O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou nesta quarta-feira (06) em uma reunião anterior ao início da 52ª sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pediu aos países-membros que ajudem sua nação na guerra contra a Rússia, como acredita que fariam os libertadores Simón Bolívar e José de San Martín.
“De que lado estaria Simón Bolívar em uma guerra como esta que a Rússia desatou contra a Ucrânia? Quem San Martín apoiaria?”, perguntou Zelensky ao discursar remotamente em uma reunião dos chefes de delegação com os observadores permanentes, prévia ao início da Assembleia.
“Acho que eles não apoiariam alguém que enfrenta um país menor como um colonizador típico, alguém que mente constantemente e não chama uma guerra de guerra”, respondeu o próprio Zelensky, antes de acrescentar que os libertadores citados não apoiariam alguém que “leva pessoas à pobreza por meio de preços e crises energéticas, ambas artificiais, e faz guerra contra civis”.
O presidente ucraniano reconheceu que, em alguns dos países que fazem parte da OEA, “a visão russa da guerra é dominante”, embora tenha ressaltado que é “falsa”.
“Peço a vocês que olhem para os fatos, olhem de seu ponto de vista (…) o que a América viu, a luta pela independência”, comentou.
Mais tarde, Zelensky agradeceu aos países que apoiaram “fortemente” a Ucrânia, embora não tenha se referido a nenhum deles diretamente.
Mesmo assim, pediu-lhes que mantenham e aumentem esse apoio “em vários níveis”, primeiramente nas organizações internacionais, “especialmente na Assembleia Geral da ONU”, onde os instou a votar a favor das iniciativas promovidas pela Ucrânia.
Em seguida, sugeriu que os países-membros da OEA “não se associem com aqueles que inevitavelmente serão condenados pela comunidade internacional”.
Antes de concluir seu discurso, Zelensky despediu-se proclamando “viva a liberdade” em espanhol.
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