O líder do Partido Comunista Chinês (PCCh), Xi Jinping, chegará na Rússia na próxima segunda-feira (20), em uma visita oficial com duração de três dias, conforme anunciou nesta sexta-feira (17) o Kremlin, através de comunicado.
“Nas conversações, serão abordados assuntos atuais do desenvolvimento futuro das relações de associação e interação estratégica entre Rússia e China”, aponta a nota oficial.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse nesta sexta-feira (17), em entrevista coletiva, que a viagem de Xi será “uma visita de paz”.
Além disso, o chanceler garantiu que Pequim “manterá sua posição objetiva e justa sobre a crise da Ucrânia” e ‘desempenhará um papel construtivo na promoção das conversas de paz”.
“A visita versará sobre a amizade e tem como objetivo aprofundar a confiança mútua entre os dois países. Os dois líderes trocarão ponto de vista sobre sua cooperação pragmática e preocupações comuns, e seguirão impulsionando a conectividade na base dos projetos das Novas Rotas da Sede e da União Econômica Euroasiática’, disse Wang.
Além disso, segundo o ministro, os países trabalharão para ‘salvaguardar, conjuntamente, a estabilidade da cadeia industrial, aprofundar trocar em todos os níveis para consolidar sua amizade, promover a cooperação e injetar mais energia positiva para a recuperação econômica mundial”.
Por sua vez, o Kremlin divulgou nesta sexta-feira (17), que os dois presidentes debaterão “temas da atualidade”, relacionados com o “futuro desenvolvimento da associação integral e cooperação estratégica entre Rússia e China.
O país asiático insiste que as próximas relações entre Pequim e Moscou ‘não ameaçam a nenhum país” e que ‘fazem avançar a multipolarização do mundo”.
No ano passado, Xi e Putin aproximaram os laços poucos dias depois de ter eclodido a guerra da Ucrânia, sobre a qual a China mantém postura ambígua, pedindo “respeito à integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e “atenção às legítimas preocupações” das diferentes nações, em referência à Rússia.
Pequim, que não apoiou explicitamente Moscou, se opõe às sanções impostas em decorrência ao conflito militar, ao argumentar que “não resolvem os problemas.
Durante reunião realizada no Uzbequistão, no fim do ano passado, Putin destacou o fato de a China ter mantido sempre “uma postura equilibrada” sobre a Ucrânia, embora tenha admitido “perguntas e preocupações” do país asiático.
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