acordo Suplementar de Fronteira Oriental China-Rússia, no qual é relatado que o PCCh cedeu a soberania de metade da Ilha Heixiazi, na província de Heilongjiang, para a Rússia em um novo incidente de concessão territorial.
Com relação a outras questões fronteiriças, como as Ilhas Nansha (Ilhas Spratly) e as Ilhas Diaoyu (Ilhas Senkaku), o Partido não se importa, desde que essas questões não interfiram no controle de seu poder. O PCCh fez alarde sobre “unificar Taiwan” meramente como uma cortina de fumaça e um modo desonesto de incitar patriotismo cego e manter a atenção pública longe de problemas internos.
Sem qualquer restrição moral
Um governo deveria ser sempre monitorado. Em países democráticos, a separação dos poderes e as liberdades de expressão e de imprensa são mecanismos eficientes de fiscalização. A liberdade de crença e a disseminação de crenças religiosas proporcionam ainda autocontrole moral adicional.
O Partido Comunista Chinês promove o ateísmo; consequentemente, não há natureza divina para restringir seu comportamento. O PCCh é uma ditadura; portanto não há lei para controlá-lo politicamente. Como resultado, ele é totalmente imprudente e desenfreado quando age de acordo com sua natureza tirânica e vil. De acordo com o Partido Comunista, quem o monitora? “O Partido Comunista Chinês se automonitora!” Esse é o slogan que o Partido tem usado para enganar as pessoas por décadas. No início, isso era chamado de “autocrítica”, depois de “autovigilância” e “autoaperfeiçoamento da liderança do Partido”, e recentemente de “autoelevação da capacidade de governo do Partido”. O PCCh enfatiza sua extraordinária capacidade para o chamado “autoaprimoramento”. Na verdade, o Partido não apenas fala, mas realmente toma medidas, como estabelecer o “Comitê Central de Inspeção Disciplinar” e o “Escritório de Apelações” e similares. Essas organizações são apenas “vasos de flores” bonitos, mas inúteis, que confundem e enganam as pessoas.
Sem restrições morais e legais, o “autoaprimoramento” do Partido remonta ao ditado tradicional chinês que diz: “demônios emergindo do próprio coração da pessoa”. “Autoaprimoramento” é a única desculpa que o Partido Comunista usa para evitar monitoramento externo e recusar suspender a proibição da imprensa e dos partidos políticos livres. Os picaretas políticos usam esse artifício para enganar as pessoas e proteger o poder do Partido e os interesses do grupo governante.
O PCCh é especialista em tramoias políticas. “A Ditadura Democrática Popular”, o “Centralismo Democrático”, a “Consultoria Política” etc., são todos esquemas fraudulentos. Com exceção a parte sobre ditadura, o resto são apenas mentiras.
Artimanhas – da falsa resistência à invasão japonesa ao falso antiterrorismo
O Partido Comunista Chinês sempre alegou ter liderado o povo chinês contra a invasão japonesa da China. Entretanto, muitos registros históricos revelam que o Partido intencionalmente evitou participar das batalhas na Guerra Sino-Japonesa. O PCCh reduziu seus esforços contra o Japão para aproveitar-se do envolvimento do Kuomintang na guerra e aumentar seu próprio poder.
As únicas grandes batalhas em que o PCCh lutou foram a Batalha da Passagem de Pingxing e a Batalha dos Cem Regimentos. Na Batalha da Passagem Pingxing, ele não era de forma alguma o líder ou a força predominante que participou ou comandou essa batalha. Ao invés disso, suas tropas simplesmente emboscaram as unidades japonesas de suprimento. Quanto à Batalha dos Cem Regimentos, acreditava-se internamente no PCCh que a participação nessa batalha violava as estratégias políticas da Central do Partido. Depois dessas duas batalhas, Mao e as forças do Partido Comunista Chinês não se envolveram em nenhuma batalha séria, nem produziram nenhum herói da Guerra Sino-Japonesa nos moldes de Dong Cunrui, durante a guerra de 1948 contra o Kuomintang, e Huang Jiguang, durante a Guerra da Coreia. Somente um pequeno número de comandantes militares do Partido morreu nas batalhas contra o Japão. Até hoje, o PCCh não pode nem cogitar publicar as estatísticas de suas baixas na Guerra Sino-Japonesa, nem é possível encontrar na vasta China muitos monumentos para os heróis do Partido naquela guerra.
Na época, o Partido instalou um Governo Regional de Fronteira nas províncias de Shaanxi, Gansu e Ningxia, longe da frente de batalha. Usando a nomenclatura de hoje, ele estava criando “um país, dois sistemas”, ou “duas chinas” dentro da China. Embora não faltasse vontade aos comandantes do Partido de resistirem aos japoneses, os oficiais do seu alto escalão não eram sinceros quanto a lutar na guerra. De fato, eles trataram de proteger seus recursos e usaram a guerra como uma oportunidade para se fortalecerem. Quando a China e o Japão retomaram relações diplomáticas em 1972, Mao Tsé-Tung deixou claro ao Primeiro-Ministro japonês Kakuei Tanaka que o PCCh tinha de agradecer ao Japão, porque sem a Guerra Sino-Japonesa o Partido não teria tomado o poder na China. Isso é verdade no que concerne à falsa reivindicação do Partido de ter “conduzido o povo chinês” em oito anos de resistência contra o Japão, culminando em vitória.
Mais de meio século depois, com os ataques terroristas de 11 de setembro aos EUA , um esforço contraterrorista se tornou um enfoque global. O PCCh novamente usou estratégias enganadoras similares às utilizadas durante a Guerra Sino-Japonesa. Usando o contraterrorismo como pretexto, o Partido rotulou de terroristas muitos praticantes religiosos, dissidentes e grupos ligados a conflitos étnicos ou territoriais. Sob o pretexto do esforço internacional contraterrorista, o PCCh lançou repressões violentas.
Em 27 de setembro de 2004, o jornal Xinjing noticiou que Pequim poderia estabelecer o primeiro escritório contraterrorista dentre todas as províncias e cidades na China. Alguns veículos de imprensa pró-PCCh no exterior até publicaram como manchete que “A ‘Agência 610’ se une a esforços contraterroristas”, alegando que o escritório contraterrorista focaria no ataque a “organizações terroristas”, incluindo o Falun Gong. A “Agência 610” é uma organização extra-constitucional criada pelo ex-líder supremo do PCCh Jiang Zeman especialmente para perseguir praticantes de Falun Gong.
O Partido rotulou de “terroristas” pessoas que não carregam armas nas mãos, não revidam quando agredidas e que apelam pacificamente pelo direito às suas crenças. Aproveitando-se do clima de contraterrorismo, o PCCh mobilizou sua “força especial contraterrorista”, armada até os dentes, na supressão desse grupo indefeso de pessoas pacíficas. Além disso, o Partido Comunista usou a desculpa do contraterrorismo para desviar a atenção e condenação internacional de sua perseguição ao Falun Gong. Os subterfúgios usados pelo PCCh, hoje, não são diferentes daqueles que ele usou durante a Guerra Sino-Japonesa, e é uma forma vergonhosa de tratar um assunto tão sério como os esforços internacionais contra o terrorismo.
Fingindo sinceridade
O Partido Comunista Chinês não acredita nas próprias doutrinas, mas força os outros a acreditar nelas. Esse é um dos métodos mais insidiosos utilizados pelo culto do Partido. O PCCh sabe que suas doutrinas são falsas e que a ideia de socialismo, já falida, não é verdadeira. Ele não acredita nessas doutrinas, mas força as pessoas a acreditar nelas, perseguindo as que não acreditam. Vergonhosamente, o PCCh inseriu essa ideologia enganosa na Constituição como fundamento do Estado chinês.
Na vida real, há um fenômeno interessante. Muitos altos oficiais perderam suas posições na luta de poder da arena política da China devido à corrupção. Mas essas são as mesmas pessoas que promovem a honestidade e a generosidade em encontros públicos, enquanto nos bastidores se envolvem em suborno, corrupção e outras atividades decadentes. Muitas pessoas consideradas “servidores do povo” caíram dessa forma, incluindo Li Jiating, antigo governador da província de Yunnan; Liu Fangren, secretário do Partido da província de Guizhou; Cheng Weigao, secretário do Partido da província de Hebei; Tian Fengshan, Ministro da Terra e Recursos; e Wang Huaizhong, tenente-coronel e governador da província de Anhui. Entretanto, ao se examinar os discursos deles, verifica-se, sem exceção, que eles apoiaram campanhas anticorrupção e repetidamente exigiram que seus subordinados se conduzissem de forma honesta, enquanto eles mesmos desviavam fundos e recebiam propina.
Embora o PCCh tenha promovido muitos quadros exemplares e sempre tenha atraído algumas pessoas idealistas e diligentes para se juntarem a ele a fim de melhorar a própria imagem, é óbvia para todos a situação crítica da degeneração moral na China. Por que a propaganda do Partido, de uma “civilização espiritual”, não funcionou para corrigir isso?
Na verdade, os líderes do Partido transmitem palavras vazias quando promovem a “qualidade moral comunista” ou o slogan “servir ao povo”. A inconsistência entre as ações dos líderes comunistas e as palavras podem ser rastreadas até seu pai fundador, Karl Marx. Marx teve um filho ilegítimo. Lênin contraiu sífilis com prostitutas. Stalin foi acusado de assédio sexual a uma cantora. Mao Tsé-Tung se entregou à luxúria. Jiang Zemin era promíscuo. O líder comunista romeno Ceausescu enriqueceu toda sua família de forma extravagante. O líder comunista cubano, Fidel Castro, juntou centenas de milhões de dólares em bancos estrangeiros. O assassino da Coreia do Norte, Kim Il Sung, e seus filhos, levaram vidas decadentes e perdulárias.
Na vida diária, as pessoas comuns na China detestam as inúteis sessões de estudo político. Cada vez mais, elas se valem de linguagem ambígua para ocultar a verdade e evitar se comprometerem em assuntos políticos que sabem ser jogos de mentiras. Mas ninguém nesses encontros políticos, nem os que falam nem os que ouvem, ousa falar abertamente sobre isso. É um segredo aberto. O povo chama isso de “mentira sincera”. As noções megalômanas do PCCh — como as “Três Representações” de anos atrás; ou a posterior “melhorando a capacidade de governo”; ou os “três corações” de hoje, “aquecendo, estabilizando e ganhando os corações das pessoas” — são todas sem sentido. Que Partido governante não representaria os interesses do povo? Não se preocuparia com sua governabilidade? Não gostaria de ganhar o coração das pessoas? Qualquer Partido que não se preocupasse com esses assuntos logo seria retirado do cenário político. Mas o PCCh trata seus slogans supérfluos como teorias profundas e complexas, e exige que o país todo os estude.
Quando o fingimento gradualmente moldou a forma de pensar e os hábitos de mais de um bilhão de pessoas e se tornou a cultura do Partido, a sociedade se tornou falsa, pretensiosa e vazia. Com a falta de honestidade e confiança, a sociedade está em crise. Por que o PCCh criou essas condições? No passado, era por sua ideologia; agora é pelos benefícios. Os membros do Partido sabem que estão fingindo, mas fingem de qualquer forma. Se o Partido não promovesse esses slogans e formalidades, ele não poderia atormentar as pessoas. Ele não poderia fazer o povo segui-lo e temê-lo.
Abandonando a consciência e sacrificando a justiça pelo interesse do Partido
No livro Sobre o Desenvolvimento Moral do Partido Comunista, Liu Shaoqi expôs especialmente a necessidade “dos membros do Partido submeterem seus interesses individuais ao interesse do Partido”. Entre os membros do PCCh, nunca faltaram pessoas corretas que estavam preocupadas com o país e seu povo, nem oficiais honestos que serviram verdadeiramente o povo. Mas na máquina de interesses próprios do Partido, esses oficiais não podem sobreviver. Sob pressão constante para “submeter a humanidade à natureza do Partido”, eles frequentemente acham impossível continuar, correm o risco de serem removidos de seus postos, ou pior, de tornarem-se corruptos.
O povo chinês vivenciou na pele e sentiu profundamente o regime brutal do PCCh, e tem desenvolvido um temor crônico pela violência do Partido. Por isso, as pessoas não ousam acreditar na justiça e não mais acreditam nas leis celestiais. Primeiro, elas se submetem ao poder do Partido; e então gradualmente, tornam-se insensíveis e despreocupadas com assuntos que não as afetam. Até sua lógica de pensar foi conscientemente moldada para sucumbir ao PCCh. Esse é o resultado da natureza maligna — análoga a de uma organização criminosa — do Partido Comunista Chinês.
Manipulando o patriotismo
O PCCh usa slogans como “patriotismo” e “nacionalismo” para incitar a população. Mas eles não são apenas gritos de recrutamento, são também ordens frequentemente emitidas e estratégias longamente testadas. Ao ler a propaganda nacionalista em edições estrangeiras do Diário do Povo, alguns chineses fora do país, que por décadas não têm ousado voltar a viver na China, podem se tornar mais nacionalistas do que os chineses morando na China. Manipulado pelo PCCh, o povo chinês, que não ousa dizer “não” a nenhuma política do Partido, tornou-se suficientemente ousado para atacar a embaixada e o consulado dos EUA na China, atirando ovos e pedras, queimando carros e bandeiras dos EUA, tudo sob o emblema do “patriotismo”.
Sempre que o Partido Comunista encontra um assunto importante que requer a obediência da população, ele usa o “patriotismo” e o “nacionalismo” para mobilizar as pessoas rapidamente. Em todos os casos, incluindo assuntos relacionados a Taiwan, a Hong Kong, ao Falun Gong, ou à colisão entre um avião espião dos EUA com um jato chinês, o Partido tem usado uma combinação de intenso terror e lavagem cerebral coletiva, estimulando nas pessoas uma mentalidade de guerra. Esse método é semelhante ao usado pelos nazistas alemães.
Bloqueando quaisquer outras informações, a lavagem cerebral do PCCh tem obtido um sucesso incrível. Mesmo que os chineses não gostem do Partido, eles pensam da maneira deformada que o Partido impôs. Durante a guerra dos Estados Unidos com o Iraque, por exemplo, muitas pessoas foram incitadas assistindo às análises diárias da CCTV.[7] O povo sentiu um forte senso de ódio, vingança e desejo de lutar, enquanto ao mesmo tempo amaldiçoava outra guerra.
Colocando o Partido antes do país
Uma das frases que o Partido Comunista Chinês comumente usa para intimidar o povo é: “a extinção do Partido e do país” – colocando, assim, o Partido antes do país. Outra falácia do Partido é: “Não haveria uma nova China sem o Partido Comunista Chinês”. Desde a infância, as pessoas são educadas a “ouvir o Partido” e a “se comportar como boas crianças do Partido”. Nas décadas de 1960 e 1970, elas cantavam canções como Eu Considero o Partido como Minha Mãe; Ó, Partido, minha querida mãe; A Graça Salvadora do Partido é Mais Profunda que o Oceano; e O Amor pelo Meu Pai e Minha Mãe Não Pode Ultrapassar o Amor pelo Partido;[8]. O povo iria “ir e lutar onde quer que o Partido mandasse”. Quando o governo oferecia ajuda em caso de catástrofes, o povo iria “agradecer ao Partido e ao governo” – primeiro, ao Partido, depois, ao governo. Um slogan militar diz: “o Partido comanda a arma”. Mesmo quando especialistas chineses tentaram desenhar o uniforme para os juízes dos tribunais, eles colocaram quatro botões de ouro no colarinho. Esses botões são alinhados de cima para baixo para simbolizar o Partido, o povo, a lei e o país. Isso mostra que, mesmo que alguém seja um juiz, o Partido sempre estará posicionado acima da lei, do país e do povo.
O Partido tornou-se supremo na China e, inversamente, o país tornou-se subordinado ao Partido. O país existe para o Partido, e o Partido é considerado a personificação do povo e o símbolo do país. O amor pelo Partido, o amor pelos líderes do Partido e o amor pelo país foram misturados, o que é a razão fundamental do patriotismo na China ter se distorcido.
Sob a influência sutil, mas persistente, da propaganda e da educação do PCCh, muitas pessoas, membros do Partido ou não, conscientemente ou não, começaram a confundir o Partido com o país. Chega-se a aceitar que “o interesse do Partido” é superior a tudo, e passaram a concordar que “os interesses do Partido são iguais aos interesses do povo e do país”. O resultado da doutrinação do Partido criou o clima para ele próprio trair os interesses nacionais.
O jogo das “retificações”
O PCCh cometeu muitos erros na história, mas sempre colocou a culpa em certos indivíduos ou grupos por meio da “retificação e reabilitação”. Isso fez as vítimas não somente profundamente gratas ao Partido, como também permitiu a ele se esquivar completamente de qualquer responsabilidade por seus atos criminosos. O Partido alega “não só não ter medo de cometer erros, como também ser bom em corrigi-los”,[9] e isso se tornou a poção mágica com a qual repetidamente ele escapa da culpabilidade. Assim, o Partido permanece para sempre “grande, glorioso e correto”.
Talvez um dia, o PCCh decida retificar o Massacre da Praça da Paz Celestial e restaurar a reputação do Falun Gong. Mas essas são simplesmente táticas maquiavélicas que o Partido usa em uma tentativa desesperada de prolongar sua vida agonizante. O Partido Comunista Chinês nunca terá coragem de refletir sobre si mesmo, expor seus crimes e pagar pelos próprios pecados.
O Partido Comunista Chinês manifesta sua natureza vil ao tentar eliminar “verdade, compaixão e tolerância”
A fraudulenta “autoimolação” na Praça da Paz Celestial encenada pelo Partido Comunista Chinês pode ser considerada a mentira do século do PCCh. Para reprimir o Falun Gong, o regime foi tão perverso que seduziu cinco pessoas a se passarem por praticantes de Falun Gong e fingirem suas autoimolações na Praça da Paz Celestial. Ao conspirarem para a farsa, os cinco participantes involuntariamente assinaram suas próprias sentenças de morte e foram assassinados no local ou pouco depois. O vídeo da autoimolação publicado pela CCTV, quando visto em câmera lenta, mostra claramente que Liu Chunling, uma entre os autoimoladores, morreu no local depois de ter sido golpeada fortemente por um oficial da polícia. Outras falhas na encenação são a postura sentada de Wang Jingdong, a garrafa de plástico (que alega-se conter gasolina) que permaneceu intacta entre seus joelhos depois que o fogo foi apagado, a conversa entre um médico e a vítima mais nova, Liu Siying — que teria acabado de passar por uma traqueostomia —, e a presença do operador de câmera pronto para filmar a cena. Esses e outros fatos são provas suficientes de que o incidente da autoimolação foi uma fraude maliciosa planejada pelo iníquo regime de Jiang Zemin para difamar o Falun Gong.[10]
O PCCh usou métodos indescritíveis e cruéis em sua campanha para erradicar o Falun Gong. Ele usurpou os recursos financeiros da nação, acumulados nos 20 anos anteriores de reforma e abertura; mobilizou o Partido, o governo, o exército, a polícia, espiões, diplomatas no estrangeiro e várias outras organizações governamentais e não governamentais. Ele manipulou o sistema de cobertura global da mídia, instalando um bloqueio rígido de informação com monitoramento individual e de alta tecnologia. Fez tudo isso para perseguir um grupo pacífico de pessoas que aderiram ao Falun Gong, uma prática tradicional chinesa de qigong para aprimoramento do corpo, da mente e do caráter moral, e que tem como fundamento os princípios de “verdade, compaixão e tolerância”. Uma perseguição tão brutal a pessoas inocentes por suas crenças revela a natureza maligna do Partido.
Nenhum malfeitor na história mentiu tão insidiosa e perversamente como Jiang Zemin e o PCCh. Eles usaram uma variedade de mentiras, cada uma destinada a atingir e manipular diferentes noções e ideias das pessoas para enganá-las, permitindo ao Partido incitar no povo o ódio contra o Falun Gong. Você acredita na ciência? O Partido diz que o Falun Gong é superstição. Você acha política repugnante? O Partido diz que o Falun Gong está envolvido em política. Você inveja as pessoas que ficam ricas na China ou no exterior? O Partido diz que o Falun Gong acumula riqueza. Você tem objeção a organizações? O Partido diz que o Falun Gong é uma organização fechada. Você está cansado do culto à personalidade realizado na China por várias décadas? O Partido diz que o Falun Gong realiza controle mental. Você é apaixonado pelo patriotismo? O Partido diz que o Falun Gong é anti-China. Você tem medo de tumultos? O Partido diz que o Falun Gong destrói a estabilidade. Você duvida de que o Falun Gong realmente defenda “verdade, compaixão e tolerância”? O Partido diz que o Falun Gong não é verdadeiro, nem compassivo ou tolerante. Eles distorcem a lógica, alegando que a compaixão pode gerar o desejo de matar.
Você confia que o governo não fabricaria mentiras como essas? O PCCh fabrica mentiras ainda maiores e mais chocantes, desde suicídios à autoimolação, de assassinatos de parentes até assassinatos em séria — tantas mentiras que é difícil não acreditar. Você simpatiza com o Falun Gong? O Partido associa a avaliação política da pessoa com a perseguição ao Falun Gong, rebaixa seu posto, demite ou retira seu bônus se os praticantes de Falun Gong de sua área de responsabilidade apelarem em Pequim. Assim, o Partido coage as pessoas a se tornarem inimigas do Falun Gong.
O PCCh sequestrou inúmeros praticantes de Falun Gong e os submeteu a sessões de lavagem cerebral na tentativa de forçá-los a desistir de suas crenças retas, a denunciar o Falun Gong e a prometer parar de praticar. O Partido emprega várias maneiras repugnantes na tentativa de persuadi-los, inclusive usa seus parentes, trabalho e escola para pressioná-los, inflingindo-lhes várias torturas cruéis e até punindo membros de suas famílias e colegas. Os praticantes de Falun Gong que foram submetidos à lavagem cerebral e largaram a prática são agora usados para atormentar e fazer lavagem cerebral nos outros. O imoral Partido Comunista Chinês insiste em transformar pessoas boas em demônios, forçando-as a andar em um caminho sombrio até o fim de suas vidas.
O iníquo socialismo com “características chinesas”
O termo “características chinesas” é usado para encobrir os crimes do PCCh. O Partido sempre alega que deve seu sucesso na revolução chinesa à “integração do marxismo-leninismo com a realidade concreta da revolução chinesa”. Frequentemente o PCCh abusou do termo “característica” como apoio ideológico para suas políticas abomináveis e caprichosas.
Meios fraudulentos e enganosos
Sob a fachada enganosa de “características chinesas”, o PCCh não tem realizado nada além do absurdo.
O objetivo da revolução do PCCh era o de tornar pública a propriedade dos meios de produção, e ele enganou muita gente jovem para se juntar à sua organização pelos ideais de união e comunismo. Muitos deles até traíram suas próprias famílias, que possuíam propriedades. Mas décadas após o início do PCCh, o capitalismo retornou, entretanto agora se tornando parte do próprio Partido, que originalmente erguia bandeira do igualitarismo.
Hoje, entre os filhos e parentes dos líderes do Partido, muitos são novos capitalistas com fortunas e muitos membros do Partido se juntaram ao grupo dos novos ricos. O Partido eliminou os proprietários e capitalistas em nome da revolução e roubou suas propriedades. Agora, a nova “realeza” do PCCh enriqueceu com seu capitalismo de propina e corrupção. Aqueles que seguiram o Partido no início das revoluções, agora, suspiram: “Se eu soubesse da situação de hoje, eu não os teria seguido”. Após várias décadas de suor e luta, eles simplesmente entregaram as propriedades de seus irmãos e pais, bem como suas próprias vidas ao culto do Partido.
O PCCh fala da base econômica determinando a superestrutura; na realidade, é a base econômica burocrática dos funcionários corruptos do PCCh que decide a “superestrutura de alta pressão” — uma superestrutura que depende de alta pressão para ser mantida. Suprimir o povo tornou-se, portanto, a política básica do PCCh.
Outra característica iníqua do PCCh se manifesta em sua definição volátil de conceitos culturais que são então usadas para criticar e controlar as pessoas. O conceito de “partido” é um exemplo. Desde o início dos tempos, partidos foram estabelecidos tanto dentro do país como no exterior. Somente o Partido Comunista exercita o poder além do domínio de uma coletividade partidária. Se uma pessoa se junta ao Partido, ele controlará todos os aspectos de sua vida, incluindo sua consciência, subsistência e vida privada. Ao conseguir autoridade política, o PCCh controla a sociedade, o governo e o aparato estatal. Ele dita tudo, desde quem deve ser o Presidente do país ou Ministro da Defesa, ou que regulamentos ou leis serão criados, até as menores questões, como onde uma pessoa deve morar, com quem deve se casar e quantos filhos pode ter. O Partido reuniu todos os métodos de controle imagináveis.
Em nome da dialética, o PCCh destruiu completamente o pensamento holístico, as faculdades racionais e o espírito indagador da filosofia. Enquanto fala sobre “distribuição de acordo com a contribuição”, o processo de “permitir que algumas pessoas fiquem ricas primeiro” foi sendo realizado com a “distribuição de acordo com o poder”. O Partifo usa o disfarce de “servir ao povo sinceramente” para enganar os que alimentam esses ideais, e então faz lavagem cerebral e os controla completamente, transformando-os gradualmente em ferramentas dóceis que “servem ao Partido de todo coração” e que não ousam falar com franqueza em favor do povo.
Um partido maquiavélico com “características chinesas”
Usando o princípio de valorizar seus interesses acima de qualquer outra consideração, o PCCh distorceu a sociedade chinesa por meio do seu culto maligno, criando um ser realmente grotesco para toda a humanidade. Esse ser é diferente de qualquer outro Estado, governo ou organização. Seu princípio é não ter princípios; não há sinceridade por trás de seus sorrisos. Pessoas boas não podem entender o Partido. Com base em padrões morais universais, elas não podem imaginar que uma entidade tão maligna estaria representando um país. Usando a desculpa das “características chinesas”, o PCCh se estabeleceu entre as nações do mundo. As “características chinesas” se tornaram um eufemismo para as “características abomináveis do Partido Comunista Chinês”.
Com as “características chinesas”, o deficiete capitalismo chinês foi transformado em “socialismo”; o “desemprego” se transformou em “espera por emprego”; a “demissão” do trabalho se transformou em “período de folga”; a “pobreza” se transformou em “estágio inicial do socialismo”; e os direitos humanos e a liberdade de expressão e crença foram reduzidos ao mero direito à sobrevivência.
A nação chinesa enfrenta uma crise moral sem precedentes
No início da década de 1990, havia um ditado popular na China: “Sou um bandido e não tenho medo de ninguém.”. Essa é a triste consequência das décadas do regime iníquo do Partido Comunista Chinês e da imposição de sua corrupção à nação. Acompanhando a falsa prosperidade da economia chinesa está o rápido declínio moral em todas as áreas da sociedade.
Os representantes parlamentares da China sempre falam sobre “honestidade e confiança” no Congresso do Povo da China. Nos exames introdutórios das faculdades, os estudantes precisam escrever sobre honestidade e confiança. Isso significa que a falta de honestidade e confiança e o declínio da moralidade se tornaram uma crise invisível, mas onipresente, na sociedade chinesa. Corrupção, fraude, produtos falsificados, trapaça, malícia e degeneração das normas sociais são trivialidades. Não há mais nenhuma confiança básica entre as pessoas.
Para os que dizem estar satisfeitos com um padrão de vida melhor, a estabilidade em suas vidas não é a sua principal preocupação? Qual é o fator mais importante na estabilidade social? É a moralidade. Uma sociedade com a moralidade degradada não pode prover segurança.
Até o momento, o PCCh reprimiu quase todas as religiões tradicionais e desmantelou o sistema de valores tradicional. A maneira inescrupulosa com que ele confisca a riqueza e engana as pessoas tem tido um efeito negativo em toda a sociedade, corrompendo-a e levando as pessoas à vilania. O Partido, que governa por meios tortuosos, também precisa de uma sociedade essencialmente corrupta como ambiente para sua sobrevivência. É por isso que ele tenta de tudo para arrastar as pessoas a seu nível, esforçando-se para tornar o povo chinês ardiloso em diferentes graus. Essa é a forma como sua natureza maligna erradica a base moral que, por longo tempo, sustentou o povo chinês.
Conclusão
“É mais fácil mudar rios e montanhas do que mudar a natureza de uma pessoa”[11]. A história tem provado que toda vez que o Partido Comunista Chinês afrouxa os grilhões do cativeiro de suas vítimas, ele o faz sem intenção de abandoná-los. Depois da Grande Fome entre as décadas de 1950 e 1960, o Partido adotou o programa “Três Liberdades e Um Contrato” (San Zi Yi Bao)[12], visando restaurar a produção agrícola, mas sem nenhuma intenção de mudar a situação de “escravidão” dos camponeses chineses. A “reforma econômica” e a “liberalização” da década de 1980 não impediram o PCCh de levantar seu cutelo contra o próprio povo, em 1989. No futuro, o PCCh continuará a mudar sua fachada, mas não mudará sua natureza iníqua.
Algumas pessoas pensam que “o passado, ao passado pertence”, que a situação mudou e que o Partido agora não é o mesmo de antes. Algumas podem estar satisfeitas com as falsas aparências e, erroneamente, até acreditar que o PCCh melhorou e que está em processo de reforma ou pretende fazer reparações. Eles podem constantemente afastar as memórias problemáticas do passado. Tudo isso só pode dar ao bando de vilões do PCCh a oportunidade de continuar a sobreviver e ameaçar a humanidade.
Todos os esforços do Partido são destinados a fazer as pessoas esquecerem o passado. Todas as lutas do povo são um lembrete das injustiças que sofreram nas mãos do PCCh.
Na verdade, a história do PCCh é uma história de supressão da memória das pessoas, uma história na qual as crianças desconhecem as verdadeiras experiências de seus pais, uma na qual centenas de milhões de cidadãos enfrentam o enorme conflito entre desprezar o passado sangrento do PCCh e alimentar esperanças em relação seu futuro.
Quando o espectro maligno do comunismo caiu sobre o mundo, o Partido Comunista liberou a escória da sociedade e utilizou a rebelião dos piores elementos para agarrar e estabelecer o poder político. O que ele fez mediante carnificina e tirania foi estabelecer e manter o despotismo na forma de uma “possessão do Partido”. Usando a chamada ideologia de “luta”, que se opõe à natureza, às leis divinas, à natureza humana e ao universo, ele destrói a consciência e a benevolência humanas — destruindo junto também a civilização tradicional e a moralidade. Ele usou massacres sangrentos e lavagem cerebral forçosa para impor um culto maligno comunista, criando uma nação de mentes deformadas para ter governo sobre um país.
Ao longo da história do Partido Comunista Chinês, houve períodos violentos quando o terror vermelho atingiu seu auge e períodos delicados quando Partido, por pouco, escapou da sua destruição. Em todas as vezes, o PCCh recorreu ao uso de seus meios astutos para se livrar das crises, mas somente para se preparar para um novo ciclo de violência, continuando a enganar o povo chinês.
Quando o povo reconhecer a natureza vil e maligna do Partido Comunista Chinês e não se deixar enganar por suas falsas imagens, o fim terá chegado para o Partido e para sua natureza inescrupulosa.
* * *
Em comparação com os cinco mil anos de história da China, as décadas de regime do Partido Comunista Chinês são apenas um piscar de olhos. Antes que o PCCh existisse, a China criou a civilização mais magnífica da história da humanidade. O Partido tirou proveito de oportunidades que encontrou em meio a problemas domésticos da China e invasões estrangeiras para arruinar a nação chinesa. Ele tirou a vida de dezenas de milhões de pessoas, destruiu inúmeras famílias e sacrificou os recursos ecológicos dos quais a sobrevivência do país depende. O que é ainda mais devastador é a destruição da moralidade chinesa e de suas ricas tradições culturais.
Qual será o futuro da China? Que direção o país tomará? A complexidade dessas questões transcende o que se pode discutir em poucas palavras, entretanto, uma coisa é certa: se não houver renovação da moralidade da nação, restauração da relação harmoniosa entre o homem e a natureza e entre os seres humanos, os Céus e a Terra, se não houver fé ou cultura por uma coexistência pacífica entre humanos, será impossível para a nação chinesa ter um futuro brilhante.
Depois de várias décadas de lavagem cerebral e repressão, o Partido Comunista Chinês estabeleceu sua forma de pensar e seus padrões para o bem e o mal na vida do povo da China. Isso levou o povo a aceitar e racionalizar as fraudes e a perversão do Partido Comunista, a fazer parte da sua falsidade, fornecendo bases ideológicas para sua existência.
Eliminar de nossas vidas as doutrinas iníquas incutidas pelo Partido, perceber sua natureza totalmente inescrupulosa e restaurar nossa natureza e consciência humanas. Esse é o primeiro — e essencial — passo no caminho para uma transição tranquila a uma sociedade livre do PCCh.
Se esse caminho pode ser trilhado firme e pacificamente, isso dependerá das mudanças realizadas no coração de cada cidadão chinês. Mesmo que o Partido pareça detentor de todos os recursos e mecanismos violentos no país, se cada cidadão acreditar no poder da verdade e salvaguardar a moralidade, o espectro maligno do PCCh perderá a fundação para a sua existência. Todos os recursos poderão retornar imediatamente para as mãos dos justos. E então, esse será o momento em que China renascerá.
Somente sem o Partido Comunista Chinês haverá uma nova China.
Somente sem ele a China terá esperança.
Sem o PCCh, as pessoas íntegras e benevolentes da China reconstruirão a magnificência histórica da nação.
NOTAS:
[1] De acordo com o pensamento confucionista tradicional, imperadores ou reis governam de acordo com um mandato divino e, para receber essa autoridade, suas realizações morais devem corresponder a essa responsabilidade suprema. Um pensamento semelhante também pode ser encontrado nos escritos de Mêncio. No verso “Quem concede o poder monárquico?”, quando perguntado sobre quem concedeu a terra e a autoridade governamental ao Imperador Shun, Mêncio disse: “Veio dos Céus”. A ideia da origem divina do poder também pode ser encontrada na tradição cristã ocidental. Em Romanos 13:1 (versão King James), por exemplo, encontramos: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade senão de Deus; e as autoridades que há são ordenadas por Deus.”.
[2] Um “centro” se refere ao desenvolvimento econômico, enquanto os dois pontos básicos são: 1) manter os quatro princípios básicos (caminho socialista, ditadura do proletariado, liderança do PCCh, marxismo-leninismo e pensamento de Mao Tsé-Tung) e 2) continuar com as políticas de reforma e abertura.
[3] Dados de uma reportagem da Agência de Notícias Xinhua, de 4 de março de 2004.
[4] Relatório da Agência de Notícias Xinhua (29 de fevereiro de 2004).
[5] Um “Princípio dos Três Nãos” já havia ocorrido anteriormente. Em 1979, Deng Xiaoping propôs um “Princípio dos Três Nãos” para incentivar as pessoas a falarem o que pensam: “Não rotular, não atacar e não criticar os erros”. Houve alguma desconfiança pela similaridade ao Movimento Antidireitista que encorajou, de modo similar, os intelectuais na década de 1950 e depois os perseguiu brutalmente. Uma nova política dos “Três Nãos” foi proposta na na década de 2000, referindo-se então a “Desenvolvimento sem debates, avanços sem lutas e progresso sem contentamento em ficar para trás”.
[6] O Artigo 23 da Lei Básica de Hong Kong foi proposto em 2002 pelo governo de Hong Kong sob pressão de Pequim. O artigo representava uma séria erosão da liberdade e dos direitos humanos em Hong Kong, minando a política de “um país, dois sistemas” prometida pelo PCC. O Artigo 23 sofreu oposição global e foi finalmente revogado em 2003.
[7] A CCTV (China Central Television) pertence e é operada diretamente pelo governo central. É a principal rede de transmissão da China continental.
[8] Essas frases citadas são todos títulos de músicas escritas e cantadas durante a era Mao, na década de 1960 e início da década de 1970.
[9] Mao Tsé-Tung disse certa vez: “Não temos medo de cometer erros, mas estamos preocupados em corrigi-los”.
[10] Para análise detalhada do vídeo da autoimolação, por favor, visite o seguinte website: http://pt.minghui.org/cc/88/
[11] Esse é um provérbio chinês que confirma a permanência da natureza de uma pessoa. O provérbio também foi traduzido como “A raposa pode mudar sua pele, mas não seus hábitos”.
[12] As políticas de reforma econômica conhecidas como o programa “Três Liberdades e Um Contrato” (San Zi Yi Bao) foram propostas por Liu Shaoqi, então Presidente da China. O programa estipulava lotes de terra para uso privado, mercados livres, empresas com responsabilidade exclusiva por seus próprios lucros e perdas e a fixação de cotas de produção para as famílias.