Nove Comentários sobre o Partido Comunista – Capítulo 5

Por Redação Epoch Times Brasil
29/11/2024 19:38 Atualizado: 29/11/2024 19:38

COMENTÁRIO CINCO

Sobre o Conluio de Jiang Zemin e do Partido Comunista Chinês para a Perseguição ao Falun Gong

Prefácio

A Sra. Zhang Fuzhen, de 38 anos, era funcionária do Parque Xianhe, na cidade de Pingdu, província de Shandong, China. Em novembro de 2000, ela foi a Pequim fazer um apelo pelo Falun Gong e mais tarde foi sequestrada pelas autoridades. De acordo com pessoas com conhecimento do caso, a polícia torturou e humilhou Zhang Fuzhen, deixando-a nua e raspando sua cabeça. Ela foi amarrada a uma cama com os quatro membros esticados e forçada a aliviar suas necessidades fisiológicas ali, sem poder se mover. Mais tarde, a polícia injetou-lhe uma droga venenosa não identificada. Depois da injeção, Zhang sentia tanta aflição que quase ficou louca. Ela se debateu na cama com intensa aflição até a morte. Todo esse processo foi testemunhado pelos oficiais locais da Agência 610.[1]

A Sra. Yang Lirong, de 34 anos, vivia na rua Beimen, na cidade de Dingzhou, alçada da prefeitura de Baoding, província de Hebei. Sua família era frequentemente assediada pela polícia porque ela praticava Falun Gong. Na noite de 8 de fevereiro de 2002, a polícia invadiu a casa da família. O marido de Yang era funcionário público, motorista para a Secretaria de Padrões e Meteorologia. Com medo de perder o emprego e sem conseguir suportar a pressão das autoridades sobre ele, ele estrangulou a esposa na madrugada do dia seguinte, depois de a polícia ter ido embora, e enquanto seus pais idosos estavam fora de casa. Yang Lirong morreu tragicamente, deixando órfão de mãe um menino de 10 anos. Logo em seguida, o marido relatou o crime às autoridades. A polícia correu ao local e realizou uma autópsia no corpo da Sra. Yang, que ainda estava quente. Os órgãos internos dela ainda irradiavam calor, e sangue jorrava enquanto vários deles eram retirados do corpo. Um funcionário da Secretaria de Segurança Pública de Dingzhou disse: “Isso não é autópsia; é vivissecção!”[2]

No Campo de Trabalhos Forçados de Wanjia, na província de Heilongjiang, uma mulher grávida de sete meses foi pendurada em uma viga — suas mãos foram amarradas com uma corda grossa pendurada em uma roldana fixada na viga. Ela ficou em pé em cima de uma banqueta, que foi então retirada e ela ficou suspensa no ar. A viga erguia-se até entre 3 e 4 metros do solo. A corda passava pela roldana e os guardas da prisão seguravam a outra ponta. Eles puxavam a corda, e ela ficava suspensa no ar. Eles largavam a corda e ela caia rapidamente ao chão. A mulher grávida foi torturada dessa forma até sofrer um aborto. Aumentando a crueldade, o marido foi obrigado a ver a tortura da esposa.[3]

Essas tragédias macabras ocorreram na China moderna. Aconteceram aos praticantes de Falun Gong, que estão sendo brutalmente perseguidos, e são somente alguns dos inúmeros casos de tortura que têm ocorrido nos últimos anos de perseguição ininterrupta; “a ponta do iceberg”.[4]

Desde que a China iniciou um conjunto de reformas econômicas na década de 1970, o Partido Comunista Chinês (PCCh) tem se esforçado para construir uma imagem positiva e liberal na comunidade internacional — mas, a perseguição contínua ao Falun Gong, com seu amplo alcance, intensidade e crueldade, tem mostrado à comunidade internacional, mais uma vez, a verdadeira face do PCCh, e a maior violação de direitos humanos que ele já cometeu. A população chinesa, em geral, sob a ilusão de que o PCCh estava melhorando e progredindo, se acostumou a jogar a culpa das atrocidades cometidas pelo sistema legal e pelas agências de policiamento da China na “imoralidade da polícia. Em contraponto, a perseguição brutal e sistemática ao Falun Gong, onipresente em todos os níveis da sociedade, destruiu completamente qualquer ilusão de melhoria nos direitos humanos. 

Muitos se perguntam: “Como uma perseguição tão sangrenta e absurda pôde ocorrer na China? Se a ordem social se estabilizou após o caos da Revolução Cultural, por que a China adentrou outro ciclo de eventos tenebrosos? Por que o Falun Gong, que é baseado nos princípios de ‘verdade, compaixão e tolerância’ se difundiu em mais de 60 países[5] mas é perseguido somente na China? Nessa perseguição, qual é a relação entre Jiang Zemin e o PCCh?”

Jiang Zemin é imoral e incopetente. Sem a precisa e azeitada máquina de violência, morticínio e mentira que é o PCCh, ele nunca conseguiria deflagrar esse genocídio — um genocídio que permeeou a China inteira, e até transcende as suas fronteiras. De forma recíproca, o Partido Comunista Chinês não teria se oposto tão facilmente à tendência histórica e ao ambiente de abertura econômica que reconectavam a China ao mundo na época, se não houvesse à frente dele um ditador perverso, obstinado e egoísta como era Jiang. Como um alpinista cuja voz ressoa em uma montanha para causar uma avalanche, Jiang Zemin e o maléfico espectro comunista encontram ressonância e usam um ao outro para ampliar e amplificar as atrocidades da perseguição a um nível sem precedentes

Histórias parecidas passam a mesma sensação de crise. 

Jiang Zemin nasceu no turbulento ano de 1926. Assim como o PCCh esconde a sua história sangrenta, Jiang Zemin escondeu, diante do Partido e do povo chinês, sua história — a de um traidor da China.
Quando Jiang tinha 17 anos, a Segunda Guerra Mundial avançava rapidamente. Enquanto jovens patriotas iam um atrás do outro lutar nas linhas de frente para combater o Japão e salvar a China [do invasor], Jiang decidiu, em 1942, frequentar a Universidade Central de Nanquim. Essa foi uma instituição estabelecida pelo governo fantoche de Wang Jingwei, controlado pelos japoneses. Investigações de diversas fontes sugerem que a razão real para isso foi que o pai biológico de Jiang Zemin, Jiang Shijun, foi um alto oficial no departamento de propaganda anti-China do exército japonês, depois que o Japão ocupou a província de Jiangsu, durante a invasão da China — um genuíno traidor.

Em termos de traição e deslealdade, Jiang Zemin e o Partido Comunista Chinês compartilham algo: são desprovidos de sentimento e afeição pelo povo chinês a ponto de ousar, arbitrariamente, matar inocentes.

Depois que o PCCh venceu a guerra civil, para se infiltrar no partido e aumentar sua riqueza e status, Jiang Zemin inventou a mentira de que foi adotado e criado por seu tio, Jiang Shangqing, o qual havia se aliado ao PCCh desde jovem e que mais tarde foi morto por bandidos.
Devido à sua história familiar forjada, ele pôde ser promovido de um oficial de baixo escalão a Vice-Ministro da Indústria Eletrônica em apenas alguns anos. A promoção de Jiang não ocorreu devido à sua capacidade, mas devido a conexões e favores pessoais. Quando foi Secretário do Partido Comunista Chinês na cidade de Xangai, Jiang Zemin não poupou esforços para agradar pessoas de grande influência no Partido, como Li Xiannian e Chen Yun[6], que vinham todos os anos a Xangai para o Festival da Primavera. Mesmo sendo Secretário do Partido na cidade de Xangai, uma vez ele esperou na neve por várias horas para entregar pessoalmente um bolo de aniversário a Li Xiannian.

O Massacre da Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989[7], foi outro ponto decisivo na vida de Jiang Zemin. Ele se tornou Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês apoiando o massacre, suprimindo o jornal liberal “World Economic Herald” e colocando o líder do Congresso Nacional do Povo, Wan Li, sob prisão domiciliar.  Mesmo antes do massacre, Jiang Zemin havia entregado uma carta secreta a Deng Xiaoping pedindo que “medidas resolutas” fossem tomadas contra os estudantes; caso contrário, “a nação e o Partido irão perecer”. 

Desde que se tornou líder supremo do PCCh, Jiang conduziu a supressão deliberada — e muitas vezes mortífera — de quaisquer dissidentes ou grupos com crenças independentes, sob a pretensão de manter a  “estabilidade acima de tudo”[8]. 

Depois que Rússia e China empreenderam novas iniciativas de mapeamento de suas fronteiras comuns, em 1991, Jiang Zemin reconheceu por completo ganhos territoriais russos resultantes das invasões impostas à China pelo Czar e pela antiga União Soviética, e aceitou completamente todos os tratados desiguais entre Rússia e China desde o Tratado de Aigun[9]. Ele abriu mão de reivindicações territoriais chinesas cobrindo cerca de um milhão de quilômetros quadrados — permanentemente.

Através de sua história pessoal fictícia — mentindo sobre ser o órfão de um mártir do PCCh quando, na verdade, ele era o primogênito de um traidor chinês — Jiang seguiu pessoalmente o exemplo de engodo do Partido. Por meio de seu apoio ao Massacre da Praça da Paz Celestial e suas ordens de repressão a movimentos democráticos e crenças religiosas, ele adotou pessoalmente a prática do Partido Comunista Chinês de matar. Da mesma forma como o Partido costumava estar sob o comando da União Soviética, como Divisão do Extremo Oriente da Internacional Comunista, Jiang Zemin, agora, cedeu território gratuitamente. Ele é hábil na traição, tão característica do PCCh.

Jiang Zemin e o Partido Comunista Chinês compartilham origem e histórias semelhantes e vergonhosas. Por causa disso, ambos compartilham de um aguçado senso de insegurança em relação ao seu poder.

Jiang Zemin e o Partido Comunista Chinês temem igualmente “Verdade, Compaixão e Tolerância”

A história do movimento comunista internacional foi escrita com o sangue de centenas de milhões de pessoas. Quase todo país comunista passou por um processo semelhante à “supressão dos contrarrevolucionários” de Stalin na antiga União Soviética. Milhões ou até dezenas de milhões de pessoas inocentes foram massacradas.
Na década de 1990, a antiga União Soviética se dissolveu e a Europa Oriental passou por alterações drásticas. O bloco comunista perdeu mais da metade de seu território de um dia para o outro. O Partido Comunista Chinês aprendeu com essa lição e percebeu que parar a opressão e permitir o direito à liberdade de expressão era o mesmo que procurar o próprio fim. Se ao povo fosse permitido se expressar livremente, como poderia o Partido acobertar suas atrocidades sangrentas? Como ele iria justificar sua ideologia enganosa? Se a supressão fosse suspensa e o povo estivesse livre de ameaças e temores, ele não iria ousar escolher outro estilo de vida e outra crença que não o comunismo? Então, como o Partido iria manter a base social necessária para sua sobrevivência?

O Partido Comunista Chinês permanece essencialmente o mesmo, independente de quaisquer alterações superficiais que ele possa ter realizado. Depois do Massacre da Praça da Paz Celestial, Jiang Zemin pediu pela “eliminação de quaisquer fatores instáveis em estado embrionário”. Extremamente temeroso, ele concluiu que nunca deixaria de mentir para o público e que iria continuar a oprimi-lo até que o encontrasse completamente restringido.

Durante esse período, o Falun Gong foi disseminado na China. No início, a prática foi amplamente considerada um tipo de qigong[10]   com efeitos especialmente poderosos — milagrosos — para a promoção da saúde e do condicionamento físico. Depois, gradativamente percebeu-se que sua essência não eram os cinco exercícios simples praticados por adeptos, mas o ensinamento do aprimoramento moral pessoal com base nos princípios de “Verdade, Compaixão e Tolerância”.

O Falun Gong promove “verdade, compaixão e tolerância”; o Partido Comunista promoveengodo, malícia e luta”.

O Falun Gong promove o valor da “Verdade”, o que inclui ater-se à verdade em palavras e ações. O Partido Comunista Chinês conta com mentiras para efetuar sua lavagem cerebral nas multidões. Se a verdade começasse a ser discutida por todos, o público saberia que o PCCh cresceu cortejando a União Soviética, matando, sequestrando, fugindo quando conveniente, vendendo ópio, usurpando a causa da luta contra a invasão japonesa, e assim por diante. O Partido uma vez alegou: “Nada importante pode ser conseguido sem mentira”. Depois que o PCCh tomou o poder, iniciou sucessivos movimentos políticos e incorreu em inúmeras dívidas sangrentas. A promoção da verdade implicaria, por consequência, a destruição do Partido Comunista Chinês.

O Falun Gong promove a “Compaixão”, o que inclui considerar os outros em primeiro lugar e ser bondoso com os outros em todas as circunstâncias. O Partido Comunista Chinês sempre defendeu “a luta brutal e a repressão sem misericórdia”. O herói modelo do Partido, Lei Feng, disse uma vez: “[Devemos] tratar o inimigo com a crueldade torpe do inverno indomável”. O PCCh, de fato, não trata assim somente seus inimigos; mesmo seus membros não receberam tratamento melhor. Os fundadores do Partido Comunista, os comandantes supremos e marechais e até um presidente do país foram todos interrogados sem misericórdia, brutalmente espancados e miseravelmente torturados pelo próprio Partido. O massacre dos assim chamados “inimigos de classe” foi tão brutal que causa assombro. Se a sociedade estivesse pautada pela “Compaixão”, os movimentos de massa baseados na malícia, conforme deflagrados pelo PCCh, jamais teriam a possibilidade de acontecer.

O Manifesto Comunista diz que “a história de toda sociedade até aqui é a história da luta de classes”. Isso representa o conceito de história e de mundo que o Partido Comunista possui. O Falun Gong promove, diante de conflitos, a introspecção — o auto-exame em busca de falhas próprias. Essa atitude de introspecção e autocontrole é completamente oposta à filosofia de luta e combatividade externa do Partido Comunista Chinês. A “luta” tem sido o meio principal do Partido para acumular poder político e sobreviver. Partidos Comunistas iniciam, de tempos em tempos, movimentos políticos para reprimir certos grupos de pessoas, para se revigorar e “renovar seu espírito revolucionário de luta”. A repetição desses processos da violência e da mentira, duplamente, renova também o temor no público, e o controle do Partido sobre ele.

A nível de concepção, a “filosofia” na qual o Partido  tem se sustentado para sua sobrevivência é completamente oposta aos ensinamentos do Falun Gong.

Adeptos de crenças virtuosas não têm medo — do qual o PCCh depende para manter seu poder

Aquele que depara-se com a verdade e a compreende é destemido. O cristianismo foi perseguido por quase 300 anos — nos quais numerosos cristãos foram decapitados, queimados, afogados, ou mesmo entregues aos leões como alimento — mas os cristãos não desistiram de suas crenças. De forma semelhante, quando o budismo vivenciou as “tribulações do Darma ao longo de sua história, os budistas ativeram-se à sua fé.

A propaganda ateísta procura fazer as pessoas acreditarem que não há Céu, inferno ou retribuição cármica, para que as pessoas não sejam contidas pela própria consciência e que ao invés, procurem a riqueza e o conforto mundanos. A fraqueza da natureza humana pode então ser manipulada; e a intimidação e a tentação podem ser usadas para controlar por completo o público. Entretanto, aqueles com fortes crenças são capazes de ter uma perspectiva — e uma coragem — que estão além de vida e morte. As ilusões do mundo secular não os comovem; tomando-as leves como plumas, estas pessoas olham para as tentações do mundo terreno e para as ameaças a suas vidas de forma serena. Assim, o Partido Comunista se mostra débil em qualquer esforço para manipulá-los.

Os altos padrões morais do Falun Gong

Depois do Massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989, a ideologia do Partido Comunista Chinês faliu completamente. Em agosto de 1991, o Partido Comunista da antiga União Soviética caiu, e após vieram mudanças drásticas na Europa Oriental. O PCCh estava pressionado e amedrontado. A legitimidade de seu regime e sua sobrevivência enfrentaram desafios sem precedentes, diante de grandes crises internas e externas. Na época, o Partido não era mais capaz de unir seus membros por meio das doutrinas originais do marxismo, do leninismo e do maoísmo e, ao invés, recorreu à corrupção generalizada como moeda de troca pela lealdade de seus filiados. Em outras palavras, quem quer que seguisse o Partido teria permissão para obter  — por meio da corrupção, da fraude e do desvio de recursos — benefícios e vantagens pessoais de outra forma inalcançáveis.
Principalmente depois da viagem de Deng Xiaoping ao Sul da China, em 1992[11], a especulação e a corrupção dos oficiais do governo no mercado imobiliário e nas bolsas de valores se tornaram desenfreadas por todo o país. Prostitutas e contrabando vieram a estar por toda parte entre eles. Pornografia, jogos de azar e drogas tornaram-se igualmente, fenômenos epidêmicos. Embora possa não ser justo dizer que não há uma única pessoa boa no Partido Comunista, o público em geral há muito tempo perdeu a confiança nos esforços anticorrupção do Partido — crente de que a maioria dos oficiais do alto escalão do governo, ou a partir de um ponto intermediário da hierarquia, estão envolvidos em corrupção.

Durante o mesmo período, em meados da década de 1990, os altos padrões morais demonstrados pelos adeptos do Falun Gong — pautados por “Verdade, Compaixão e Tolerância” — encontraram consonância com a bondade remanescente nos corações da população. Mais de cem milhões de pessoas interessaram-se pelo Falun Gong e começaram a praticá-lo na época. O Falun Gong estava em frente ao  Partido Comunista Chinês como um espelho, refletindo, pela natureza de sua retidão, tudo o que havia de abominável no Partido.

A inveja do Partido Comunista frente ao Falun Gong

O Falun Gong cresceu em popularidade disseminando-se de pessoa a pessoa, de coração a coração. Sua organização é livre e qualquer pessoa pode ir e vir como desejar — em diferença absoluta da rígida organização do Partido Comunista Chinês. No entanto, apesar de sua rígida organização, que inclui estudo político e atividades conduzidas toda semana nos diretórios do Partido, frequentemente a adesão é apenas uma formalidade. Poucos membros do PCCh concordam com sua ideologia. Em contraste, os praticantes de Falun Gong conscienciosamente seguem os princípios de “Verdade, Compaixão e Tolerância”. 

Devido à melhora na saúde física e mental do público pelo efeitos do Falun Gong, o número adeptos da prática cresceu exponencialmente a partir de 1992. Adeptos estudaram os livros do Sr. Li Hongzhi e divulgaram o Falun Gong com recursos próprios de forma voluntária. Em um curto período de sete anos, entre 1992 e 1999, o número de praticantes cresceu do zero para 100 milhões. Toda manhã, a música dos exercícios do Falun Gong podia ser ouvida em quase todos os parques da China, conforme eles reuniam-se para realizar seus exercícios.

O Partido Comunista argumentou que o Falun Gong “competia” com ele  pelas massas, e que era uma “religião”. Na verdade, o que o Falun Gong oferece ao público é uma cultura e um modo de vida — uma cultura ancestral e a raiz das tradições chinesas, que o povo chinês havia há muito tempo perdido. Jiang Zemin e o Partido Comunista temeram o Falun Gong, porque uma vez que a moralidade tradicional fosse aceita pelo público, nada poderia impedir que ela se espalhasse rapidamente. 

Por décadas, as crenças tradicionais chinesas foram forçosamente silenciadas e adulteradas pelo PCCh. O retorno à tradição seria o curso natural da história — um caminho de retorno escolhido pelo povo após o sofrimento de suas tribulações e miséria. Se fosse dada ao povo a opção da escolha, certamente distinguiria entre o certo e o errado e deixaria a iniquidade para trás. Seria a negação e o abandono fundamentais daquilo que o Partido promovia — um golpe em sua fraqueza mortal. Quando o número de praticantes de Falun Gong excedeu o número de membros do Partido, pode-se imaginar o profundo temor e a inveja do PCCh.

Na China, o Partido Comunista Chinês exerce total controle sobre cada parte da sociedade. No interior, diretórios do Partido em cada vila; nas áreas urbanas, pode-se encontrar sucursais do PCCh mesmo nos escritórios administrativos de cada bairro. No exército, no governo e nas empresas, ramos do Partido estão por toda a hierarquia. A manipulação e o monopólio absoluto do poder são medidas essenciais tomadas pelo PCCh para manter seu regime. A Constituição chinesa eufemisticamente descreve esse fenômeno como “persistir na liderança do Partido”. Praticantes de Falun Gong preferem ter “verdade, compaixão e tolerância” como princípios, o que foi considerado pelo Partido Comunista como nada menos do que a negação de sua liderança, e algo absolutamente inaceitável.

O Partido Comunista considera a crença do Falun Gong no divino como uma ameaça à própria legitimidade

Uma verdadeira crença teísta está fadada a ser um desafio significativo para o Partido Comunista.
Pelo fato de a legitimidade da governança comunista ser baseada no chamado “materialismo dialético” e no desejo de se construir um “Céu na Terra”, ela depende apenas da liderança de uma “vanguarda” mundana — o Partido Comunista. Simultâneamente, a prática do ateísmo permite que o PCCh interprete à vontade aquilo que é virtuoso, bom ou mau. Como resultado, virtualmente não há moralidade, nem distinção entre bem e mal. Tudo que as pessoas têm de lembrar é que o Partido é sempre “grande, glorioso e correto”.

O teísmo — a crença no divino — oferece ao público um padrão imutável do bem e do mal. Os praticantes de Falun Gong avaliam o certo ou o errado com base em “verdade, compaixão e tolerância”. Isso obviamente embaraça os esforços perpétuos do PCCh para “unificar o pensamento das pessoas”.

Continuando com esta análise, ainda há muitas outras razões pelas quais o Partido persegue o Falun Gong; entretanto, qualquer uma das cinco razões acima envolve uma fraqueza fatal do Partido Comunista Chinês. Na verdade, o próprio Jiang Zemin deflagrou a repressão ao Falun Gong pelas mesmas razões. Jiang começou sua carreira mentindo sobre seu passado, então é claro que ele tem medo da verdade. Reprimindo o povo, ele rapidamente se tornou bem-sucedido e poderoso, então se opõe à compaixão. Ele manteve seu poder mediante lutas políticas dentro do Partido, então obviamente ele se opõe à tolerância.

Por um pequeno incidente que ocorreu cerca de três anos após o início de seu governo, pode-se vislumbrar quão mesquinho e invejoso é Jiang Zemin. O Museu das Ruínas Culturais de Hemudu[12], no condado de Yuyao (agora reclassificado como cidade), na província de Zhejiang, é um grande sítio histórico e cultural sob conservação do Estado. Originalmente, foi Qiao Shi[13] quem havia assinado uma inscrição para o Museu. Em setembro de 1992, Zemin viu a inscrição de Qiao Shi ao visitar o local — assumindo uma expressão consternada no rosto. A delegação que o acompanhava ficou muito nervosa porque eles sabiam que Jiang não tolerava Qiao Shi e que gostava de se exibir deixando inscrições onde quer que fosse, incluindo mesmo quando visitou a divisão da Polícia Rodoviária da Secretaria de Segurança Pública na cidade de Jinan e a Associação dos Engenheiros Aposentados da cidade de Zhengzhou. A equipe do museu não ousou ofender o pretensioso Jiang Zemin, e consequentemente, em maio de 1993, sob a desculpa de estar “fazendo reformas”, o museu substituiu a inscrição de Qiao Shi por uma de Jiang antes da reabertura.

Diz-se que Mao Tsé-Tung tem “quatro volumes de profundos e poderosos escritos”, enquanto as Obras Escolhidas de Deng Xiaoping possuem seu “axioma do gato”[14]   e o “pragmatismo”. Jiang Zemin esgotou seu cérebro, mas não pôde fazer mais que três frases e alegou ter inventado a “Teoria das Três Representações”[15]. Fez-se um livro, promovido pelo Partido Comunista Chinês para todos os níveis do governo, vendido apenas porque as pessoas foram forçadas a comprar. Ainda assim, membros do Partido não respeitavam Jiang nem um pouco. Espalharam boatos sobre seu caso com uma cantora, os episódios embaraçosos dele cantando “O Sole Mio” quando viajou ao exterior, e da vez em que penteou o cabelo diante do rei da Espanha. 

Quando o fundador do Falun Gong, o Sr. Li Hongzhi, nascido um cidadão chinês comum, dava uma palestra, na mesma época, lotava auditórios com professores, especialistas e estudantes chineses que receberam educação no exterior. Muitas pessoas com doutorado ou diploma de mestrado voaram milhares de quilômetros para ouvir suas palestras — que se estendiam eloquentemente por horas e sem usar anotações. Suas falas puderam ser transcritas para publicação como livros. Todas essas coisas eram insuportáveis para Jiang Zemin, que era vaidoso, invejoso e mesquinho.

Jiang Zemin vive uma vida extremamente perdulária, lasciva e corrupta. Ele uma vez gastou 900 milhões de yuanes (mais de 110 milhões de dólares) para comprar um luxuoso avião particular. Frequentemente, ele retirou dinheiro de fundos públicos, algo em torno de dezenas de bilhões, para os negócios do seu filho. Usou de nepotismo e favoritismo para promover seus parentes e seguidores a altos postos, acima do nível ministerial, e se valeu de medidas extremas e desesperadas para acobertar a corrupção e os crimes de seus comparsas. Por todas essas razões, Jiang tem medo da autoridade moral do Falun Gong e, mais ainda, tem medo que Céu e Inferno e que o princípio de haver a devida retribuição para o bem e o mal, conforme aborda o Falun Gong, sejam de fato reais.

Embora Jiang tenha tido em mãos o maior poder do Partido Comunista Chinês, faltavam-lhe talento e conquistas políticas, e ele, assim, frequentemente se preocupou que pudesse ser forçado a deixar sua posição em meio às disputas brutais por poder dentro do Partido. Ele é muito sensível com relação ao seu status como o “núcleo” do poder. Para eliminar divergências, maquinou complôs secretos para se livrar de seus inimigos políticos, os irmãos Yang Shangkun e Yang Baibing.  No 15º Congresso Nacional do Partido Comunista, em 1997, e no 16º, em 2002, Jiang forçou seus oponentes a deixarem seus postos. Por outro lado, ele ignorou as regulamentações aplicáveis a ele próprio e se agarrou a seu cargo. 

Em 1989, como novo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Zemin deu uma coletiva de imprensa a repórteres tanto chineses quanto estrangeiros. Um repórter francês perguntou sobre a história de uma estudante universitária que, por estar envolvida no movimento estudantil pró-democracia da Praça da Paz Celestial, foi realocada para uma fazenda na província de Sichuan para carregar tijolos de um lugar  para outro e foi repetidamente estuprada pelos camponeses locais. Jiang respondeu: “Não sei se o que você disse é verdade ou não, mas aquela mulher é uma desordeira violenta. Se isso for verdade, ela mereceu.”. Quando, durante a Revolução Cultural, Zhang Zhixin[16] foi submetida a estupros em massa e teve sua garganta aberta com uma faca para evitar que gritasse a verdade no momento derradeiro de sua execução, provavelmente Jiang Zemin também deve ter pensado que ela mereceu. É perceptível a falta de escrúpulos — a crueldade de Jiang.

Sinteticamente, o desejo insaciável de Jiang Zemin por poder ditatorial, sua crueldade e seu medo de “verdade, compaixão e tolerância” são as causas de ele haver, de forma irracional, deflagrado a campanha para reprimir o Falun Gong. O gesto é muito consistente com o modus operandi do Partido Comunista Chinês.

O conluio entre Jiang Zemin e o Partido Comunista Chinês

Jiang Zemin é conhecido por exibicionismo e tramóias políticas. Sua incompetência e sua ignorância são bem conhecidas. Embora, devido ao seu ressentimento, ele quisesse cabalmente “exterminar” o Falun Gong, era incapaz de fazer muito, porque o Falun Gong está enraizado na cultura tradicional chinesa e havia se tornado tão popular que conseguiu grande suporte social. Entretanto, os mecanismos de tirania empregados pelo Partido Comunista Chinês, aperfeiçoados ao longo de numerosos movimentos, estiveram plenamente operacionais e disponíveis na tentativa do Partido de erradicar o Falun Gong. Jiang Zemin tirou vantagem de sua posição como Secretário-Geral do PCCh e lançou pessoalmente a perseguição ao Falun Gong. O efeito do conluio e da ressonância entre Zemin e o PCCh foi como uma avalanche causada pelos gritos de um alpinista na montanha.

Antes que Jiang oficialmente emitisse as ordens para a perseguição ao Falun Gong, o Partido Comunista Chinês já havia começado a repressão, o monitoramento, a investigação e a fabricação de acusações falsas quanto à prática e contra adeptos. O espectro maligno do PCCh se sentiu instintivamente ameaçado pelos princípios de “verdade, compaixão e tolerância”, sem mencionar a rapidez sem precedentes com que a prática se disseminou. Agentes disfarçados de “segurança pública” do Partido se infiltraram entre praticantes de Falun Gong já tão cedo quanto 1994, mas não encontraram qualquer problema, e alguns até começaram a praticar o Falun Gong.

Em 1996, o jornal estatal Guangming Daily violou as “Três Restrições”] — uma política do Estado referente às práticas de qigong dispondo que o Estado não “recomendaria, interferiria ou condenaria” atividades do tipo — ao publicar um artigo denunciando os princípios do Falun Gong. Depois  disso, políticos com um contexto na segurança pública ou sob o título de “cientistas”, continuaram assediando o Falun Gong. No início de 1997, Luo Gan, secretário do Comitê Judiciário e Político do Comitê Central do PCCh, aproveitou-se do seu poder e ordenou à Secretaria de Segurança Pública que iniciasse uma investigação nacional sobre o Falun Gong com a intenção de encontrar motivos que justificassem bani-lo. Depois de ser relatado que, por todo o país, não havia nem uma única evidência para isso, Luo emitiu uma circular – No. 555, a “Notificação referente ao início da investigação sobre o Falun Gong” mediante a Primeira Secretaria do Ministério de Segurança Pública (também chamada de Secretaria de Segurança Política). Ele primeiro acusou o Falun Gong de ser um “culto maligno” e então ordenou aos departamentos policiais em todo o país que investigassem o Falun Gong sistematicamente, usando espiões para coletar evidências. Essa outra investigação subsequente não encontrou nenhuma evidência para apoiar sua acusação.

Antes que o Partido Comunista Chinês, a manifestação de um espectro maligno, pudesse começar a perseguir o Falun Gong, ele precisava que a pessoa apropriada acionasse seus mecanismos de supressão. O modo como o líder do PCCh iria conduzir o assunto era crucial. Como um indivíduo, a pessoa à frente do Partido poderia ter em si bondade e maldade — dois aspectos opostos da natureza humana. Se ele fizesse a escolha de seguir seu lado bom, ele poderia restringir temporariamente uma erupção da natureza vil do Partido; caso contrário, a natureza má do PCCh se manifestaria completamente.

Durante o movimento estudantil pró-democracia, em 1989, Zhao Ziyang, então Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês, não tinha intenção de suprimir os estudantes. Foram os oito membros mais velhos do Partido, os que controlavam o PCCh, que insistiram na supressão aos estudantes. Deng Xiaoping disse naquela ocasião: “[Nós iríamos] matar 200 mil pessoas em troca de 20 anos de estabilidade”. Os chamados “20 anos de estabilidade”, na verdade, significavam 20 anos de governo do PCCh. Essa ideia se adequava ao objetivo fundamental do PCCh de ser uma ditadura, portanto, ela foi aceita pelo Partido.

Com relação à questão do Falun Gong, dos sete membros do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, o único que insistiu na repressão foi Jiang Zemin. A desculpa que Jiang deu foi que o assunto estava relacionado com a “sobrevivência do Partido e do país”. Isso tocou o nervo mais sensível do PCCh e provocou sua tendência à opressão. O esforço de Jiang Zemin para manter seu poder pessoal e o do PCCh em manter a ditadura por meio de um único Partido se unificaram nesse ponto.

Ao anoitecer do dia 19 de julho de 1999, Zemin presidiu uma reunião com os oficiais mais graduados do Partido Comunista Chinês. Ele ignorou a lei com seu poder político, pessoalmente “unificou” o entendimento de todos os membros presentes e decidiu lançar uma campanha de perseguição em larga escala ao Falun Gong. Ele baniu o Falun Gong em nome do regime chinês e enganou o público. O PCCh, o aparato estatal da China e os mecanismos violentos empregados pelo Partido foram usados ao máximo em uma devastadora supressão contra milhões de praticantes inocentes de Falun Gong.

Se o Secretário-Geral do PCCh, naquela época, fosse outro e não Jiang Zemin, a repressão ao Falun Gong não teria acontecido. Com relação a isso, podemos dizer que o Partido usou Jiang. Por outro lado, se o Partido não tivesse incorrido em tantas dívidas sangrentas com sua natureza inescrupulosa, imoral e selvagem, ele não teria considerado o Falun Gong uma ameaça. 

Sem o controle cabal e penetrante do PCCh sobre cada parte da sociedade, a intenção de Jiang de suprimir o Falun Gong não teria conseguido organização, financiamento e propaganda; não teria conseguido o apoio de diplomatas, mão de obra e equipamento; não teria conseguido o apoio das prisões, da polícia, do Departamento de Segurança Nacional e do exército; ou o assim chamado “apoio” de círculos dos meios da religião, da ciência e da tecnologia, dos “partidos democráticos”, dos sindicatos, dos comitês da juventude, das associações femininas e assim por diante. Com relação a isso, podemos dizer que Jiang Zemin usou o Partido Comunista Chinês.

Como Jiang Zemin utiliza o PCCh para perseguir o Falun Gong

Tirando vantagem do princípio organizacional do Partido Comunista Chinês de que “todo membro do Partido deve estar subordinado ao Comitê Central”, Jiang Zemin explorou a máquina do Estado controlada pelo Partido para servir ao objetivo de perseguir o Falun Gong. O aparato controlado pelo PCCh inclui o exército, a mídia, o quadro de funcionários da segurança pública, a polícia, a polícia militar, as forças de segurança do Estado, o sistema judicial, o Congresso Nacional do Povo, o corpo diplomático, assim como falsos grupos religiosos.
O exército e a polícia militar, ambos controlados pelo Partido, tomaram parte diretamente no sequestro e prisão de praticantes de Falun Gong. As notícias da mídia na China ajudaram o regime de Jiang divulgando mentiras e caluniando o Falun Gong. O sistema de segurança do Estado foi explorado pessoalmente por Jiang na coleta e envio de informações, na fabricação de mentiras e falsificação de inteligência. O Congresso Nacional do Povo e o sistema judicial deram “ares de legalidade” e o rótulo do “Estado de Direito” a pretensas justificativas para crimes cometidos por Jiang e pelo PCCh, efetivamente enganando o público em todas as esferas da sociedade. Essas organizações se tornaram instrumentos à serviço e para a proteção de Jiang Zemin. Simultaneamente, o sistema diplomático da China divulgou mentiras na comunidade internacional e aliciou governos estrangeiros, altos oficiais e a mídia internacional com incentivos políticos e econômicos para que permanecessem em silêncio quanto ao assunto da perseguição ao Falun Gong.

Durante a conferência de trabalho do Comitê Central na qual foi ordenada a supressão ao Falun Gong, Jiang afirmou: “Eu simplesmente não acredito que o PCCh não possa vencer o Falun Gong”. Ao planejar a estratégia de supressão, três políticas foram postas em prática quanto aos praticantes de Falun Gong: “arruinar a sua reputação, fali-los financeiramente, e destruí-los fisicamente”. A perseguição entrava em plena operação.

Explorando a mídia para bloquear o fluxo de informação 

A política de “arruinar a reputação [dos praticantes de Falun Gong]” foi executada através da mídia chinesa — absolutamente controlada pelo PCCh. A começar pelo dia 22 de julho de 1999, terceiro dia de campanha de aprisionamento de praticantes de Falun Gong pelo país, os veículos de mídia controlados pelo Partido lançaram um ataque de propaganda em larga escala contra o Falun Gong.


A exemplo: a China Central Television (CCTV), com base em Pequim. Nos últimos meses de 1999, a CCTV transmitiu sete horas por dia de programas em rede nacional para disseminar mentiras sobre o Falun Gong. Os produtores desses programas começaram distorcendo e falsificando discursos do Sr. Li Hongzhi, o fundador do Falun Gong, e depois inventando e noticiando casos falsos de suicídios, assassinatos e mortes de praticantes por suposta recusa em aceitar tratamento médico. Eles fizeram tudo o que puderam para difamar e incriminar o Falun Gong e seu fundador. O caso mais publicizado foi o da remoção da palavra “não” de um comentário do Sr. Li Hongzhi, feito em um evento público, que originalmente pontuava: “O incidente da assim chamada explosão da Terra não existe”. O programa da CCTV transformou a sua declaração em: “O incidente da explosão da Terra existe”, e então passou a afirmar que o Falun Gong difunde teorias do apocalipse.
Outros subterfúgios também foram empregados para enganar o público, incluindo a transferência das infrações de criminosos comuns para praticantes de Falun Gong inocentes. Por exemplo, um assassinato cometido por Fu Yibin, um doente mental em Pequim, e um envenenamento fatal de um mendigo na província de Zhejiang foram ambos atribuídos, [enganosamente], ao Falun Gong. O PCCh então usou da mídia para instigar o ódio entre o público enganado, justificando e procurando apoio para a sangrenta e impopular perseguição.

Mais de dois mil jornais, mil revistas e centenas de emissoras de televisão e estações de rádio locais sob o controle absoluto do Partido Comunista Chinês foram sobrecarregados com as campanhas de propaganda caluniosas contra o Falun Gong. A calúnia e a propaganda foram estendidas também para fora da China, ao estrangeiro, através das estatais Agência de Notícias Xinhua, China News Service, Agência de Notícias da China em Hong Kong, e outros veículos de mídia controlados pelo PCCh. Com base em estatísticas incompletas, em apenas seis meses cerca de 300 mil artigos e programas difamando e alvejando o Falun Gong foram publicados ou transmitidos, envenenando as mentes de incontáveis pessoas.

Nas embaixadas e consulados chineses no exterior, um grande número de álbuns, CD’s e publicações criticando e pretendendo “expor” o Falun Gong foram postos em exibição. No website do Ministério das Relações Exteriores da China, foram criadas colunas especiais para criticar e “expor” o Falun Gong. Além disso, no fim de 1999, durante uma cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) na Nova Zelândia, Jiang Zemin abriu mão de qualquer pretexto e simplesmente distribuiu panfletos caluniando o Falun Gong a cada um dos chefes de Estado participantes do evento — abrangendo mais de 10 países. Na França, violando a constituição chinesa, ele rotulou o Falun Gong de “seita maligna” diante da mídia estrangeira, para “arruinar a reputação dos praticantes de Falun Gong”.

A nuvem negra de opressão sufocando a China sinalizava que algo tão drástico como a Revolução Cultural estava para começar.

O incidente mais desprezível feito para difamar o Falun Gong foi a falsa “autoimolação”, encenada em janeiro de 2001, e noticiada mundialmente em uma velocidade sem precedentes por meio da Agência de Notícias Xinhua.

O incidente, desde então, foi criticado por numerosas organizações internacionais, incluindo a International Educational Development, Inc, nas Nações Unidas, em Genebra, como uma ação encenada pelo governo chinês para enganar o público globalmente. Quando questionado, um membro da equipe de TV que filmou o incidente admitiu que algumas das cenas mostradas pela CCTV foram, na verdade, gravadas depois. A natureza sórdida dos opressores é evidente. Não se pode deixar de perguntar como esses supostos “discípulos do Falun Gong que enfrentaram a morte inflexivelmente” (referindo-se aos ditos autoimoladores) puderam ser tão cooperativos com as autoridades do PCCh permitindo que eles filmassem a cena da autoimolação mais de um vez.

Não há mentira que sobreviva à luz do dia. Enquanto espalha rumores e fabrica mentiras, o Partido Comunista Chinês também tem feito tudo em seu poder para bloquear o fluxo de informações. Ele reprimiu incessantemente quaisquer reportagens estrangeiras sobre as atividades do Falun Gong, bem como qualquer defesa razoável de seus praticantes. Todos os livros do Falun Gong e demais documentos têm sido destruídos, sem exceção. Medidas extremas foram tomadas para impedir que qualquer mídia estrangeira entrevistasse praticantes de Falun Gong na China, incluindo a expulsão de jornalistas do país, atos para pressionar veículos de imprensa do exterior ou ameaças de barrar sua operação na China.

Quanto aos praticantes de Falun Gong no país que tentaram transmitir para fora de lá os fatos sobre a prática e material documental sobre a repressão desumana contra ela por parte das autoridades, o PCCh adotou medidas também extremas — brutais — para suprimi-los. Li Yanhua, uma senhora de aproximadamente 60 anos, natural da cidade de Dashiqian, província de Liaoning, foi raptada pela polícia em 1º de fevereiro de 2001, quando distribuía materiais com informações sobre a perseguição ao Falun Gong. Ela foi espancada até a morte por “agentes da lei”. Para acobertar seus crimes, a polícia disse que ela morreu por estar “fascinada pelo Falun Gong”.

Apenas na Universidade de Tsinghua, mais de uma dúzia de professores e estudantes receberam longas sentenças de prisão por distribuírem materiais sobre o Falun Gong. Depois que relataram os fatos sobre o estupro que a Sra. Wei Xingyan, uma praticante de Falun Gong e estudante de pós-graduação da Universidade de Chongqing, sofreu na prisão, sete praticantes de Falun Gong em Chongqing foram incriminados e condenados à prisão por longo tempo.

Aplicando multas e saqueando residências ilegalmente 

Todo o aparato estatal do Partido Comunista Chinês tem realizado a política de “arruinar financeiramente [os praticantes de Falun Gong]”.

Nos primeiros cerca de cinco anos desde o início da repressão em 1999, centenas de milhares de praticantes de Falun Gong foram multados em quantias que variam de milhares a dezenas de milhares de yuanes com o objetivo de intimidá-los e causar prejuízo a eles. Sem qualquer justificativa, governos locais, unidades de trabalho, postos policiais e departamentos de segurança pública impuseram arbitrariamente essas multas — e continuam a fazer isso até hoje. Para aqueles que foram forçados a pagá-las não foi fornecido nenhum recibo nem houve menção a qualquer artigo da lei que explicasse o porquê da cobrança. Não há o devido processo legal.

O saque de residências é outra forma de roubo e intimidação imposta aos praticantes de Falun Gong. Aqueles que permaneceram firmes em suas crenças tiveram de passar por buscas ilegais, com a polícia saqueando suas residências a qualquer momento, sem mandados. Dinheiro e outros bens foram confiscados sem justificativa. No campo, até grãos estocados e outros produtos alimentícios não foram poupados. Da mesma forma, nenhum dos itens confiscados dos praticantes de Falun Gong foi registrado oficialmente e nenhum recibo jamais foi fornecido. Geralmente, os bens confiscados dos praticantes ficam com quem os confisca.

Ao mesmo tempo, adeptos do Falun Gong enfrentaram a penalidade de serem demitidos de seus empregos. No campo, as autoridades ameaçaram confiscar a terra de praticantes. O PCCh não poupou sequer os anciões aposentados — encerrando o pagamento de suas pensões e confiscando suas residências. Alguns praticantes de Falun Dafa com negócios próprios tiveram suas propriedades confiscadas e suas contas bancárias bloqueadas.

Ao aplicar essas políticas, o Partido Comunista Chinês adotou a abordagem da culpa por associação: se fossem encontrados praticantes de Falun Gong em qualquer unidade de trabalho ou empresa estatal, os responsáveis e os empregados dessas unidades não receberiam bônus, nem seriam promovidos. O objetivo era instigar na sociedade o ódio contra os adeptos da prática. Familiares e parentes de praticantes de Falun Gong também enfrentaram ameaças de demissão em seus empregos; de terem seus filhos expulsos das escolas e de serem despejados de suas residências. Todas essas medidas servem ao mesmo propósito: cortar todas as possíveis fontes de renda dos praticantes de Falun Gong para forçá-los a desistir de sua crença.

Atos brutais de tortura e morticínio deliberado

A política infame de “destruir fisicamente [os praticantes de Falun Gong]” foi sistematicamente aplicada pela polícia, pela Procuradoria[17]  e pelo sistema judiciário na China. Com base em estatísticas coletadas pelo website Minghui.org, até 19 de dezembro de 2004, no mínimo 1.143 praticantes de Falun Gong morreram devido à perseguição nos 5 anos anteriores. As mortes ocorreram em mais de 30 províncias, regiões autônomas e municipalidades sob o comando direto do governo central. Até a data de 1º de outubro de 2004, a província com maior número de mortes foi Heilongjiang, seguida por Jilin, Liaoning, Hebei, Shandong, Sichuan e Hubei. A pessoa mais jovem a morrer tinha somente dez meses de idade; a mais velha, 82 anos. Quase 39% dos assassinados passavam dos 50 anos de idade; 51,3% eram mulheres. Oficiais do PCCh admitiram privadamente que o número verdadeiro de praticantes de Falun Gong que morreram na perseguição é muito maior.

Os métodos brutais de tortura empregados contra os praticantes de Falun Dafa são muitos e variados. Espancamento; açoitamento; tortura com choques elétricos; congelamento; amarração com cordas, algemas e correntes por períodos longos; queimaduras com fogo, pontas de cigarro ou ferros quentes; suspensão, amarrando praticantes de mantendo-os pendurados longamente; exaustão, forçando a vítima a manter-se de pé ou agachado por longos períodos; ataques com estiletes de bambu ou fios de metal; abuso sexual e estupro são somente alguns exemplos. Em outubro de 2000, os guardas do Campo de Trabalho Forçado de Masanjia, na província de Liaoning, tiraram completamente as roupas de 18 mulheres praticantes de Falun Gong e as jogaram em celas masculinas para serem estupradas e abusadas à vontade. Todos esses crimes são bem documentados e são numerosos demais para listar.

Outra forma desumana de tortura comumente empregada é o uso abusivo do “tratamento psiquiátrico”. Praticantes de Falun Gong, normais, racionais e saudáveis, foram trancafiados ilegalmente em hospitais psiquiátricos e forçados a receber injeções com drogas não especificadas capazes de destruir o sistema nervoso central do receptor. Como resultado, alguns praticantes tiveram paralisia parcial ou total. Alguns perderam a visão nos dois olhos ou a audição em ambos os ouvidos. Alguns sofreram graves lesões em seus músculos ou órgãos internos. Alguns perderam a memória, completamente ou em parte, e se tornaram mentalmente retardados. Alguns sofreram completo colapso mental e outros morreram logo depois de receberem injeções com estas drogas.

Estatísticas do ano de 2004 apontam que casos de praticantes de Falun Gong sendo perseguidos com “tratamento psiquiátrico” espalharam-se para 23 das 33 províncias, regiões autônomas e municipalidades sob o comando direto do governo central da China. Pelo menos 100 hospitais psiquiátricos em nível de província, cidade, condado ou distrito se envolveram na perseguição. 

Com base no número e distribuição desses casos, fica claro que o abuso de praticantes de Falun Gong com drogas “psiquiátricas” foi uma política bem planejada, sistematicamente aplicada, perpassando a hierarquia do aparato do Partido de cima para baixo. Até por volta de 2004, pelo menos mil praticantes de Falun Gong mentalmente saudáveis haviam sido enviados contra a própria vontade para hospitais psiquiátricos ou centros de reabilitação. Muitos deles foram submetidos a injeções ou forçados a ingerir numerosas drogas capazes de destruir o sistema nervoso. Esses praticantes de Falun Gong foram também amarrados com cordas e torturados com choques elétricos. Pelo menos 15 deles morreram por tortura.

A Agência 610 estende seus tentáculos

Em 7 de junho de 1999 — pouco antes de oficialmente iniciada a perseguição à prática — sem qualquer fundamento, Jiang Zemin difamou o Falun Gong na reunião do Politburo do Partido Comunista Chinês. Ele considerou o assunto do Falun Gong como uma “luta de classes”, rotulou praticantes como inimigos políticos, provocou o reflexo de luta do PCCh e ordenou a criação de uma “agência para lidar com o assunto Falun Gong”, no Comitê Central.


Desde que foi implantada, em 10 de junho daquele ano, ela foi chamada de “Agência 610”. Depois disso, sucursais da agência foram abertas por todo país, em todos os níveis do governo, do mais alto ao mais baixo, para ficarem especificamente encarregadas de todos os assuntos relacionados à repressão ao Falun Gong. O Comitê Político e Judiciário, a mídia, os órgãos de segurança pública, a Procuradoria, as cortes populares e órgãos de segurança nacional subordinados à liderança deste comitê do Partido Comunista atuaram como capangas e sicários da Agência 610. A agência tecnicamente se reporta ao Conselho de Estado, mas, na verdade, é uma organização do Partido que está autorizada a existir fora da estrutura estabelecida do Estado e do governo chinês, livre de qualquer restrição legal, regulamentações ou políticas nacionais. É uma organização que tudo pode, muito similar à Gestapo da Alemanha nazista, com poderes acima e além dos sistemas legal e judiciário, habilitada a utilizar os recursos do país como lhe convier.


Em 22 de julho de 1999, depois que Jiang Zemin emitiu a ordem de repressão ao Falun Gong, a Agência de Notícias Xinhua publicou discursos dos encarregados do Ministério Organizacional Central do PCCh e do Ministério Central de Propaganda do Partido nos quais estes exibiam seu total apoio à perseguição ao Falun Gong lançada por Jiang. Sob a rígida organização do Partido Comunista Chinês, todas essas entidades cooperaram para pôr em prática essa inescrupulosa maquinação.

Os inúmeros incidentes ocorridos desde então provam que nem os departamentos de segurança pública, nem a Procuradoria ou as cortes populares têm o poder de tomar suas próprias decisões em casos relacionados ao Falun Gong. Eles têm de receber ordens da Agência 610. Quando familiares de muitos praticantes de Falun Gong que foram presos, detidos e torturados até a morte prestaram queixas ou pediram esclarecimentos à segurança pública, às procuradorias e cortes do povo, eles foram informados que todas as decisões seriam tomadas pela Agência 610 — entretanto, a agência existe sem base legal. Quando ela direciona ordens a todas as organizações dentro do sistema do PCCh, normalmente faz isso somente mediante comunicação oral — sem notificações ou comandos por escrito. Além disso, ela estipulou que todos aqueles que recebem as ordens estão proibidos de fazer gravações de som ou vídeo, ou mesmo tomar notas escritas.

O uso desse tipo de agência ditatorial temporária é uma tática que o Partido tem frequentemente repetido, ignorando em absoluto a lei. Durante todos os movimentos anteriores de expurgo político, o Partido sempre se valeu de organismos temporários irregulares, como o Grupo Central da Revolução Cultural, para comandar e disseminar sua tirania por todo o país. Durante seu longo reinado de tirania e governança sob mão de ferro, o Partido Comunista criou o mais forte e mais perverso sistema de terror estatal por meio de violência, mentiras e bloqueio de informação. Enquanto é extremo em sua desumanidade, seu exercício do engodo é altamente sofisticado. Sua escala e extensão são sem precedentes. 

Em todos os movimentos políticos anteriores, o Partido acumulou métodos sistemáticos e eficazes, e experiências quanto a punir, prejudicar e matar pessoas das mais cruéis, artificiosas e traiçoeiras formas imagináveis. Em um caso mencionado anteriormente, o marido não pôde suportar as ameaças e perturbação da polícia e acabou esfaqueando a sua amável esposa. Esse é o fruto maligno do terror estatal do Partido Comunista Chinês, incluindo o engodo midiático, a pressão política, a culpa por associação e a intimidação, que visam a deformar a natureza humana e instigar o ódio.

Utilizando as forças armadas e os recursos financeiros nacionais para realizar a perseguição

O Partido controla todas as forças militares do Estado, o que lhe permite fazer o que quiser, sem medo, quando reprime o povo. Na repressão ao Falun Gong, Jiang Zemin não usou somente a polícia civil e militar, mas também o exército durante julho e agosto de 1999, quando centenas de milhares — talvez até milhões — de pessoas comuns, desarmadas, vindas de todas as partes do país, tentaram ir a Pequim apelar pacificamente a favor do Falun Gong. Soldados foram designados para locais dentro da cidade de Pequim. Todas as principais vias públicas na capital foram perfiladas com soldados armados. Eles cooperaram com a polícia para interceptar e prender praticantes de Falun Gong buscando apelar ao governo. A alocação direta das forças armadas do PCCh por Jiang Zemin pavimentou o caminho para a perseguição sangrenta.

O Partido controla as finanças do Estado, o que dá respaldo financeiro para Jiang perseguir o Falun Gong. Um oficial de alto escalão do Departamento de Justiça da província de Liaoning disse uma vez, em uma conferência no Campo de Trabalho Forçado de Masanjia, localizado ali: “Os recursos financeiros usados para lidar com o Falun Gong excederam o orçamento para uma guerra.”

Não está claro ainda quanto dos recursos econômicos do Estado e do suor e trabalho do povo chinês o PCCh vem usando para perseguir o Falun Gong. Entretanto, não é difícil enxergar que precisa ser um valor enorme. 

Em 2001, informações de dentro da Secretaria de Segurança Pública do Partido mostraram que, somente tratando-se de incidentes na Praça da Paz Celestial as despesas com a prisão de praticantes de Falun Gong chegavam a entre 1,7 e 2,5 milhões de yuanes por dia, o que representa de 620 a 910 milhões de yuanes por ano. Em todo o país das cidades até as áreas rurais distantes, da polícia nas delegacias e secretarias de segurança pública até todos os quadros e sucursais da Agência 610 — Jiang Zemin empregou pelo menos alguns milhões de pessoas para perseguir o Falun Gong. O custo, apenas em salários, pode exceder cem bilhões de yuanes por ano. Além disso, Jiang gastou imensas quantias na expansão do número de campos de trabalho forçado com o propósito de prender praticantes de Falun Gong e na construção de centros e postos de lavagem cerebral. Em um exemplo, em dezembro de 2001, ele gastou 4,2 bilhões de yuanes, de uma só vez, para construir centros de lavagem cerebral e postos para “transformar” praticantes. Jiang também usou incentivos monetários para estimular e encorajar um grande número de pessoas a participar da perseguição. Em muitas áreas, o prêmio pela prisão de um praticante do Falun Gong era de alguns milhares, ou até dez mil yuanes. 

O Campo de Trabalho Forçado de Masanjia, na província de Liaoning, é um dos lugares mais perversos da perseguição ao Falun Gong. O Partido uma vez premiou o diretor do campo, com 50 mil yuanes, e o vice-diretor com 30 mil yuanes.

Jiang Zemin é não só a pessoa que, na condição de Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês, iniciou a perseguição ao Falun Gong — mas ele é também quem a maquinou e a comandou, usando os mecanismos do Partido. Ele carrega responsabilidade inevitável por esse crime histórico. Entretanto, se não houvesse o Partido e seus mecanismos de violência formados mediante numerosos movimentos políticos, Jiang não teria sido  capaz de deflagrar e executar uma perseguição tão maligna.

Jiang e o Partido utilizam um do outro. Eles se arriscam à condenação universal por se oporem aos princípios de “verdade, compaixão e tolerância” em nome do interesse de uma pessoa e de um partido. O conluio entre eles é a verdadeira razão pela qual um crime tão trágico e absurdo foi possível.

Jiang Zemin provocou a queda do PCCh desde dentro

Motivado por interesses pessoais, Jiang Zemin usou a maldade inerente do Partido Comunista Chinês para lançar essa imensa perseguição a pessoas inocentes que seguem “verdade, compaixão e tolerância”. Ele lançou um movimento punitivo contra a força social mais benéfica e menos prejudicial para o país e para a sociedade. Essa perseguição não só mergulha a China e seu povo em crime e desgraça, mas também derrota o Partido em seu próprio alicerce.

Jiang utilizou o Partido para empregar implacavelmente todo tipo de crueldade disponível no mundo para erradicar o Falun Gong. A lei, a moralidade e a humanidade sofreram grandes prejuízos, destruindo a legitimidade do regime em suas raízes.

O regime de Jiang usou todos os recursos financeiros, materiais e humanos a seu dispor para reprimir o Falun Gong, o que causou um enorme fardo para o país e para a sociedade, e uma pressão enorme sobre o sistema financeiro. O Partido não tem meios para sustentar essa perseguição por um período estendido de tempo. Ele só pode usar as poupanças de seus cidadãos, emitir títulos nacionais e atrair investimentos estrangeiros para mantê-la.

Durante a perseguição, o Partido e Jiang desenvolveram todo tipo de táticas brutais, desleais e traiçoeiras, fazendo uso de todo o repertório de ardil e maldade do PCCh para perseguir o Falun Gong; o Partido e Jiang utilizaram todos os instrumentos conhecidos de propaganda para inventar rumores, denegrir a imagem do Falun Gong e criar desculpas para a supressão e a perseguição — entretanto, não há mentira que dure para sempre. Uma vez que as mentiras sejam, por fim, expostas, e uma vez que todo o mal se revelar pelo fracasso da perseguição e se tornar de conhecimento público, os métodos de propaganda não serão mais capazes de enganar. O Partido perderá completamente sua credibilidade e seu domínio sobre a mente das pessoas.

No início da repressão ao Falun Gong, em 1999, a intenção de Jiang Zemin era resolver o assunto do Falun Gong em “três meses”. Entretanto, o Partido subestimou o poder do Falun Gong e o poder da tradição e da crença.

Desde tempos remotos, o mal nunca foi capaz de eliminar os justos. Ele não pode erradicar a bondade do coração das pessoas. Anos se passaram. O Falun Gong ainda é o Falun Gong. Além disso, a prática se difundiu largamente pelo mundo todo. Jiang e o Partido Comunista têm sofrido uma grande derrota nessa batalha entre o bem e o mal, e a natureza desonesta, cruel e má de ambos foi cabalmente exposta. O infame Jiang Zemin está agora cercado de problemas, tanto nacionalmente como no exterior, e enfrenta vários processos e apelos para trazê-lo à justiça.

Originalmente, o Partido intencionou fazer uso da supressão para consolidar a sua tirania. Entretanto, o resultado foi que ele não foi capaz de se “revitalizar”, mas, ao contrário, exauriu suas próprias energias. Agora, o Partido chegou longe demais para conseguir ressuscitar. Ele se fez uma árvore seca e corroída — prestes a cair com uma rajada de vento. Todos os sonhos quiméricos de salvar o Partido Comunista Chinês vão contra a tendência da história. Ater-se a eles não só será em vão, mas destruirá também o futuro dos próprios envolvidos.

Conclusão

O ex-Secretário-Geral do PCCh, Jiang Zemin, foi quem lançou, tramou e comandou a perversa perseguição. Ele utilizou por completo o poder, a posição, os métodos disciplinares e os mecanismos dos movimentos políticos do Partido Comunista para iniciar essa perseguição ao Falun Gong. Ele carrega uma responsabilidade intransferível por esse crime histórico. Por outro lado, se não houvesse o PCCh, Jiang teria sido incapaz de iniciar e dirigir essa perseguição maligna.
Desde o dia em que começou a existir, o Partido Comunista Chinês se posicionou contra a retidão e contra a bondade. Com a supressão como seu instrumento escolhido e a perseguição como sua especialidade, o PCCh baseou seu domínio no estrito controle mental que decorre de uma ditadura de partido único. Por sua própria natureza, o Partido teme “verdade, compaixão e tolerância”, e considera o Falun Gong como seu inimigo. Portanto, a supressão e a perseguição feita ao Falun Gong era algo inevitável.
Enquanto atacam “verdade, compaixão e tolerância”, Jiang e o PCCh permitiram que falsidade, maldade, violência, veneno, perversão e corrupção se propagassem. O que se seguiu foi um declínio moral generalizado por toda China, que afetou todos.

O conluio entre o Partido Comunista Chinês e Jiang Zemin uniu seus destinos. O Falun Gong está agora processando Jiang Zemin. O dia em que Jiang for trazido à justiça, o destino do PCCh será autoevidente. Os princípios celestiais não tolerarão aqueles que dirigem perseguição desumana contra um grupo de pessoas boas que seguem “verdade, compaixão e tolerância”. As más ações de Jiang Zemin e do PCCh também se tornarão uma lição perpétua e profunda para a humanidade.

 

NOTAS:

 

[1] Relatado primeiramente em reportagem do website Minghui, de 23 de julho de 2004; disponível em http://en.minghui.org/emh/articles/2004/6/7/48981p.html (em inglês)

 

[2] Relatado primeiramente em reportagem do website Minghui, de 25 de setembro de 2004; também disponível em: http://en.minghui.org/emh/articles/2004/9/25/52796.html (em inglês).

 

[3] De um relatório de 15 de novembro de 2004, publicado pelo Minghui, com uma entrevista a Wang Yuzhi, que foi torturada durante mais de cem dias no campo de trabalhos forçados de Wanjia.

 

[4] À época da edição original de 2004, travam-se de 5 anos. À data do trabalho de revisão para a presente edição, 20 anos depois, em 2024, a brutal perseguição ao Falun Gong continua na China. Ela ultrapassou a marca dos 25 anos

 

[5] Dado da edição original de 2004. À data desta revisão, Falun Gong se difundiu em mais de 100 países.

 

[6] Li Xiannian (1902-1992), antigo Presidente da China (1983-1988) e presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (1988-1992), foi sogro de Jiang Zemin. Chen Yun (1905-1995), um dos líderes mais influentes da China comunista, foi membro do Comitê Permanente do Politburo por décadas e presidente da Comissão Consultiva Central de 1987 a 1992.

 

[7] Em 4 de junho de 1989, o Exército da Libertação Popular (ELP), as forças armadas chinesas, atacou um grupo de estudantes desarmados que se manifestavam a favor da democracia na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Estimativas apontam que o ELP matou milhares de pessoas em um evento que ficou conhecido como “O Massacre na Praça da Paz Celestial”. 

 

[8] 「穩定壓倒一切」(“Estabilidade como a principal prioridade”; “estabilidade acima de tudo”) é uma expressão usada por líderes chineses principalmente após o massacre na Praça da Paz Celestial e também durante a perseguição do Falun Gong.

 

[9] O Tratado de Aigun, assinado em 1858, foi um acordo entre o Império Russo e a China sob o governo da Dinastia Qing que redefiniu as fronteiras entre os dois impérios na região do Extremo Oriente. O ocorrido resultou em grandes ganhos territoriais para a Rússia às custas da China, incluindo partes da atual região do Amur. Esse tratado e outros semelhantes foram vistos como exemplos de tratados desiguais impostos por potências europeias à China no século XIX.

 

[10] “Qigong” é um termo genérico em chinês para exercícios energéticos. Existem muitas escolas de qigong, a maior parte das quais radicam em crenças espirituais tradicionais. O Falun Gong é uma forma de qigong.

 

[11] Em 1992, Deng Xiaoping fez uma viagem por Shenzhen, no sul da China, perto de Hong Kong, e proferiu discursos para promover uma “economia de mercado socialista” na China. Considera-se que a viagem de Deng Xiaoping relançou a reforma econômica da China, depois de um período de incerteza iniciado com o massacre da Praça da Paz Celestial em 1989.

 

[12] Descobertas em 1973, na China, as Ruínas Culturais de Hemudu, com sete mil anos, são importantes ruínas de um vilarejo da Idade da Pedra Polida, também chamada período neolítico.

 

[13] Qiao Shi (1924-2015) foi presidente do Congresso Nacional do Povo de 1993 a 1998.

 

[14] Deng disse uma vez, “Não importa se o gato é preto ou branco, desde que cace os ratos, é um bom gato”. Comumente a frase é interpretada no sentido de dizer que o objetivo das reformas econômicas empreendidas na China a partir de 1978 era trazer prosperidade para o povo, independentemente de viés socialista ou capitalista. Outra interpretação já dada à frase é de que o liberalismo econômico ou o planejamento centralizado são ambas abordagens aceitáveis, desde que avancem os interesses do Partido.

 

[15] As “Três Representações” de Jiang Zemin afirmam que o Partido deve sempre representar a tendência de desenvolvimento das forças produtivas avançadas da China, a orientação da cultura avançada da China e os interesses fundamentais da esmagadora maioria do povo chinês.

 

[16] Zhang Zhixin (1930-1975) foi uma intelectual que foi torturada até a morte pelo PCC durante a Revolução Cultural por ser franca em dizer a verdade.

 

[17] A Procuradoria é a organização estatal chinesa responsável pela acusação e supervisão legal. As suas funções incluem decidir sobre a detenção e acusação em casos que envolvam crimes graves, conduzir investigações, iniciar e apoiar processos públicos, interpretar a lei em aplicações específicas, supervisionar decisões judiciais, monitorizar procedimentos judiciais e supervisionar as atividades das prisões, centros de detenção e campos de trabalho.