O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou nesta terça-feira para uma multidão na Praça Lukiskiu, em Vilnius, capital da Lituânia, onde os líderes da OTAN concluíam a sua declaração sobre a futura adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.
No palco montado na praça, Zelensky disse que foi a Vilnius “com confiança nos parceiros da OTAN”, uma organização que, segundo ele, “não se curvará a nenhum agressor” e “dará segurança à Ucrânia”.
“A Rússia nunca mais atacará os países bálticos, marchará sobre Praga ou atacará a Finlândia, nunca mais ocupará a Europa”, proclamou o mandatário a partir deste local emblemático, em meio a milhares de lituanos reunidos com bandeiras ucranianas.
O discurso, carregado de emoção, foi acompanhado pelo hino ucraniano, entre aplausos do público a cada frase do líder ucraniano, traduzidas por um intérprete.
Por fim, Zelensky hasteou uma bandeira ucraniana, levada da cidade de Bakhmut, em meio a outras manifestações de apoio.
Solidariedade com a Ucrânia
O discurso do líder ucraniano foi proferido poucas horas depois de ter chegado à capital lituana, onde deverá participar em um jantar oferecido pelo presidente do país báltico, Gitanas Nauseda, aos líderes e convidados da OTAN.
A fala coincidiu com a apresentação, pelo secretário-geral da entidade, Jens Stoltenberg, da declaração acordada entre os membros da OTAN, e com a espera de que amanhã se forme o chamado Conselho OTAN-Ucrânia, com presença do líder ucraniano.
O texto torna explícito que os líderes da OTAN convidarão a Ucrânia a se tornar membro da organização quando os aliados concordarem em fazê-lo e quando o país cumprir as condições, anunciou Stoltenberg.
Zelensky chegou à capital lituana a bordo de um avião colocado à disposição do líder ucraniano pelo governo polonês, segundo fontes presidenciais ucranianas em Kiev.
Em seguida, foi conduzido ao centro da cidade em carro oficial, enquanto a imprensa lituana já divulgava as primeiras imagens do líder ucraniano, usando a sua caraterística camiseta militar verde e acenando de dentro do veículo.
Desde o início da invasão militar russa a Ucrânia não pode realizar voos no seu território, o que obriga os dirigentes ucranianos a viajar regularmente de trem para a Polônia antes de pegarem voos para os seus destinos finais.
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