COMENTÁRIO OITO
Como o Partido Comunista Chinês é um Culto Maligno
Prefácio
O colapso do bloco socialista encabeçado pela União Soviética no início da década de 1990 pontuou o fracasso do comunismo depois de quase um século. Entretanto, o Partido Comunista Chinês (PCCh) inesperadamente sobreviveu e ainda controla a China, uma nação com um quinto da população mundial. E surge então uma pergunta inevitável: O PCCh de hoje ainda é verdadeiramente comunista?
Atualmente ninguém na China, incluindo membros do Partido, acredita no comunismo. Depois de cinquenta anos de socialismo, o PCCh terminou por adotar a propriedade privada e até mesmo o mercado de ações. Ele busca investimento estrangeiro para estabelecer novas empresas, enquanto explora os trabalhadores e camponeses o máximo que pode, o que vai na contramão do que se supõe que sejam os ideais do comunismo. Mas, apesar de concessões ao capitalismo, o PCCh mantém controle absoluto sobre o povo da China. A Constituição, conforme revisada em 2004, ainda declara firmemente: “O povo chinês de várias etnias continuará aderindo à “ditadura democrática” popular, ao caminho socialista sob a liderança do Partido Comunista Chinês e guiado pelo marxismo-leninismo, pela ideologia de Mao Tsé-Tung, a teoria de Deng Xiaoping e o importante pensamento das ‘Três Representações’ […]”.
“O leopardo morreu, mas sua pele ainda permanece”.[1] O Partido Comunista Chinês de hoje herdou apenas “sua pele” e a usa para manter seu regime.
Qual é a natureza da “pele” herdada pelo PCCh, isto é, qual é seu regime de fato?
As características de culto do Partido Comunista Chinês
O Partido Comunista é essencialmente um culto maligno que prejudica a humanidade.
Embora o Partido Comunista nunca tenha se declarado uma religião, ele tem todos os traços de uma religião (Tabela 1). No início de seu estabelecimento, ele considerava o marxismo como a verdade absoluta no mundo e negava a existência de qualquer coisa para além deste mundo. Ele adorava Marx devotamente como seu Deus espiritual e incitava o povo a engajar-se em uma luta permanente com o objetivo de construir um “paraíso comunista na Terra”.
Tabela:
AS FORMAS BÁSICAS DE UMA RELIGIÃO | AS FORMAS CORRESPONDENTES
DO PCCh |
Igreja ou palanque (púlpito) | Todos os níveis do Comitê do do Partido; o palanque abrange desde as reuniões do Partido até os meios de comunicação controlados pelo PCCh. |
Doutrinas | O marxismo-leninismo, a ideologia de Mao Tse Tung, a teoria de Deng Xiaoping, as “Três Representações” de Jiang Zemin, e a Constituição do
Partido Comunista. |
Ritos de iniciação | Cerimônia na qual são feitos juramentos de lealdade eterna ao PCCh. |
Lealdade à somente uma religião | Um membro só pode acreditar no
Partido Comunista. |
Sacerdotes | Secretários do Partido e funcionários encarregados de assuntos do partido em todos
os níveis da sociedade. |
Adoração a Deus | Difamando todos os Deuses, e depois estabelecendo-se como um “Deus” com outro rótulo. |
A morte é uma “ascensão aos Céus
ou descida ao inferno”. |
A morte é chamada “ir ao encontro de Marx”. |
Escrituras Sagradas | As teorias e textos dos líderes do Partido Comunista. |
Pregação | Todos os tipos de reuniões e discursos de seus líderes. |
Entoar, estudar e examinar escrituras; | Estudos políticos; reuniões de grupo rotineiras ou atividades para membros doPartido Comunista. |
Hinos (cânticos religiosos) | Canções que enaltecem o Partido Comunista. |
Doações | Taxas obrigatórias de filiação; alocação obrigatória do orçamento governamental, que é dinheiro do suor e sangue do povo, para uso do Partido. |
Punição disciplinar | As disciplinas do Partido vão desde prisão domiciliar, investigação e expulsão do Partido, até tortura mortal e punição de parentes e amigos. |
Apesar das comparações, logicamente, o Partido Comunista é completamente diferente de qualquer religião reta. Todas as religiões ortodoxas acreditam no divino e na benevolência, e têm como propósito ensinar a moralidade à humanidade e salvá-la. O Partido Comunista não acredita no divino e se opõe à moralidade tradicional.
O que o Partido Comunista tem feito prova que ele, na verdade, é um culto maligno. Suas doutrinas são baseadas na “luta de classes”, nas revoluções violentas e na “ditadura do proletariado”, o que resultou na chamada “revolução comunista” — repleta de sangue e violência. O terror vermelho sob os regimes comunistas, durante mais de um século, trouxe apenas desastres a dezenas de países no mundo e assassinou dezenas de milhões de pessoas. A “fé comunista”, que criou um inferno na Terra, não é senão o culto mais vil no mundo.
As características de culto que o Partido Comunista Chinês possui podem ser resumidas em seis itens:
Fabricação de doutrinas e eliminação dissidentes
O Partido Comunista tem o marxismo como sua doutrina religiosa e o expõe como “a verdade incontestável”. As doutrinas do Partido não possuem qualquer benevolência ou tolerância. Ao invés disso, estão repletas de arrogância. O marxismo foi um produto do período inicial do capitalismo quando a produtividade era baixa e a ciência subdesenvolvida. Ele não tem uma compreensão correta das relações entre homem e sociedade e entre homem e natureza. Infelizmente, essa ideologia herética se desenvolveu, ganhando corpo no movimento comunista internacional, e prejudicou o mundo por mais de um século, até ser rejeitada depois que a experiência prática a demonstrou completamente errada.
Os líderes de partidos comunistas, desde Vladimir Lênin, sempre fizeram adaptações nas doutrinas do culto. Desde a teoria de revolução violenta de Lênin, passando pela teoria da revolução contínua de Mao Tsé-Tung sob a ditadura do proletariado, até as “Três Representações” de Jiang Zemin, a história do Partido Comunista está cheia dessas teorias heréticas e falácias. Embora essas teorias tenham causado, na prática, constantes desastres e sejam autocontraditórias, o Partido Comunista sempre se declara universalmente correto e obriga o povo a estudar suas doutrinas.
A maneira mais efetiva para o culto maligno do comunismo espalhar sua doutrina é o extermínio de dissidentes. Pela absurdidade da doutrina e do comportamento desse culto maligno o Partido Comunista tem que forçar o povo a aceitá-lo e eliminar dissidentes através da violência. Depois que o Partido tomou as rédeas do poder na China, ele implantou a “reforma agrária” para eliminar a classe dos senhores de terras; a “reforma socialista” na indústria e comércio para eliminar os “capitalistas burgueses”; o movimento de “Supressão aos Contrarrevolucionários” para eliminar as religiões populares e os oficiais que ocupavam os postos antes de os comunistas tomarem o poder; o Movimento Antidireitista para silenciar os intelectuais; e a “Revolução Cultural” para erradicar a cultura tradicional chinesa. O PCCh foi capaz de unificar a China sob o culto maligno do comunismo e impor uma situação em que cada um lia o Livro Vermelho, executava a “dança da lealdade”[2] e “pedia instruções ao Partido pela manhã e se reportava ao Partido ao fim do dia”. No período posterior aos governos de Mao Tsé-Tung e Deng Xiaoping, o PCCh declarou que o Falun Gong, uma prática espiritual tradicional que acredita em “verdade, compaixão e tolerância”, competia com o Partido pelas massas e por isso tentou erradicá-lo iniciando uma perseguição genocida contra o Falun Gong que continua até hoje.
Adoração ao líder e pontos de vista supremacistas
De Marx a Jiang Zemin, as fotografias dos líderes comunistas são expostas de maneira proeminente para adoração. A autoridade absoluta dos líderes proíbe qualquer desafio. Mao Tsé-Tung era tido como “o sol vermelho” e “o grande libertador”. O Partido falava de forma exagerada sobre seus escritos, dizendo que “uma sentença [dele] equivale a 10 mil sentenças comuns”. Como um membro comum do Partido, Deng Xiaoping dominou, certa vez, a política chinesa como suserano. A teoria das “Três Representações” de Jiang Zemin tem pouco mais de 40 caracteres, incluindo pontuação, mas a Quarta Sessão Plenária do Sexto Comitê Central do Partido Comunista Chinês a exaltou como “fornecendo uma resposta criativa a questões como o que é socialismo, como se construir o socialismo, que tipo de partido estamos construindo e como construir o Partido”. O Partido também alardeou a filosofia das “Três Representações”, alegando que era uma continuação e desenvolvimento do marxismo-leninismo, do pensamento de Mao Tsé-Tung e da teoria de Deng Xiaoping.
O massacre gratuito de pessoas inocentes conduzido por Joseph Stalin, a catástrofe da Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung, o Massacre da Praça da Paz Celestial ordenado por Deng Xiaoping e a perseguição atual ao Falun Gong promovida por Jiang Zemin são os resultados práticos e reais da ditadura herética do Partido Comunista.
Por um lado, o PCCh prega na Constituição da República Popular da China: “Todo o poder na República Popular da China pertence ao povo. Os órgãos através dos quais o povo exerce o poder do Estado são o Congresso Nacional do Povo e os congressos populares locais em diferentes níveis”. “Nenhuma organização ou indivíduo pode usufruir do privilégio de estar acima da Constituição e da lei”.[3] Por outro lado, a Carta do Partido Comunista Chinês estipula que o Partido seja o núcleo da liderança da causa socialista chinesa, estando acima do país e do povo. O presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo fez “discursos importantes” em todo o país, afirmando que o Congresso que representa, o órgão máximo do poder do Estado, deve aderir à liderança do PCCh. De acordo com os princípios de “centralismo democrático” do PCCh, o Partido inteiro deve obedecer ao seu Comitê Central. Indo ao fundo da questão, aquilo em que o Congresso Nacional do Povo realmente insiste é na ditadura do Secretário-Geral, a qual, por sua vez, está protegida pela legislação.
Lavagem cerebral violenta e controle mental
A organização do Partido Comunista Chinês é extremamente rígida: uma pessoa precisa de duas referências de membros do Partido antes de ser admitida; uma vez admitida, precisa jurar lealdade eterna ao Partido; deve pagar taxas de filiação; participar de atividades organizacionais e participar de grupos de estudo político. As organizações do Partido penetram em todos os níveis do governo. Há organizações básicas do PCCh em cada vila, cidade e bairro. O Partido controla não somente seus filiados e seus negócios, mas também os assuntos de não membros, porque todos precisam “aderir à liderança do Partido”. Nos anos das campanhas de “luta de classes”, os “sacerdotes” da religião do PCCh, isso é, os secretários do Partido em todos os níveis, com frequência não sabiam exatamente o que fazer, a não ser disciplinar o povo.
A “crítica e a autocrítica” nas reuniões do Partido servem como um meio comum e interminável de controlar as mentes dos membros. Por toda sua existência, o PCCh lançou uma série de movimentos políticos para “purificar os membros do Partido”, “retificar a atmosfera do Partido”, “capturar traidores”, “exterminar as Divisões Antibolcheviques (Divisões AB)”3[extra] e “disciplinar o Partido”, testando periodicamente o “senso da natureza do Partido” – ou seja, usou de violência e terror para testar a devoção dos membros ao Partido, enquanto assegurava que eles se mantivessem para sempre alinhados.
Filiar-se ao PCCh é o mesmo que assinar um contrato irrevogável de venda do corpo e da alma. Com as regras do Partido estando sempre acima das leis da nação, ele pode, a seu critério, destituir qualquer membro, enquanto nenhum membro pode deixar o Partido sem que sofra uma punição severa. Deixar o Partido é considerado deslealdade e isso traz consequências terríveis. Durante a Revolução Cultural, quando o culto do PCCh exercia mais desenfreadamente sua tirania absoluta, todos sabiam que se o Partido quisesse uma pessoa morta, ela não conseguiria viver; e se a quisesse viva, ela não conseguiria morrer. Se uma pessoa cometesse suicídio, seria rotulada como “temendo a punição do povo por seus crimes” e seus familiares também seriam implicados e punidos.
O processo de decisão dentro do Partido acontece como uma caixa preta, em que suas lutas internas devem ser mantidas em segredo absoluto. Os documentos do Partido são todos confidenciais. Temendo a exposição de seus atos criminosos, o PCCh frequentemente silencia os dissidentes incriminando-os por “divulgar segredos de Estado”.
Incitação da violência, carnificina e sacrifício pelo Partido
Mao Tsé-Tung disse: “Uma revolução não é uma janta festiva ou a redação de um ensaio, não é pintar um quadro ou ficar bordando; ela não pode ser tão refinada, tranquila e gentil, ou tão sóbria, delicada, cortês, contida e magnânima. Uma revolução é uma revolta, um ato de violência através do qual uma classe subjuga a outra”.[4] Deng Xiaoping recomendou: “Matar 200 mil pessoas em troca de 20 anos de estabilidade”. Jiang Zemin ordenou: “Destrua-os fisicamente [os praticantes de Falun Gong], difame-os e arruíne-os financeiramente”.
O PCCh promove a violência e tem assassinado um número incontável de pessoas em seus movimentos políticos. Ele educa o povo para “tratar o inimigo com a crueldade torpe do inverno indomável”. A bandeira vermelha tem o simbolismo de ser vermelha por ter sido “tingida com o sangue dos mártires”. O Partido adora o vermelho devido a seu vício em sangue e carnificina.
O PCCh exibe exemplos “heróicos” para encorajar as pessoas a se sacrificarem pelo Partido. Quando Zhang Side morreu trabalhando em um forno produzindo ópio, Mao Tsé-Tung louvou sua morte como sendo “tão pesada como o Monte Tai”.[5] Naqueles anos frenéticos, “palavras corajosas” como “não temer nem as dificuldades nem a morte” e “sacrifícios amargos fortalecem a corajosa vontade; nós faremos o sol e a lua brilharem em novos céus” alimentavam a loucura ideológica do Partido em meio à extrema carência de suprimentos.
No final da década de 1970, o Vietnã comunista despachou tropas e derrubou o regime do Khmer Vermelho, que era promovido pelo PCCh e responsável por crimes indescritíveis. Embora o PCCh estivesse furioso, ele não podia enviar tropas para apoiar o Khmer Vermelho, já que a China e o Camboja não compartilhavam uma fronteira comum. Ao invés disso, alegando autodefesa, o Partido declarou guerra ao Vietnã por meio da fronteira sino-vietnamita para punir o regime comunista de lá. Dezenas de milhares de soldados chineses sacrificaram suas vidas por esta luta entre regimes comunistas. Na verdade, suas mortes não tinham nada a ver com território ou soberania. Entretanto, alguns anos mais tarde, o PCCh relembrou desgraçadamente o sacrifício sem sentido de tantas vidas jovens como “o espírito heroico revolucionário”, irreverentemente citando a canção A Conduta Elegante Tingida de Sangue. Em 1981, 154 mártires chineses morreram recapturando o Monte Faka na província de Guangxi, mas o PCCh casualmente o devolveu ao Vietnã depois que a China e o Vietnã revisaram suas fronteiras.
No início de 2003, quando a violenta propagação da SARS ameaçou a vida da população, o PCCh alistou prontamente muitas enfermeiras jovens. Essas mulheres rapidamente foram confinadas em hospitais para cuidar de pacientes com SARS. O Partido expõe os jovens aos maiores perigos para, assim, estabelecer sua “imagem gloriosa” de “não temer nem as adversidades nem a morte”. No entanto, o PCCh não tem nenhuma explicação sobre onde estavam os outros milhões de membros do Partido e que imagem eles trouxeram para o Partido.
Negação da crença no Divino e eliminação da natureza humana
O PCCh defende o ateísmo e alega que a religião é o “ópio do povo”. Ele usou seu poder para reprimir todas as religiões na China e então divinizou a si próprio, garantindo o controle absoluto do país ao culto do Partido.
Ao mesmo tempo em que sabota a religião, o PCCh também destrói a cultura tradicional. Ele alega que a tradição, a moralidade e a ética são “feudalistas, supersticiosas e reacionárias”, erradicando-as em nome da revolução. Durante a Revolução Cultural, fatos terríveis se difundiram, violando as tradições chinesas, tais como casais acusando-se mutuamente, estudantes batendo em seus professores, pais e filhos se virando uns contra os outros, a Guarda Vermelha matando inocentes cruelmente e rebeldes espancando, destruindo e saqueando. Essas foram as consequências naturais da eliminação da natureza humana pelo Partido.
Depois de estabelecer seu regime, o Partido forçou as minorias nacionais a jurarem lealdade à liderança comunista, comprometendo a rica e colorida cultura étnica que haviam estabelecido.
Em 4 de junho de 1989, o chamado “Exército de Libertação Popular” massacrou estudantes em Pequim no Massacre da Praça da Paz Celestial. Isso fez os chineses perderem completamente a esperança no futuro político da China. Desde então, o povo inteiro só se interessa em ganhar dinheiro. De 1999 até hoje, o PCCh vem perseguindo brutalmente o Falun Gong, opondo-se a “verdade, compaixão e tolerância” e causando, assim, um acelerado declínio nos padrões morais.
Desde o início deste século, uma nova onda de confiscos ilegais de terras[6] e de recursos financeiros e materiais pelos oficiais corruptos do Partido em conluio com oportunistas deixou muita gente na miséria e desabrigada. O número de pessoas apelando ao governo por justiça tem aumentado drasticamente e os conflitos sociais têm se intensificado. Os protestos em grande escala são frequentes, e encontram a repressão violenta da polícia e das forças armadas. A natureza fascista da “República” se tornou notória e a sociedade perdeu sua consciência moral.
No passado, um vilão não fazia mal aos seus vizinhos, ou como diz o ditado, a raposa caça longe de casa. Hoje em dia, quando uma pessoa quer enganar alguém, ela prefere atingir seus parentes e amigos e chamar isso de “crimes entre pessoas íntimas”.
No passado, os chineses valorizavam a castidade acima de tudo, hoje, o povo chinês ridiculariza o pobre, mas não os devassos. A história da destruição da natureza e moralidade humanas na China é vividamente resumida na canção abaixo:
“Nos anos 1950, as pessoas ajudavam umas as outras,
Nos anos 1960, as pessoas lutavam umas com as outras,
Nos anos 1970, as pessoas enganavam umas às outras,
Nos anos 1980, as pessoas preocupavam-se só consigo mesmas,
Nos anos 1990, as pessoas tiravam vantagem de todos que encontravam.”
Tomada do poder pelas armas e pela monopolização da economia
O único propósito de estabelecer o PCCh era tomar o poder pela força armada e então gerar um sistema de propriedade estatal no qual o Estado detém monopólios na economia planificada. A ambição desenfreada do PCCh supera em muito a dos cultos malignos comuns que simplesmente acumulam dinheiro. Em um país de propriedade pública socialista comandado pelo Partido Comunista, as organizações do Partido que concentram grande poder (isto é, os comitês e ramos do Partido em vários níveis) são impostas sobre ou possuem a infraestrutura normal do estado. As organizações do Partido controlam a máquina estatal e extraem fundos diretamente dos orçamentos dos governos em diferentes níveis. Como um vampiro, o PCCh suga uma enorme quantidade de riqueza da nação.
O dano causado pelo culto do Partido Comunista Chinês
Quando são mencionados incidentes como o Aum Shinrikyo matando pessoas com o gás sarin, ou os membros da Ordem do Templo Solar “ascendendo aos Céus” mediante suicídio, ou ainda o suicídio em massa de 900 seguidores de Jim Jones do Templo do Povo, todos tremem de medo e indignação. No entanto, o Partido Comunista Chinês é um culto maligno que cometeu crimes infinitamente piores, tendo destruído incontáveis vidas. Isso porque o Partido possui as seguintes características únicas que um culto comum não tem.
O culto maligno tornou-se uma religião do Estado
Na maioria dos países, se uma pessoa não segue uma religião, ela ainda pode usufruir de uma vida feliz sem ler livros ou ouvir princípios religiosos. Entretanto, na China Continental, é impossível alguém viver sem a constante exposição às doutrinas e propagandas do culto do PCCh, porque depois que o Partido tomou o poder, transformou esse culto maligno em uma religião do Estado.
O Partido começa a incutir seu discurso político e ideológico desde o jardim da infância e a escola primária. Não se pode seguir para a educação superior ou obter uma promoção a altos cargos sem passar no exame político. Qualquer das questões colocadas no exame político não permite que a pessoa pense independentemente. Para passar, os que fazem os exames devem memorizar as respostas padronizadas fornecidas pelo Partido. O infeliz povo chinês é forçado a repetir os sermões do PCCh desde a juventude, provocando uma repetitiva lavagem cerebral. Quando um quadro é promovido a um posto mais alto no governo, mesmo sendo membro do PCCh, ele precisa frequentar a Escola do Partido. Ele não será promovido até que cumpra os requisitos para se formar na Escola do Partido.
Na China, onde o Partido Comunista é a religião do Estado, não é permitida a existência de grupos com opiniões diferentes. Até os “partidos democráticos”, criados pelo PCCh meramente como vitrine política, e a reformada Igreja dos “Três-Autos” — o “Comitê Patriota Trino” de autoadministração, autossustentação e autopropagação — precisam reconhecer oficialmente a liderança do Partido. De acordo com a lógica de culto do PCCh, antes de abraçar qualquer outra crença, a lealdade ao Partido é a prioridade número um.
Controles sociais vão a extremos
Esse culto maligno foi capaz de se tornar uma religião do Estado porque o PCCh tem total controle social e priva o indivíduo de liberdade. Esse tipo de controle não tem precedente, uma vez que o Partido privou o povo de propriedade privada, que é a base da liberdade. Antes da década de 1980, as pessoas nas áreas urbanas somente podiam ganhar a vida trabalhando em empresas controladas pelo Partido. Camponeses nas zonas rurais tinham que viver nas terras pertencentes às comunas do Partido. Ninguém podia escapar do controle do Partido. Em um país socialista como a China, as organizações do Partido estão em todos os lugares, desde o governo central até os níveis básicos da sociedade, incluindo vilas e bairros. Por meio dos comitês do Partido e seus braços em todos os níveis, há controle absoluto sobre a sociedade. Um controle tão rígido esmaga as liberdades individuais — a liberdade de movimento (sistema de registro de residência); a liberdade de expressão (500 mil direitistas foram perseguidos pelo PCCh por praticarem a liberdade de expressão); a liberdade de pensamento (Lin Zhao[7] e Zhang Zhixin[8] foram executados por terem dúvidas a respeito do Partido) e a liberdade de obter informação (é ilegal ler livros classificados como proibidos ou ouvir as “estações de rádio dos ‘inimigos’” e o acesso à internet também é monitorado).
Pode-se dizer que agora a propriedade privada é permitida pelo PCCh, mas não devemos esquecer que essa política de reforma e abertura chegou somente quando o socialismo alcançou um ponto em que as pessoas não tinham o suficiente para comer e a economia nacional estava à beira do colapso. O Partido teve que dar um passo atrás para se salvar da destruição. Entretanto, mesmo depois da reforma e abertura, ele nunca relaxou seu controle sobre o povo. A atual e brutal perseguição aos praticantes de Falun Gong somente poderia acontecer em um país controlado pelo Partido comunista. Se o PCCh se tornasse um gigante econômico, como ele deseja, é certo que o Partido intensificaria seu controle sobre o povo chinês.
Promovendo a violência e desprezando a vida
Quase todos os cultos malignos controlam seus seguidores ou resistem à pressão externa mediante violência. Mas poucos fizeram tão extenso uso de meios violentos e inescrupulosos como o Partido Comunista Chinês. Até o número total de mortes causadas por todos os outros cultos malignos do mundo não pode ser comparado ao número de pessoas assassinadas pelo PCCh. O culto do Partido vê a humanidade simplesmente como um meio de atingir seu objetivo; matar é somente outro meio para isso. Dessa forma, o Partido não tem reservas nem escrúpulos ao perseguir as pessoas. Qualquer um – incluindo os partidários, membros e líderes do Partido – podem se tornar alvo de perseguição.
O apoio do PCCh ao Khmer Vermelho, do Camboja, é um caso típico da brutalidade do Partido e da desconsideração pela vida. Durante seu governo de três anos e oito meses, inspirado e guiado pelos ensinamentos de Mao Tsé-Tung, o Partido Comunista do Camboja de Pol Pot massacrou dois milhões de pessoas, cerca de um quarto da população do país, para “eliminar o sistema de propriedade privada”. Desse total de mortos, mais de 200 mil eram de etnia chinesa.
Para registrar os crimes cometidos pelo Partido Comunista e lembrar das vítimas, o Camboja construiu um museu para documentar e exibir as atrocidades do Khmer Vermelho. O museu está em uma antiga prisão do Khmer. A construção, originalmente uma faculdade, foi transformada por Pol Pot na Prisão S-21, usada especificamente para lidar com prisioneiros de consciência. Muitos intelectuais foram detidos ali e torturados até a morte. Dispostos ao longo da estrutura da prisão estão vários instrumentos de tortura e também fotos em preto e branco das vítimas antes de serem assassinadas. Há muitas torturas horríveis documentadas: gargantas cortadas, cérebros perfurados, crianças jogadas no chão e mortas etc. Todos esses métodos de tortura foram ensinados pelos “especialistas e profissionais técnicos ” que o PCCh enviou em apoio ao Khmer Vermelho. O Partido até treinou os fotógrafos especializados em tirar fotos, seja para documentação ou entretenimento, dos prisioneiros antes de serem executados.
Exatamente nessa Prisão S-21, foi projetada uma máquina de perfurar cabeças e extrair cérebros humanos para fazer refeições nutritivas para os líderes do Khmer Vermelho. Prisioneiros de consciência eram amarrados a uma cadeira em frente dessa máquina. Uma broca giratória furava a cabeça por trás e extraía o cérebro rapidamente, enquanto a vítima morria.
A natureza de culto do Partido Comunista
O que torna o Partido Comunista tão tirânico e tão maligno? Quando o espectro do Partido veio ao mundo, ele veio com uma missão assustadora. O Manifesto Comunista tem uma passagem muito famosa próxima ao final: “Os comunistas dissimular suas perspectivas e propósitos. Declaram abertamente que seus fins só podem ser alcançados através da derrubada violenta de toda ordem social vigente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários não têm nada a perder a não ser suas correntes. Eles têm um mundo a ganhar.”
A missão desse espectro era usar a violência para desafiar abertamente a sociedade humana, esmagar o velho mundo, eliminar a propriedade privada, eliminar o caráter, a independência e a liberdade da burguesia, eliminar a exploração e as famílias e deixar os proletários governarem o mundo.
Esse partido político, que abertamente anunciou o desejo de “espancar, esmagar e roubar”, não nega apenas que seu ponto de vista é perverso, mas também declarou hipocritamente no Manifesto Comunista: “A revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações de propriedade tradicionais; não é de se admirar que seu desenvolvimento implique a ruptura mais radical com as ideias tradicionais”.
De onde vêm os pensamentos tradicionais? De acordo com a concepção ateísta da lei da natureza, os pensamentos tradicionais vêm naturalmente das leis da natureza e da sociedade. Eles são os resultados do movimento sistemático do universo. Entretanto, de acordo com os que acreditam no divino, as tradições humanas e os valores morais são legados pelos Céus. Independentemente de sua origem, a moralidade humana mais fundamental, as normas de comportamento e os padrões de julgamento do que é bom e do que é mau são relativamente estáveis; eles têm sido a base para regular o comportamento humano e manter a ordem social por milhares de anos. Se a humanidade perde suas normas e padrões morais para julgar o bom e o mau, os seres humanos não iriam se degenerar e se transformar em bestas? Quando o Manifesto Comunista declara que irá “a ruptura mais radical com as relações tradicionais”, ele ameaça a base da existência normal da sociedade humana. O Partido Comunista estava fadado a se tornar um culto maligno que traz destruição para a humanidade.
Todo o Manifesto Comunista é permeado de pronunciamentos extremos, mas não contém um mínimo de bondade e tolerância. Karl Marx e Friedrich Engels pensaram que haviam achado a lei do desenvolvimento social através do materialismo dialético. Assim, com a “verdade” nas mãos, eles questionaram tudo e negaram tudo. Obstinadamente impuseram ao povo as ilusões do comunismo e não abriram mão de promover o uso da violência para destruir as estruturas sociais e fundações culturais existentes. O Manifesto Comunista teve o efeito de injetar no recém-nascido Partido Comunista um espectro iníquo que se opõe às leis dos Céus, extermina a natureza humana e se mostra arrogante, extremamente egoísta e totalmente incontido.
A teoria do juízo final do Partido Comunista – O medo existencial do colapso do regime
Marx e Engels gradualmente dotaram o movimento comunista de um espírito perverso. Lênin estabeleceu o Partido Comunista na Rússia e, por meio da violência e do banditismo, derrubou o governo transitório constituído depois da Revolução de Fevereiro,8[9] sabotou a revolução burguesa na Rússia, se apossou do governo e conseguiu uma base para o culto comunista. Entretanto, o sucesso de Lênin não fez o proletariado ganhar o mundo. Ao contrário, como diz o primeiro parágrafo do Manifesto Comunista, “todos os poderes da velha Europa entraram em uma santa aliança para exorcizar esse espectro”. Depois do nascimento do Partido Comunista, ele imediatamente encarou uma crise de sobrevivência e passou a temer sua eliminação a qualquer momento.
Depois da Revolução de Outubro,[10] os comunistas russos, ou bolcheviques, não trouxeram nem paz nem pão para o povo, mas somente morticínio indiscriminado. A linha de frente estava perdendo a guerra e a revolução piorou a economia na sociedade. Dessa forma, o povo começou a se rebelar. A guerra civil rapidamente se espalhou pela nação inteira e os camponeses recusaram-se a fornecer comida para as cidades. Um grande tumulto se originou entre os cossacos perto do rio Dom; sua batalha com o Exército Vermelho trouxe um brutal derramamento de sangue. A natureza bárbara e bestial do massacre que aconteceu nessa batalha pode ser vista na literatura por meio do Tikhii Don, de Sholokhov, e outras obras sobre a história do rio Dom. As tropas, lideradas pelo Almirante Aleksandr Vailiyevich Kolchak, do antigo Exército Branco, e pelo General Anton Denikin, quase derrubaram o Partido Comunista da Rússia. Mesmo como um partido político recém-nascido, o Partido Comunista era rejeitado por quase toda a nação, talvez pelo fato de o culto comunista ser mau demais para ganhar o coração das pessoas.
A experiência do Partido Comunista Chinês foi semelhante à da Rússia. Do “Incidente Mari” e do “Massacre de 12 de abril”,[11] até ser suprimido por cinco vezes em áreas que estavam sob controle dos comunistas chineses e, finalmente, ser forçado a realizar a “Longa Marcha” de 25 mil quilômetros, o PCCh sempre enfrentou a crise de ser eliminado.
O Partido Comunista nasceu com a determinação de destruir o velho mundo por todos os meios. Ele então se viu tendo que enfrentar um problema real: como sobreviver sem ser eliminado. O Partido Comunista vive em constante medo de seu próprio fim. Sobreviver tornou-se a principal preocupação do culto comunista, seu foco que tudo consome. Com a aliança comunista internacional em desordem, a crise de sobrevivência do PCCh piorou. Desde 1989, o medo de seu próprio juízo final tornou-se cada vez mais real.
A “arma mágica” do culto comunista para sobrevivência: a luta brutal
O Partido Comunista sempre enfatizou uma disciplina de ferro, lealdade absoluta e princípios organizacionais. Todos os que se juntam ao Partido precisam jurar:
“Desejo entrar para o Partido Comunista Chinês, apoiar a Constituição do Partido, seguir as regras do Partido, cumprir com as obrigações de membro, executar as decisões do Partido, seguir estritamente a disciplina do Partido, manter os segredos do Partido, ser leal ao Partido, trabalhar diligentemente, dedicar toda a minha vida ao comunismo, estar sempre pronto a sacrificar tudo pelo Partido e pelo povo e nunca trair o Partido.”[12] O PCCh chama de “senso de natureza do Partido” esse espírito de devoção de culto ao Partido. Ele pede a seus membros para estarem prontos, a qualquer momento, a abrir mão de suas crenças pessoais e princípios para obedecer absolutamente à vontade do Partido e à vontade do líder. Se o Partido quiser que uma pessoa seja boa, então ela deve ser boa; se o Partido quiser que uma pessoa faça o mal, então ela deve fazer o mal. Caso contrário, não se enquadrará no padrão de membro do Partido, por não mostrar um forte “senso de natureza do Partido”.
Mao Tsé-Tung disse: “A filosofia marxista é uma filosofia de luta”. Para estimular e manter o “senso de natureza do Partido”, o PCCh se apoia no mecanismo de lutas periódicas dentro de sua estrutura. Por meio da mobilização contínua de lutas brutais dentro e fora do Partido, ele eliminou dissidentes e criou o terror vermelho. Ao mesmo tempo, continuamente expurga seus membros, faz com que suas regras de culto fiquem mais estritas e estimula a aptidão dos membros pela “natureza do Partido” a fim de aumentar a capacidade de luta do PCCh. Essa é a “arma mágica” que ele utiliza para prolongar sua sobrevivência.
Entre os líderes do PCCh, Mao Tsé-Tung foi o mais hábil no domínio da arma mágica da luta brutal dentro do Partido. A perversidade dessa luta e a maldade de seus métodos começaram já na década 1930, em áreas controladas pelos comunistas chineses, as chamadas “regiões soviéticas”.
Em 1930, Mao Tsé-Tung iniciou um terror revolucionário em grande escala na área soviética da província de Jiangxi, conhecido como o Expurgo da Divisão Antibolchevique (Divisão AB). Milhares de soldados do Exército Vermelho, membros do Partido, membros da Liga e civis nas bases comunistas foram brutalmente assassinados. Isso foi causado pelo desejo de Mao por poder despótico. Depois que Mao criou a área soviética em Jiangxi, foi logo desafiado pelo Exército Vermelho local e pelas organizações do Partido na região sudoeste de Jiangxi, lideradas por Li Wenlin. Mao não podia admitir uma oposição organizada justamente debaixo do seu nariz, e usou métodos extremos para suprimir os membros do Partido suspeitos de serem dissidentes. Para criar um clima sério para o expurgo, não hesitou em começar com as tropas sob seu controle direto. Do final de novembro a meados de dezembro, a Primeira Frente do Exército Vermelho entrou em uma “rápida retificação militar”. Foram criadas organizações para eliminar os “contrarrevolucionários” em cada nível do exército, incluindo divisões, regimentos, batalhões, companhias e pelotões, prendendo e matando membros do Partido que fossem de famílias de latifundiários ou de fazendeiros ricos, e aqueles que tinham reclamações. Em menos de um mês, dentre mais 40.000 soldados do Exército Vermelho, 4.400 foram nomeados como elementos da Divisão AB, incluindo mais de 10 capitães (os capitães da Divisão AB). Eles foram todos executados.
No período seguinte, Mao começou a punir os dissidentes na região soviética. Em dezembro de 1930, ele ordenou a Li Shaojiu, secretário- geral do Departamento Geral de Política da Primeira Frente do Exército Vermelho e diretor do Comitê de Expurgos, representar o Comitê Geral de Fronteira e ir à cidade de Futian na província de Jiangxi, onde o regime comunista estava localizado. Li Shaojiu prendeu membros do Comitê de Ação Provincial e oito líderes do 20º Exército Vermelho, incluindo Duan Liangbi e Li Baifang. Ele usou vários métodos cruéis de tortura, como espancar e queimar o corpo; pessoas que foram torturadas dessa forma tinham ferimentos por todo o corpo, dedos quebrados, queimaduras diversas e não podiam se mexer. De acordo com evidências documentadas na época, os gritos das pessoas eram tão altos que perfuravam os céus; os métodos cruéis de tortura eram extremamente desumanos.
No dia 8 de dezembro, as esposas de Li Baifang, Ma Ming e Zhou Mian foram visitá-los na prisão, mas também foram detidas como membros da Divisão AB e cruelmente torturadas. Foram severamente espancadas, e seus corpos, órgãos genitais e seios foram cortados com facas. Sob a cruel tortura, Duan Liangbi “confessou” que Li Wenlin, Jin Wanbang, Liu Di, Zhou Mian, Ma Ming e outros eram líderes da Divisão AB e que havia muitos membros da Divisão AB nas escolas do Exército Vermelho. De 7 de dezembro até a tarde de 12 de dezembro, em apenas cinco dias, Li Shaojiu e outros prenderam mais de 120 supostos membros da Divisão AB e dúzias dos principais contrarrevolucionários da Divisão AB foram expurgados em Futian; mais de 40 pessoas foram executadas. Em 12 de dezembro de 1930, os atos cruéis de Li Shaojiu desencadearam o “Incidente de Futian”[13], que chocou os residentes em toda a região soviética.
Da área soviética a Yan’an, Mao confiou em sua teoria e prática de luta e gradualmente procurou estabelecer sua liderança absoluta do Partido. Depois que o PCCh chegou ao poder em 1949, Mao continuou a apelar para esse tipo de luta intrapartidária. Por exemplo, na 8a Sessão Plenária da 8ª Reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês em Lushan, em 1959, Mao lançou um ataque repentino a Peng Dehuai e o removeu de sua posição.[14] Foi solicitado a todos os líderes centrais que participavam da conferência que se posicionassem; os poucos que ousaram expressar opiniões diferentes foram rotulados como pertencentes ao bloco antipartido de Peng Dehuai. Durante a Revolução Cultural, os veteranos do Comitê Central do PCCh foram punidos um após o outro, mas todos se entregaram sem lutar. Quem ousaria falar uma palavra contra Mao Tsé-Tung? O PCCh sempre enfatizou uma disciplina de ferro, lealdade ao Partido e princípios organizacionais, exigindo obediência absoluta ao líder hierárquico. Esse tipo de natureza do Partido tornou-se profundamente arraigada nas contínuas lutas políticas.
Durante a Revolução Cultural, Li Lisan, ex-líder do PCCh, chegou ao limite de sua tolerância. Aos 68 anos de idade, ele era interrogado em média sete vezes por mês. Sua esposa, Li Sha, foi tratada como uma espiã “revisionista soviética” e foi enviada para a prisão, com paradeiro desconhecido. Sem outra escolha e em extremo desespero, Li se suicidou ingerindo grande quantidade de pílulas para dormir. Antes de sua morte, Li Lisan escreveu uma carta a Mao, refletindo verdadeiramente o senso de natureza do Partido que um membro do PCCh não ousa abandonar mesmo em seus momentos finais:
“Presidente,
Estou agora tomando o caminho de trair o Partido
cometendo suicídio, e não tenho meios de defender meu crime.
Há somente uma questão, que é a seguinte, toda a minha família e eu nunca colaboramos com potências estrangeiras. Apenas nesta ocasião, eu peço ao governo central para investigar e examinar os fatos e tirar conclusões baseadas na verdade…
Li Lisan
22 de junho de 1967”[15]
Enquanto a filosofia de luta de Mao mergulhava a China em uma catástrofe sem precedentes, esse tipo de campanha política e luta interpartidária, promovida “a cada 7 ou 8 anos”, assegurou a sobrevivência do PCCh. Sempre que havia uma campanha, uma minoria de 5% era perseguida e os restantes 95% submetidos à obediente adesão à linha basilar do Partido, assim aumentando a força coesiva e a capacidade destrutiva do PCCh. Essas lutas eliminavam qualquer força que ousasse resistir e também os membros “vacilantes” que não queriam abrir mão de suas consciências. Por meio desse mecanismo de luta, os membros do Partido que tinham o maior desejo pela luta e eram os melhores em usar métodos criminosos obtinham o controle. Os líderes do culto do Partido são pessoas degeneradas e desenfreadas, com vasta experiência de luta e cheias do espírito do Partido. Uma luta tão brutal também produz naqueles que a experimentaram uma “lição de sangue” e uma violenta lavagem cerebral. Ao mesmo tempo, ela continuamente energiza o PCCh, fortalece seu desejo de luta, assegura sua sobrevivência e previne que se torne um bando moderado que desiste da luta.
Este tipo de natureza do Partido exigida pelo PCCh surgiu precisamente da natureza de culto do Partido. Para atingir seu objetivo, o Partido está determinado a romper com todos os princípios tradicionais e usar de todos os meios para lutar sem hesitar contra qualquer força que o atrapalhe. Por isso, ele precisa treinar e escravizar todos os seus membros para se tornarem ferramentas do Partido — sem coração, justiça ou fé. Essa natureza do Partido se originou de seu ódio pela sociedade humana e suas tradições, de sua delirante autoavaliação e de seu extremo egoísmo e desprezo pelas vidas das pessoas. Para alcançar seu assim chamado “ideal”, o PCCh usou violência a qualquer custo para esmagar o mundo e eliminar todos os dissidentes. Um culto tão maligno encontraria oposição de pessoas com consciência, então ele precisa eliminar a consciência das pessoas e os pensamentos benevolentes para fazer as pessoas acreditarem na sua doutrina do mal. Assim, para assegurar sua sobrevivência, o PCCh, antes de tudo, precisa destruir a consciência das pessoas, os pensamentos benevolentes e os padrões morais, transformando os indivíduos em ferramentas e escravos obedientes. De acordo com a lógica do Partido, sua existência e seu interesse estão acima de qualquer outra coisa; estão acima até do interesse coletivo de todos os membros do Partido; dessa forma, cada membro individual do Partido deve estar preparado para se sacrificar por ele.
Olhando para a história do PCCh, os indivíduos que mantiveram a mentalidade de intelectuais tradicionais, como Chen Duxiu e Qu Qiubai, ou que ainda se preocupavam com o interesse popular, como Hu Yaobang e Zhao Ziyang, ou que estavam determinados a serem oficiais limpos e prestar um real serviço ao povo como Zhu Rongji, não importa quanto houvessem contribuído ao Partido e quão despojados de ambições pessoais eles fossem, foram inevitavelmente expurgados, postos de lado ou restringidos pelos interesses e pela disciplina do Partido. O senso de natureza do Partido ou aptidão pelo Partido, que foi injetado em seus ossos por meio de anos de luta, frequentemente os fez cederem e se renderem em momentos críticos, porque em seus subconscientes a sobrevivência do Partido é o interesse maior. Eles prefeririam sacrificar a si próprios e observar a força maligna do Partido cometer assassinatos a desafiar a sobrevivência do Partido seguindo a própria consciência e compaixão. Esse é exatamente o resultado do mecanismo de luta do Partido: ele transforma pessoas boas em ferramentas para seu uso; e utiliza a natureza do Partido para limitar ao máximo ou até eliminar a consciência humana. Dezenas de “linhas de luta” do PCCh derrubaram mais de 10 líderes partidários do alto escalão ou seus sucessores designados; nenhum dos grandes líderes do Partido terminou bem. Embora Mao Tsé-Tung tenha sido o soberano por 43 anos, logo após sua morte, sua esposa e seu sobrinho foram colocados na prisão, o que foi aclamado por todo o Partido como uma grande vitória do maoísmo. É uma comédia ou uma farsa?
Depois que o PCCh tomou o poder político, houve incessantes campanhas políticas, desde lutas dentro do Partido até lutas fora do Partido. Este foi o caso durante a era de Mao, e ainda é o caso na era pós-Mao de “reforma e abertura”. Na década de 1980, quando as pessoas começaram a ter um pouco de liberdade de pensamento, o PCCh lançou a campanha de “Oposição à liberalização burguesa” e para manter sua liderança absoluta propôs “Os Quatro Princípios Fundamentais”.[16] Em 1989, os estudantes que pacificamente pediam pela democracia foram massacrados, porque o Partido não permite aspirações democráticas. Na década de 1990, houve um rápido crescimento do número de praticantes de Falun Gong, que acreditam em “verdade, compaixão e tolerância”, mas veio então a perseguição genocida que começou em 1999, porque o Partido não tolera a natureza humana e pensamentos benevolentes. Ele precisa usar a violência para destruir a consciência das pessoas e assegurar seu poder. Uma vez no século 21, a internet interligou o mundo, mas o PCCh tem gastado grandes somas de dinheiro montando redes de censura para prender liberais que se expressam on-line, porque ele teme que as pessoas obtenham informação livremente.
A degeneração do culto maligno do Partido Comunista Chinês
O culto maligno do PCCh governa essencialmente em oposição à natureza humana e aos princípios dos Céus. O Partido é conhecido por sua arrogância, prepotência, egoísmo e atos brutais e incontidos. De forma sistemática, ele traz desastre ao país e ao povo, porém nunca admite seus erros e nunca revela sua verdadeira natureza. Ele nunca hesitou em mudar slogans e rótulos, que são considerados por ele como meios de manter o controle. Fará qualquer coisa para se manter no poder com total desconsideração pela moralidade, justiça ou pela vida humana.
A institucionalização e socialização desse culto maligno estão fadadas a levar ao seu colapso. Como resultado da centralização do poder, a opinião pública tem sido silenciada e todos os possíveis mecanismos de monitoramento têm sido destruídos, não permanecendo nenhuma força que impeça o Partido de se corromper e desintegrar.
O PCCh de hoje se tornou o maior Partido governante baseado em fraude e corrupção no mundo. De acordo com estatísticas oficiais na China, entre os 20 milhões de funcionários, oficiais ou quadros do Partido e do governo, durante os últimos 20 anos, oito milhões foram considerados culpados de corrupção e foram punidos ou disciplinados com base nas regulamentações do Partido ou do governo. Se os oficiais corruptos não identificados também forem levados em conta, estima-se que os oficiais corruptos do Partido e do governo cheguem a dois terços, dos quais somente uma pequena porção foi investigada e exposta.
A busca de ganho material pela corrupção e pela extorsão se tornou a força coesiva mais intensa para a unidade do PCCh hoje. Os funcionários corruptos sabem que, sem o Partido, eles não teriam a oportunidade de ser coniventes para obter ganhos pessoais e que, se o Partido cair, eles não somente perderiam o poder e a posição, mas também enfrentariam investigações. Na novela Ira dos Céus, que mostra as atitudes dos quadros do PCCh nos bastidores, Chen Fang revela o maior segredo do Partido Comunista usando a fala de Hao Xiangshou, um vice-diretor de um escritório municipal do Partido: “a corrupção estabilizou nosso poder político”.
O povo chinês enxerga isso claramente: “se lutarmos contra a corrupção, o Partido cairá; se não lutarmos, a nação sucumbirá”. Entretanto, o Partido não arriscará seu próprio destino lutando contra a corrupção. O que ele fará é matar alguns poucos indivíduos corruptos como um sacrifício simbólico para preservar a própria imagem. Ao custo de um pequeno número de elementos corruptos, a vida do Partido é prolongada por mais alguns anos. Hoje, os únicos objetivos do culto maligno do Partido são conservar seu poder e evitar seu fim.
Na China de hoje, a ética e a moralidade se degeneraram além do reconhecível. Produtos de qualidade inferior ou falsificados, prostituição, drogas, conspirações entre oficiais e gangues, crime organizado, jogatia, subornos – corrupção de todo tipo se tornou algo cotidiano e generalizado. O PCCh tem ignorado amplamente tal decadência moral, enquanto muitos altos oficiais comandam, nos bastidores, a extorsão de taxas de proteção de pessoas amedrontadas. Cai Shaoqing, um especialista em máfia e crime organizado da Universidade de Nanjing, estima que o número de membros do crime organizado na China, seja de pelo menos um milhão de pessoas. Cada membro capturado do crime organizado sempre expõe oficiais corruptos do PCCh que são funcionários do governo, juízes ou a polícia, operando longe dos olhos do público.
O PCCh tem medo de que o povo chinês ganhe um senso de consciência e moralidade, por isso ele não ousa permitir que as pessoas tenham fé em uma religião ou liberdade de pensamento. Ele usa todos os recursos para perseguir as pessoas boas que têm fé, como os cristãos das “igrejas clandestinas” e os praticantes de Falun Gong, que procuram ser verdadeiros, benevolentes e tolerantes. O Partido Comunista Chinês tem medo de que a democracia ponha fim ao seu regime de partido único, por isso não ousa dar liberdade política ao povo. Ele age prontamente para aprisionar os liberais independentes e os ativistas de direitos civis. No entanto, ele dá ao povo uma liberdade desviada. Desde que as pessoas não se ocupem de assuntos políticos e não se oponham à liderança do Partido, podem deixar seus desejos irem em qualquer direção que queiram, mesmo que isso signifique fazer coisas perversas e antiéticas. Como resultado, o Partido está se deteriorando rapidamente e levando consigo a moralidade social na China de forma alarmante.
“Bloqueando o caminho para o Céu e abrindo as portas para o inferno” é a melhor forma de descrever como o culto maligno do Partido Comunista Chinês devastou a sociedade chinesa atual.
Reflexões sobre o perverso regime do Partido Comunista Chinês
O que é o Partido Comunista?
Essa pergunta aparentemente simples não tem respostas simples. Sob a pretensão de ser “para o povo” e sob a aparência de um partido político, o Partido Comunista, de fato, enganou milhões de pessoas. Não se trata de um partido político no sentido comum, mas de um culto maligno possuído por um espectro do mal. O Partido Comunista é um ser vivo que se manifesta neste mundo por meio das organizações patidárias. O que controla o Partido Comunista, na verdade, é o espectro maligno que primeiramente penetrou nele, e é esse espectro do mal que determina sua natureza maligna.
Os líderes do Partido Comunista, enquanto agem como gurus de um culto, servem somente como porta-vozes do espectro do mal e do Partido. Quando os desejos e objetivos deles correspondem aos do Partido e podem ser usados por ele, então eles são escolhidos como líderes. Mas quando deixam de atender às necessidades do Partido, são descartados impiedosamente. O mecanismo de luta do Partido assegura que somente os mais astutos, perversos e violentos permaneçam na posição de guru do Partido Comunista. Uma dúzia ou mais de líderes graduados do PCCh caiu em desgraça, o que prova a verdade desse argumento. De fato, os líderes mais altos do Partido andam em uma corda muito fina. Eles podem tentar se afastar da linha do Partido e deixar um bom nome na história, como Gorbachev fez, ou serem vítimas do Partido, como muitos dos secretários-gerais.
O povo é o alvo da opressão e escravização do Partido. Sob seu domínio, eles não têm direitos para rejeitá-lo. Ao invés disso, são forçadas a aceitar a liderança do Partido e a cumprir com a obrigação de apoiá-lo. Também estão sujeitos a um tipo regular de lavagem cerebral típico de um culto sob a ameaça coercitiva do Partido. O PCCh obriga toda a nação a acreditar nele e a sustentar esse culto maligno. Algo assim é raramente visto no mundo de hoje, e temos de reconhecer a incomparável capacidade do PCCh de oprimir seu povo.
Os membros do Partido formam uma massa física que tem sido usada para preencher seu corpo. Muitos entre eles são honestos e bons e podem até ser bem-sucedidos em suas vidas públicas. Essas são pessoas que o Partido gosta de recrutar, uma vez que a reputação e competência deles podem ser usadas para servir ao Partido. Muitos outros, desejando se tornar oficiais e desfrutar de um alto padrão social, trabalham duro para se juntar ao Partido e ajudar essa entidade perversa. Há também aqueles que escolhem se juntar ao Partido porque querem conseguir algo em suas vidas e percebem que, sob o domínio do comunismo, não irão conseguir, a não ser se juntando ao Partido. Alguns se juntaram ao Partido porque queriam alugar um apartamento ou simplesmente queriam uma imagem melhor. Então, entre as dezenas de milhões de membros do Partido, há gente boa e gente ruim. Independentemente dos motivos, uma vez que uma pessoa jura sua fidelidade à bandeira do Partido, querendo ou não, isso significa que ela voluntariamente se devotou a ele. Ela passa então pelo processo de lavagem cerebral, participando dos estudos políticos semanais. Como resultado da doutrinação do Partido, um número significativo de membros não têm mais pensamentos próprios e são facilmente controlados pelo espectro perverso que tem o corpo do Partido Comunista Chinês como hospedeiro. Essas pessoas passam a funcionar dentro do Partido como as células de um corpo humano, e trabalham sem cessar pela existência do Partido, mesmo que elas mesmas sejam parte da população escravizada pelo Partido. Ainda mais triste é que, depois que a servidão da “natureza do Partido” é imposta, fica muito difícil sair dela. Uma vez que o lado humano da pessoa se manifeste, ela é expurgada ou perseguida. Mesmo que um indivíduo queira se retirar do Partido, isso não é permitido. O Partido, no qual alguém pode entrar, mas jamais ter permissão de sair, considera a retirada como um ato de traição. É por isso que as pessoas geralmente revelam uma natureza dupla: na vida política, a natureza do Partido Comunista; e, na sua vida comum, a natureza humana.
Os quadros do Partido são um grupo que detém o poder entre os membros. Embora tenham que escolher entre o bem e o mal e tomar suas próprias decisões em ocasiões, momentos e eventos específicos, eles, como um todo, têm que seguir a vontade do Partido. O mandamento exige que “todo o Partido obedeça ao Comitê Central”. Os quadros do Partido são os líderes em diferentes níveis; são a espinha dorsal do Partido. Também são meramente ferramentas dele. Eles também foram enganados, usados e vitimizados durante os movimentos políticos anteriores. Um critério básico do PCCh é testar se a pessoa está seguindo o guru certo e se é sincera em sua devoção.
Por que o povo permanece ignorante?
O PCCh tem agido cruel e perversamente nas décadas de seu regime na China. Mas por que falta ao povo chinês um real entendimento da natureza perversa do Partido? É porque os chineses são estúpidos? Não. Os chineses constituem uma das nações mais sábias do mundo, que abriga uma cultura e herança tradicionais de cinco mil anos. Ainda assim, o povo chinês continua a viver sob o domínio do PCCh, com medo completo de expressar seu descontentamento. A chave está no controle mental praticado pelo PCCh.
Se o povo chinês usufruísse de liberdade de expressão e pudesse debater abertamente os méritos e deméritos do Partido Comunista Chinês, podemos imaginar que, há muito tempo, ele teria visto a natureza perversa do Partido e se libertado da influência desse culto maligno. Infelizmente, o povo chinês perdeu sua liberdade de expressão e pensamento há mais de meio século com o advento do regime do Partido. O propósito por trás da perseguição aos direitistas entre os intelectuais, em 1957, foi restringir a liberdade de expressão e controlar a mente das pessoas. Em uma sociedade tão carente de liberdades fundamentais, a maioria dos jovens que estudaram meticulosamente os trabalhos de Marx e Engels durante a Revolução Cultural foram ironicamente rotulados de “grupo antipartido” e consequentemente perseguidos. Discutir os erros e acertos do Partido estava simplesmente fora de questão.
Poucos chineses ousariam até mesmo pensar em chamar o Partido de um culto maligno. Entretanto, se essa afirmação fosse dita, aqueles que viveram na China não teriam dificuldade em descobrir fortes evidências para sustentá-la, baseados em suas próprias experiências e nas de suas famílias e amigos.
O povo chinês não foi somente privado da liberdade de pensamento, as pessoas na China foram também doutrinadas com os ensinamentos e a cultura do Partido. Assim, tudo o que o povo pôde ouvir foram louvores ao Partido e suas mentes foram destituídas de qualquer pensamento, a não ser os que reforçassem o Partido. O Massacre da Praça da Paz Celestial demonstra esse entendimento. Em 4 de junho de 1989, quando tiros foram disparados, muitas pessoas instintivamente correram para se esconder nos arbustos. Momentos depois, apesar dos riscos, elas saíram bravamente dos locais e cantaram juntos A Internacional. Esses chineses foram verdadeiramente corajosos, inocentes e respeitáveis, porém, por que eles cantaram A Internacional, o hino comunista, ao se confrontarem com a matança comunista? A razão é muito simples. Educados na cultura do Partido, tudo o que essa pobre gente conhece é o comunismo. Aqueles que estavam na Praça da Paz Celestial não sabiam outra canção a não ser A Internacional e algumas outras que louvam o Partido Comunista.
Qual é a saída?
O Partido Comunista Chinês está indo em direção à sua ruína total. Tristemente, antes de sua morte, ele ainda tenta atar seu destino ao da nação chinesa.
O moribundo PCCh está visivelmente enfraquecido e seu controle sobre as mentes das pessoas está perdendo força. Com o advento das telecomunicações e da internet, ele tem encontrado dificuldades em controlar a informação e suprimir a expressão. Como os oficiais corruptos roubam cada vez mais e oprimem as pessoas, o povo está começando a acordar de suas ilusões sobre o Partido, e muita gente começou a praticar a desobediência civil. O PCCh não só falhou em atingir seu objetivo de aumentar o controle ideológico em sua perseguição ao Falun Gong, mas se enfraqueceu ainda mais ao revelar sua crueldade absoluta. Este momento oportuno tem feito o povo reconsiderar o Partido, pavimentando o caminho para a nação chinesa se livrar das amarras ideológicas e se libertar completamente do controle do espectro maligno do comunismo.
Tendo vivido sob o regime perverso do PCCh por décadas, o povo chinês não precisa de uma revolução violenta; eles precisam, ao invés, redimir suas almas. Isso pode ser conseguido com autoconscientização, e o primeiro passo para isso é reconhecer a natureza maligna do Partido.
Chegará o dia em que as pessoas deixarão de lado as organizações do Partido que estão ligadas ao aparato do Estado, permitindo que os sistemas sociais funcionem de forma independente, apoiados pelas forças centrais da sociedade. Com o fim da organização tirânica do Partido, a eficiência do governo será melhorada e desenvolvida. E esse dia está bem próximo. Na verdade, no início da década de 1980, os reformistas dentro do Partido defenderam a ideia de “separar o Partido do governo”, em uma tentativa de excluir um do outro. Os esforços de reforma a partir de dentro do PCCh provaram ser inadequados e sem sucesso, porque a ideologia de “liderança absoluta do Partido” não foi totalmente rejeitada.
A cultura do Partido é o ambiente necessário para a sobrevivência do culto maligno comunista. Remover a possessão do PCCh sobre as mentes das pessoas pode ser mais difícil do que acabar com a possessão do PCCh sobre as administrações estatais, mas essa mudança é a única forma de verdadeiramente extirpar o mal do comunismo. Isso somente pode ser conseguido por meio dos esforços do próprio povo chinês. Com suas mentes retificadas e com a natureza humana de volta ao seu estado original, o povo reconquistaria a sua moralidade e teria sucesso na transição para uma sociedade decente não comunista.
A cura para essa possessão perversa está no reconhecimento da natureza maligna e prejudicial do espectro, erradicando-o da mente das pessoas e trazendo-as para a verdade, de forma que ele não tenha onde se esconder. O Partido Comunista enfatiza o controle ideológico, uma vez que ele não é nada mais do que ideologia. Essa ideologia se dissipará quando todos os chineses rejeitarem a falsidade do comunismo de suas mentes, extirparem ativamente a cultura do Partido e livrarem suas próprias mentes e vidas das influências do culto maligno do comunismo. Conforme as pessoas forem se salvando, o Partido se desintegrará.
As nações dominadas pelo comunismo estão associadas com pobreza, totalitarismo e perseguição. Sobraram pouquíssimas nações assim, o que inclui China, Coreia do Norte, Vietnã e Cuba. Seus dias estão contados.
Com a sabedoria do povo chinês, inspirada pela glória histórica da nação chinesa, uma China liberta da possessão maligna do comunismo tem um futuro promissor à sua espera.
Conclusão
O Partido Comunista Chinês não acredita mais no comunismo. Sua alma morreu, mas sua carcaça fantasmagórica não se dispersou. Ele herdou somente a “pele” do comunismo, mas ainda manifesta a natureza de um culto maligno: arrogância, presunção, egoísmo e indulgência na destruição desenfreada. O PCCh herdou do comunismo a negação das leis divinas e sua rejeição à natureza humana permaneceu imutável.
Hoje, o Partido continua a governar a China com métodos de luta aperfeiçoados pela experiência, usando seu restritivo sistema organizacional combinado ao regime de “possessão do Partido”, bem como propaganda perversa operando como uma religião do Estado. As seis características do Partido Comunista destacadas acima colocam em evidência que o PCCh de hoje se encaixa perfeitamente na definição de culto maligno; ele não faz o bem, apenas o mal.
Conforme se aproxima da morte, o culto maligno do comunismo acelera sua corrupção. O que é mais problemático é que ele insiste em fazer o que pode para levar a nação chinesa junto dele para um abismo de corrupção e degeneração.
Os chineses precisam ajudar a si próprios, refletir e se livrar do controle e influência do PCCh.
NOTAS:
[1] “O leopardo morreu, mas sua pele ainda permanece” é do antigo livro chinês de profecias, Poema da Flor de Ameixa, de Shao Yong (1011-1077). O “leopardo” aqui se refere ao território geográfico da antiga União Soviética, que se assemelhava ao formato de um leopardo correndo. Com o colapso da União Soviética, a essência do sistema comunista se desintegrou, deixando apenas a “pele” (a forma), que o Partido Comunista Chinês herdou.
[2] Um tipo de dança em grupo popular durante a Revolução Cultural para demonstrar lealdade a Mao Tsé-Tunge ao partido.
[3] Citado da Constituição da República Popular da China.
[4] MAO, Tsé-Tung. Report on an Investigation of the Peasant Movement in Hunan. 1927. In: Selected Works of Mao Tse-Tung, vol. 1. Beijing: Foreign Languages Press, 1965. (tradução livre)
[5] De um poema de Sima Qian (cerca de 140-87 a.C.), um historiador e acadêmico da dinastia Han Ocidental. Seu famoso poema diz: “Todos têm que morrer; morre-se mais solene do que o Monte Tai ou mais leve do que uma pena”. O Monte Tai (TaiShan) é uma das maiores montanhas da China e uma da cinco montanhas famosas da província de Shandong. Foi decretado patrimônio da humanidade pela ONU em 1987.
[6] O movimento de cerceamento de terras está relacionado a um lado sombrio das reformas econômicas da China. Semelhante à revolução industrial na Inglaterra (1760-1850), as terras agrícolas na China atual foram demarcadas para a construção de várias zonas econômicas em todos os níveis (condado, cidade, província e estado). Como resultado do cercamento de terras, os agricultores chineses perderam gradualmente suas terras. Nas cidades, os moradores dos bairros mais antigos foram frequentemente forçados a se mudar para desocupar a terra para o desenvolvimento comercial, com uma indenização mínima.
[7] Lin Zhao (1932-1968), uma estudante da Universidade de Pequim com especialização em jornalismo, foi classificada como “direitista” em 1957 por seu pensamento independente e críticas francas ao movimento comunista. Ela foi acusada de conspiração para derrubar a “ditadura democrática popular” e presa em 1960. Em 1962, foi condenada a vinte anos de prisão. Ela foi morta pelo PCCh em 29 de abril de 1968, como uma contrarrevolucionária.
[8] Zhang Zhixin (1930-1975), anteriormente referenciada, foi uma intelectual torturada até a morte pelo PCCh durante a Revolução Cultural por criticar o fracasso de Mao no Grande Salto para Frente e discutir publicamente movimentos políticos.
[9] A Revolução de Fevereiro refere-se à revolta em fevereiro de 1917, que resultou na abdicação do Czar Nicolau II.
[10] A Revolução de Outubro, também conhecida como Revolução Bolchevique, foi liderada por Vladimir Lênin e ocorreu em outubro de 1917. A revolução assassinou os moderados que haviam derrubado o czar, estrangulando assim o viés anterior das revoltas no país.
[11] Ambos, o “Incidente Mari” e o “Massacre de 12 de abril”, referem-se aos ataques do Kuomintang ao Partido Comunista Chinês. O “Incidente Mari” aconteceu em 21 de maio de 1927 na cidade de Changsha, província de Hunan. O “Massacre de 12 de abril” ocorreu em 12 de abril de 1927, em Xangai. Em ambos os casos, membros do Partido Comunista Chinês e ativistas simpatizantes do Partido Comunista Chinês foram atacados, presos e mortos.
[12] Ver a Constituição do PCCh, Capítulo Um, Artigo Seis.
[13] Liu Di, um oficial político do Vigésimo Exército Vermelho que foi acusado de ser membro da Divisão AB, liderou uma revolta em Futian, acusando Li Shaojiu de ser um contrarrevolucionário. Eles assumiram o controle da cidade de Futian, libertaram mais de cem pessoas presas por serem membros da Divisão AB e gritaram o slogan “Abaixo Mao Tsé-Tung”. Cosulta em: 毛泽东在江西苏区“肃AB团”的历史考察 (Investigação Histórica do Expurgo da “Divisão AB” por Mao Tsé-Tung na Área Soviética da Província de Jiangxi), por Gao Hua (高华)
[14] Peng Dehuai (1898-1974) foi um general comunista e líder político chinês. Peng foi o líder supremo das forças chinesas na Guerra da Coreia, vice-premiê do Conselho de Estado, membro do Politburo e ministro da Defesa de 1954 a 1959. Ele foi removido de seus cargos oficiais depois de discordar das abordagens esquerdistas de Mao na Sessão Plenária do Partido Comunista Chinês em Lushan em 1959.
[15] De Li Lisan: A Pessoa para Quem Foram Realizados Quatro Serviços Memoriais.
[16] Os “Quatro Princípios” são o caminho socialista, a ditadura do proletariado, a liderança do PCC e o marxismo-leninismo somado ao pensamento de Mao Tsé-Tung.