O Google ajudou a Al-Qaeda e outros grupos salafistas como a Irmandade Muçulmana a ganhar novos membros no início do conflito sírio, segundo documentos secretos e e-mails vazados pelo Wikileaks.
Segundo os documentos, o então diretor do Google Ideas, Jared Cohen coordenou ações para apoiar os grupos rebeldes, opositores ao atual governo de Bashar al-Assad, com a então Ministra das Relações Exteriores dos EUA, Hillary Clinton, e o Vice-Secretário de Estado dos EUA, William Burns. O Google empregou sua tecnologia para ajudar o conflito na Síria a ganhar força.
Em julho de 2012, o Google forneceu um sistema para rastear deserções na Síria e repassar as informações à mídia Al-Jazeera, a qual ajudaria espalhar as informações na região. Essa ação coordenada entre os oficiais dos EUA e Google, teve o objetivo de encorajar mais pessoas a pegar em armas e se juntar às fileiras dos rebeldes.
No email vazado, consta que o Diretor de Planejamento de Políticas para o ex-presidente Barack Obama, Jake Sullivan, disse a Hillary Clinton – ele serviu como conselheiro na última eleição presidencial dos EUA -, que “esta é uma idéia muito boa”.
A administração dos EUA em 2012 já estava ciente do fato de que a oposição no conflito sírio consistia principalmente da Al-Qaeda e outros grupos jihadistas. Em um relatório antes secreto, agora público, da administração dos EUA sobre o conflito sírio é afirmado que “os salafistas, a Irmandade Muçulmana e Al-Qaeda são as principais forças que dirigem a insurgência na Síria”.