Por Jack Phillips
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse na quarta-feira que conversou com o presidente Joe Biden sobre o conflito Ucrânia-Rússia, que já dura semanas.
Os dois “falaram sobre apoio defensivo específico, um novo pacote de sanções reforçadas e sobre ajuda macrofinanceira e humanitária”, escreveu Zelensky nas redes sociais. Ele disse que também forneceu uma “avaliação da situação no campo de batalha e na mesa de negociações”.
Quase cinco semanas depois de uma invasão na qual não conseguiu capturar a maioria das grandes cidades, a Rússia havia dito na terça-feira que reduziria as operações perto de Kiev e da cidade de Chernihiv, no norte, “para aumentar a confiança mútua” nas negociações de paz.
O bombardeio intensificado pôde ser ouvido em Kiev na manhã de quarta-feira a partir de subúrbios onde as forças ucranianas recuperaram território nos últimos dias. A capital em si não foi atingida, mas as janelas chacoalharam com a artilharia implacável em seus arredores.
Em um comunicado, a Casa Branca também disse que Biden e Zelensky “discutiram como os Estados Unidos estão trabalhando 24 horas por dia para atender aos principais pedidos de assistência de segurança da Ucrânia, os efeitos críticos que essas armas tiveram no conflito e os esforços contínuos dos Estados Unidos, aliados e parceiros para identificar capacidades adicionais para ajudar os militares ucranianos”.
“Além disso, o presidente Biden informou o presidente Zelensky que os Estados Unidos pretendem fornecer ao governo ucraniano US$ 500 milhões em ajuda orçamentária direta”, continuou o comunicado
Nesta semana, líderes ucranianos e ocidentais alertaram que o aparente gesto de paz de Moscou nas negociações de terça-feira em Istambul era um disfarce para a reorganização das forças que não conseguiram tomar Kiev.
O Ministério da Defesa da Rússia disse na quarta-feira que suas forças estão se reagrupando perto de Kiev e Chernihiv para se concentrar na “libertação” da região separatista de Donbass.
Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério, o major-general Igor Konashenkov, disse que “o reagrupamento planejado de tropas está ocorrendo nas direções de Kiev e Chernihiv”, segundo a mídia estatal.
“Acho que devemos estar atentos à realidade do que está acontecendo no terreno e ninguém deve ser enganado pelos anúncios da Rússia”, disse a diretora de comunicação da Casa Branca, Kate Bedingfield, em entrevista coletiva na Casa Branca na terça-feira.
Um movimento de tropas russas é “uma redistribuição e não uma retirada, e o mundo deve estar preparado para uma grande ofensiva contra outras áreas da Ucrânia”, acrescentou Bedingfield.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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