Zelensky admite que a situação é difícil com avanço russo

Por Agência de Notícias
16/11/2024 11:51 Atualizado: 16/11/2024 11:51

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, destacou neste sábado (16) que a situação no leste do país é complicada, com um avanço das tropas russas e sem possibilidade de rotação na linha da frente diante da falta de armas e equipamentos nas brigadas de reserva.

“No leste, a situação é realmente difícil. Há uma lenta pressão e um avanço dos russos. Por vários motivos, encher as nossas brigadas com gente preparada, encher e equipar as brigadas com armas, todos esses processos foram bastante lentos”, disse Zelensky em uma entrevista por ocasião do centenário da Rádio Ucraniana.

Ele acrescentou que você não pode simplesmente encher uma brigada com pessoas se espera certas armas.

“Esperamos 12 meses para que algumas armas nos fossem entregues depois de terem sido aprovadas pelo Congresso” americano, lamentou.

Ele ressaltou que no leste existem brigadas nas quais os soldados estão há muito tempo, brigadas muito fortes que precisam ser rotacionadas e substituídas por outras.

Devido à ofensiva russa e ao cansaço, os soldados “perguntam se podem recuar” e a cúpula militar diz “sim”, porque “esta é a nossa posição comum: primeiro o povo e depois a terra”, acrescentou.

Ele acrescentou que as pessoas precisam ter certeza de que a rotação continua, que “há outra brigada atrás delas, armada e pronta para atacar”.

“Estamos falando de um conjunto de brigadas, mas seu preenchimento e sua dotação de pessoal são muito lentos. Estamos preenchendo esta lacuna com produção interna, mas não toda”, disse.

Zelensky estava convencido de que a Rússia não pode continuar avançando com perdas entre 1,5 mil e 2 mil feridos e mortos por dia e acrescentou que “em algumas áreas, o avanço já desacelerou”.

No entanto, acrescentou, “é preciso compreender o que os russos querem” e afirmou que este é um Estado que “não valoriza o seu povo e não se importa com quantos morrem”.

“E da nossa parte, devemos fazer todo o possível para que a guerra termine no próximo ano. Através de meios diplomáticos. Isto é muito importante”, disse.