Em meio à guerra com a Rússia, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou neste domingo (22) que a adesão do país à OTAN é não apenas uma meta viável, mas uma medida crucial para garantir a estabilidade global.
Em um discurso dirigido a diplomatas ucranianos, Zelensky enfatizou a importância de convencer os aliados de que a entrada da Ucrânia na aliança não só beneficiaria todos os membros, como também contribuiria para a paz e a segurança mundial.
“Todos nós entendemos que o convite da Ucrânia para a Otan e a filiação à aliança só pode ser uma decisão política. […] A aliança para a Ucrânia é possível, mas é possível somente se lutarmos por essa decisão em todos os níveis necessários”, afirmou o presidente.
Embora a Ucrânia tenha solicitado repetidamente a adesão à OTAN, a aliança ainda não estabeleceu um cronograma para a formalização do convite.
Zelensky destacou que o apoio dos aliados é decisivo e que o país deve persistir na busca por essa inclusão, mesmo diante dos grandes desafios que ela envolve.
Além disso, o presidente ucraniano também comentou sobre as intenções de Putin, acreditando que os objetivos principais do líder russo são ocupar completamente a região do Donbass, incluindo Donetsk e Luhansk, e expulsar as forças ucranianas que controlam partes da região de Kursk, na Rússia, desde agosto.
Entenda o conflito
A guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, envolveu uma invasão russa por três frentes: a fronteira russa, a Crimeia e Belarus, aliado do Kremlin.
Nos primeiros dias, as forças russas conseguiram avançar, mas a resistência ucraniana, especialmente em Kiev, conseguiu manter o controle da capital, apesar dos ataques.
A invasão gerou condenação internacional e resultou em sanções econômicas impostas pela comunidade ocidental.
Em outubro deste ano, o conflito entrou em uma fase ainda mais tensa. A Rússia utilizou um míssil hipersônico de alcance intermediário, carregando ogivas convencionais, mas com a capacidade de transportar material nuclear.
Isso aconteceu após uma série de ofensivas ucranianas dentro do território russo, utilizando armamentos fornecidos por países ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e França.
O líder russo, Vladimir Putin, afirmou que as forças russas estão avançando de forma mais eficaz e que a Rússia cumprirá seus objetivos na Ucrânia, embora não tenha detalhado quais são esses objetivos.
Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, que inclui Donetsk e Luhansk, além de expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, que estão sob controle ucraniano desde agosto.