Zelensky diz que Rússia levou a guerra à Ucrânia e “deve sentir o que fez”

Por Agência de Notícias
09/08/2024 14:44 Atualizado: 09/08/2024 14:44

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira (09) que a Rússia levou a guerra a seu país e “deveria sentir o que fez”, em referência às incursões que o Exército de Kiev está realizando na região russa de Kursk.

“A Rússia trouxe a guerra à nossa terra e deveria sentir o que fez. Esforçamo-nos para alcançar nossos objetivos o mais rapidamente possível em tempos de paz, sob condições de paz justas. E assim será”, declarou Zelensky em uma mensagem publicada no seu site.

O Exército russo teve que mobilizar ontem toda a sua artilharia pesada e aviação para expulsar as tropas ucranianas que entraram no seu território há quatro dias, mostrando sua fragilidade defensiva na fronteira face a uma operação que tem recebido apoio do Ocidente.

Esta é a primeira vez que soldados ucranianos entram em território russo desde o início da invasão da Ucrânia, movimentos sobre os quais as autoridades de Kiev não quiseram, até agora, dar muitos detalhes.

“Cabe ao Exército dizer o que se passa ali”, disse ontem Mykhailo Podolyak, assessor-chefe do gabinete presidencial ucraniano, naquele que foi o primeiro comentário sobre o assunto por parte de um representante do governo.

Podolyak destacou a crescente eficiência das “operações militares da Ucrânia na zona de hostilidades” e explicou que isto poderia influenciar a posição da Rússia em relação a possíveis negociações.

“Hoje temos uma guerra que está gradualmente se movendo para o interior da Federação Russa. Será que isso os assustará? Sim. Eles reagem a outra coisa senão ao medo? Não”, comentou Podolyak.

Em sua mensagem de hoje, Zelensky não oferece mais detalhes sobre esta operação em Kursk, mas agradece a “cada guerreiro, cada soldado e comandante que garante a defesa das nossas posições ucranianas e o cumprimento das nossas tarefas defensivas”.

“Os ucranianos sabem como atingir os seus objetivos. E alcançar os objetivos na guerra não foi a nossa escolha”, acrescentou.