O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado que a rebelião do grupo de mercenários Wagner contra o Exército e as autoridades russas põe em evidência a “fraqueza” da Rússia e a tendência autodestrutiva do país ao lançar a invasão em grande escala contra a Ucrânia.
“A fraqueza da Rússia é evidente. Quanto mais tempo a Rússia mantiver as suas tropas e mercenários nas nossas terras, mais caos, dor e problemas criará para si própria”, disse Zelensky na sua primeira reação pública aos acontecimentos no país vizinho.
O chefe de Estado ucraniano acusou o líder russo, Vladimir Putin, sem o mencionar o nome, de “escolher o caminho do mal” e de se “autodestruir”.
“Ele envia filas de soldados para destruir vidas em outros países e não consegue evitar que fujam e o traiam quando encontram resistência”, escreveu Zelensky em nota, publicada no Telegram.
“Ele despreza as pessoas e envia centenas de milhares para a guerra apenas para acabar escondido numa barricada perto de Moscou daqueles que ele mesmo armou”, acrescentou, referindo-se ao grupo Wagner, que está levando a cabo uma revolta depois de ter ganhado poder pelo seu papel de liderança na invasão russa da Ucrânia.
Após o discurso de Putin sobre a rebelião, no qual comparou a tentativa do Grupo Wagner à Revolução Bolchevique que abalou a Rússia em 1917, quando esta lutava na Primeira Guerra Mundial, Zelensky afirmou que o atual rumo da Federação Russa só pode conduzir a um horizonte semelhante ao dessa época.
“Mantemos a nossa força, a nossa unidade. Todos os nossos comandantes e todos os nossos soldados sabem o que têm de fazer”, reiterou o presidente ucraniano.
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