Xi defende amizade entre China e Rússia apesar de situação internacional turbulenta

Por Agência de Notícias
22/10/2024 14:42 Atualizado: 22/10/2024 14:42

O ditador chinês, Xi Jinping, defendeu nesta terça-feira a amizade “inquebrantável” com a Rússia, apesar da situação internacional turbulenta, ao se reunir com o líder russo, Vladimir Putin, como parte da cúpula do BRICS.

“A situação internacional está passando por grandes mudanças e turbulências, mas isso não pode minar minha crença na inquebrantável escolha estratégica dos dois países”, declarou Xi no início da reunião na cidade russa de Kazan.

Xi enfatizou que, apesar das transformações tectônicas sem precedentes em vários séculos, a profunda amizade entre chineses e russos e seu senso de dever como grandes potências permanecem “inalterados”.

O ditador chinês agradeceu a Putin pelo convite para visitar a capital tártara e lembrou que este é o terceiro encontro entre os dois líderes neste ano. Além disso, observou que Rússia e China comemoraram recentemente o 75º aniversário de suas relações diplomáticas.

“Seguimos o caminho certo para construir relações entre grandes potências com base nos princípios de não alinhamento, não confronto e não direcionamento a terceiros países”, analisou.

Xi enfatizou que o grupo BRICS é uma das plataformas mais importantes para a promoção de uma nova ordem mundial multipolar e enfatizou a grande importância da cúpula, já que será a primeira desde a adesão do Egito, Irã, Emirados Árabes e Etiópia.

Putin destacou que as relações estratégicas com a China são “um exemplo” para todos os países, pois são mutuamente benéficas e não respondem a circunstâncias econômicas.

“A cooperação russo-chinesa em assuntos mundiais é um dos fatores de estabilização na arena internacional. Pretendemos expandir ainda mais a cooperação em todas as plataformas internacionais a fim de garantir a segurança global e uma ordem mundial justa”, argumentou.

O chefe de Estado russo presidirá um jantar em Kazan nesta noite que contará com a presença de representantes dos nove integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Emirados Árabes e Etiópia) e de cerca de 20 países interessados em se juntar ao grupo.