Você tem que escolher entre “liberdade e socialismo”, diz Pence, dando como exemplo a Venezuela

"Foi a liberdade, não o socialismo, que nos deu a economia mais próspera da história do mundo"

02/03/2019 13:18 Atualizado: 02/03/2019 13:18

Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times

O vice-presidente Mike Pence disse durante o maior encontro de conservadores dos Estados Unidos que os norte-americanos que votarem nas eleições presidenciais de 2020 estarão escolhendo entre “liberdade e socialismo”.

Em um discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Maryland, em 1º de março, Pence disse que o principal candidato democrata à corrida presidencial de 2020, o senador Bernie Sanders, é um socialista declarado. Enquanto isso, acrescenta Pence, muitos dos outros candidatos democratas apóiam políticas socialistas como o Novo Acordo Verde (Green New Deal) e o Medicare for All.

Políticas socialistas semelhantes falharam em todos os lugares onde foram implementadas e empobreceram milhões de pessoas, disse Pence. No entanto, os candidatos presidenciais democratas, incluindo a senadora Kamala Harris e a senadora Corey Booker, estão promovendo as mesmas políticas como “slogans de adesivos para parachoques de caminhão” e “engenhosas campanhas nas redes sociais”, disse Pence.

“Sob o disfarce do Medicare for All e o Green New Deal, os democratas estão adotando as mesmas teorias econômicas sem brilho que empobreceram nações e afogaram a liberdade de milhões de pessoas no último século. Esse sistema é socialismo”, disse Pence.

“O que o Medicare for All realmente significa, é um atendimento de saúde de qualidade para ninguém”, acrescentou. “A única coisa verde sobre o chamado Novo Acordo Verde é quanto custará aos contribuintes se essas pessoas transformarem isso em lei.”

Pence apontou a Venezuela como um exemplo do fracasso do socialismo. A outrora rica nação petroleira foi paralisada pelas políticas socialistas do agora ditador ilegítimo Nicolás Maduro. Nove em cada dez venezuelanos vivem abaixo da linha da pobreza e mais de três milhões fugiram do país, disse Pence.

A luta que está sendo travada na Venezuela é entre “socialismo e liberdade”, sugeriu Pence.

“A verdade é que a Venezuela precisa do que os Estados Unidos têm. A Venezuela precisa de liberdade”, disse Pence. “Liberdade é permitir que as pessoas vivam suas vidas como bem entenderem, não controladas pelo governo. A liberdade produz mais e melhores produtos do que qualquer sistema em qualquer outro lugar e tempo (…) na história do mundo”.

“A liberdade é mais generosa, mais útil e mais humana do que qualquer outro modelo social ou econômico já experimentado”, acrescentou o vice-presidente. “Porque é a única filosofia que respeita a dignidade e o valor de cada vida e vê todos os homens, mulheres e crianças como feitos à imagem de Deus. Isso é liberdade”.

A escolha entre socialismo e liberdade será crucial nos 20 meses que antecederão a eleição presidencial, disse Pence aos milhares de pessoas reunidas na CPAC e aos milhões que assistiram em todo o mundo.

O vice-presidente dedicou a primeira metade de seu discurso para falar dos sucessos do presidente Donald Trump em questões de política interna e externa. A agenda de cortes de impostos e desregulamentação de Trump, ambos contrários ao socialismo, levaram a um boom econômico. Enquanto isso, a postura firme do presidente com os “Estados Unidos”, primeiro no cenário mundial que vai contra o globalismo promovido pelos socialistas, revigorou a indústria norte-americana, criando 480 mil empregos no setor manufatureiro.

Mas Pence advertiu que o progresso alcançado com Trump poderá ser revertido se um socialista chegar ao poder.

“Vamos deixar os democratas fazerem os Estados Unidos darem uma forte guinada para a esquerda e perder todos os lucros pelos quais tanto lutamos?”, perguntou Pence ao público. “Se fizermos uma eleição entre liberdade e socialismo, o povo norte-americano votará na liberdade todas as vezes.”

Os comentários de Pence coincidiram com um tema que foi desenvolvido durante o primeiro e segundo dias no CPAC, com os principais oradores que expuseram e criticaram a virada do Partido Democrata em direção ao socialismo. Embora apenas alguns legisladores se identifiquem abertamente como socialistas, cerca de 40% dos democratas na Câmara dos Deputados fazem parte do Caucus Progressista do Congresso, fundado por Sanders. O caucus apoia esmagadoramente o Novo Acordo Verde e o Medicare para Todos.

O Novo Acordo Verde custaria US$ 93 trilhões ao longo de 10 anos, de acordo com uma estimativa. O valor é 33 trilhões de dólares maior do que todos os gastos governamentais estimados durante o mesmo período. Enquanto isso, a política implicaria uma expansão maciça do governo em direção ao setor privado, com metas radicais, como substituir todos os carros movidos a motores de combustão por veículos elétricos e reconstruir ou substituir todos os edifícios nos Estados Unidos. Os conservadores vêem essa expansão como uma mudança em direção à coerção e ao controle do governo e cada vez mais longe da liberdade.

“Foi a liberdade, não o socialismo, que nos deu a economia mais próspera da história do mundo”, disse Pence. “Foi a liberdade, não o socialismo, que acabou com a escravidão, venceu duas guerras mundiais e hoje continua sendo o farol de esperança para o mundo inteiro”.

“É a liberdade, não o socialismo, que está nos levando além dos preconceitos do passado de forma a criar uma união mais perfeita e estender as bênçãos da liberdade a todos os norte-americanos, sem importar sua raça, credo ou cor”, acrescentou. “E foi a liberdade, não o socialismo, que nos deu a mais alta qualidade de vida, o meio ambiente mais limpo da Terra, e melhorou a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo.”

“Foi a liberdade”, disse Pence, e foi aplaudido de pé.

Colaborou: Charlotte Cuthbertson, Epoch Times