O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a recuperação de 115 prisioneiros de guerra mantidos em cativeiro russo enquanto a Ucrânia celebra seu Dia da Independência neste sábado (24).
“Outros 115 defensores voltaram para casa hoje. Esses são soldados da Guarda Nacional, das Forças Armadas, da Marinha e da Guarda de Fronteira do Estado”, escreveu o governante nas redes sociais, juntamente com fotos mostrando os ex-prisioneiros envoltos em bandeiras ucranianas.
Minutos antes, o Ministério da Defesa da Rússia havia informado a troca entre os dois países de 230 prisioneiros de guerra, capturados, no caso dos russos, durante a incursão na fronteira ucraniana na região de Kursk.
“Em troca, 115 soldados foram entregues ao Exército ucraniano”, disse o comunicado de Moscou.
O presidente ucraniano agradeceu aos aliados de Kiev e aos Emirados Árabes, que haviam mediado trocas anteriores, por tornar a troca possível.
“Nós nos lembramos de cada um de vocês. Estamos procurando maneiras e fazendo tudo o que podemos para trazer todos de volta”, disse Zelensky, dirigindo-se aos soldados ucranianos que permanecem em cativeiro.
“Obrigado a todas as unidades que contribuem para o nosso fundo de troca. Isso torna mais próxima a libertação de nossos militares e civis do cativeiro russo”, acrescentou, referindo-se à captura de mais prisioneiros de guerra russos em Kursk.
Os 115 prisioneiros russos libertos estão agora no território de Belarus, onde passam por testes médicos e psicológicos.
A nota oficial especifica que a troca foi possível graças à mediação humanitária dos Emirados Árabes, que já tinham mediado em ocasiões anteriores.
Nessa linha, o Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes anunciou que um novo processo de troca de prisioneiros foi concluído com sucesso entre a Rússia e a Ucrânia, dessa vez de 230 prisioneiros divididos igualmente, acrescentando que essa é a sétima mediação realizada pelo país do Golfo até agora neste ano.
O número total de prisioneiros trocados entre os dois países é de 1.788, declarou o ministério emiradense em um comunicado, agradecendo à Rússia e à Ucrânia por sua “cooperação com a mediação”.
Essa nova troca ocorre “aproximadamente um mês após uma mediação anterior bem-sucedida, refletindo o compromisso dos Emirados Árabes como mediador confiável para ambos os lados no apoio à via diplomática para resolver a crise entre os dois países”.
