O líder da China, Xi Jinping, pediu aos Estados Unidos para “não apostarem contra a China” ou “interferirem em seus assuntos internos”, durante um jantar com empresários americanos em São Francisco, onde estiveram presentes, entre outros, Elon Musk, da Tesla, e Tim Cook, da Apple.
Xi participou do jantar depois de ter se reunido horas antes com o presidente americano, Joe Biden, para tentar estabilizar os laços e evitar um conflito aberto devido à sua relação competitiva.
“A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere em seus assuntos internos. A China não tem intenção de desafiar os Estados Unidos ou de desbancá-los. Pelo contrário, ficaremos felizes em ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, declarou o líder chinês em seu discurso, segundo a agência oficial de notícias chinesa “Xinhua”.
Da mesma forma, Xi expressou sua esperança de que Washington “acolha uma China pacífica, estável e próspera”.
O presidente do gigante asiático afirmou ainda que é “um erro” ver a China, que está “empenhada no desenvolvimento pacífico”, como “uma ameaça” e jogar “um jogo de soma zero” contra ela.
Xi enfatizou que a cooperação mutuamente benéfica é “a tendência dos tempos atuais” e “uma propriedade inerente” das relações entre as duas potências.
“A China está buscando um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão revitalizando sua economia. Há muito espaço para nossa cooperação e somos plenamente capazes de ajudar uns aos outros a ter sucesso e alcançar resultados mutuamente benéficos”, completou o presidente chinês.
O jantar, realizado à margem do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que acontece em São Francisco até sexta-feira, reuniu magnatas e diretores-executivos de grandes empresas que pagaram até US$ 40 mil por cada mesa de oito pessoas.
A visita de Xi, com o primeiro encontro com Biden após um ano de isolamento total, também ocorre em um momento em que empresas americanas e ocidentais tentam reduzir o risco das suas cadeias de abastecimento, transferindo algumas das suas operações para fora da China.
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