Zelensky responde a Lula sobre Crimeia e diz que não negocia território

Por Agência de Notícias
07/04/2023 22:12 Atualizado: 07/04/2023 22:12

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assegurou nesta sexta-feira que a ordem voltará às relações internacionais “somente quando a bandeira ucraniana retornar à Crimeia” e lá houver liberdade.

Desta forma, Zelensky se pronunciou horas depois de saber de sugestões como a recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que Kiev renuncie à Crimeia para parar a guerra.

“O mundo deveria saber: o respeito e a ordem retornarão às relações internacionais somente quando a bandeira ucraniana retornar à Crimeia, quando houver liberdade lá, como em qualquer outro lugar da Ucrânia”, disse Zelensky hoje, em seu habitual discurso noturno.

O presidente ucraniano fez alusão à Crimeia ao comentar que o país acrescentou “uma nova tradição de respeito à vida oficial do nosso Estado”, em relação à comunidade muçulmana naquela região.

“Centenas de milhares de muçulmanos na Ucrânia e na comunidade muçulmana do mundo (diferentes países, diferentes nações) observam um jejum estrito durante o mês sagrado do Ramadã. Quando o sol se põe, tem lugar o jantar Iftar”.

Segundo Zelensky, na Ucrânia “é respeitado todos os lados, e mesmo na linha de frente, mesmo em condições de combate”.

“O povo tártaro da Crimeia respeita o Ramadã”, acrescentou. “O respeito deve ser sempre mútuo. Portanto, a partir deste ano, um evento de respeito tão especial será realizado anualmente na Ucrânia com a participação do chefe de Estado. E hoje pela primeira vez no centro cultural tártaro da Crimeia”.

O presidente da Ucrânia, juntamente com soldados muçulmanos ucranianos, líderes dos Mejlis do povo tártaro da Crimeia e representantes do clero muçulmano, participaram do Iftar, jantar realizado durante o mês sagrado do Ramadã para os muçulmanos.

O evento aconteceu no território do centro cultural tártaro da Crimeia, na região de Kiev.

Neste ato, Zelensky afirmou que “a grande comunidade muçulmana mundial pode sempre confiar na Ucrânia”, no seu “respeito e solidariedade”.

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