Zelensky abre cúpula de paz apelando ao multilateralismo para acabar com a guerra

Por Agência de Notícias
15/06/2024 13:42 Atualizado: 15/06/2024 13:42

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, abriu neste sábado (15) juntamente com sua homóloga e anfitriã suíça, Viola Amherd, a primeira cúpula de paz promovida por Kiev com um apelo ao multilateralismo e à unidade global em torno dos princípios da Carta das Nações Unidas para acabar com a guerra e alcançar uma “paz justa”.

“As opiniões, ideias e liderança de todos os países são igualmente importantes para nós”, disse Zelensky, que anunciou que a cúpula contará com representantes em diferentes níveis de um total de 101 países e organizações internacionais.

O mandatário ucraniano passou em revista o longo caminho até à cúpula que se realiza neste fim de semana, que começou com a apresentação da chamada “Fórmula da Paz” ucraniana na cúpula do G20 realizada em Bali em novembro de 2022 e continuou com quatro reuniões de conselheiros de chefes de Estado e de Governo para discutir este documento.

Zelensky descreveu como um “sucesso” o fato de que o processo culmine agora com a celebração de uma cúpula à qual aderiram um número maior de países do que aqueles que estiveram representados em reuniões anteriores.

“Tudo o que for acordado nesta cúpula hoje fará parte do processo para alcançar a paz de que todos necessitamos. Acredito que vamos assistir à construção de uma história nesta cúpula”, declarou o chefe de Estado ucraniano, agradecendo a todos os participantes por terem aceitado seu convite para o encontro na Suíça.

Kiev aspira a obter declarações consensuais a favor da libertação dos prisioneiros de guerra de ambos os lados e do regresso ao território controlado pelo governo ucraniano de todos os civis detidos e deportados, incluindo menores.

O governo de Zelensky também espera conseguir um acordo que apela ao regresso da segurança nuclear e alimentar violadas pela invasão russa da Ucrânia.

As declarações aprovadas serão apresentadas ao Kremlin para tentar pressionar Moscou a agir na direção solicitada pelos países signatários.