Por Maria Cecília Araujo Lemos, Terça Livre
Somente no mês de outubro deste ano foram registrados quase 1.500 manifestações na Venezuela de acordo com a ONG Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais (OVCS), os cidadãos do país pedem por serviços básicos, entre eles, água potável, condições melhores de trabalho e gás de cozinha.
Segundo a Organização dos 1.484 protestos, 1.381 foram por causa da falta de água potável, as frequentes quedas de energia e alta escassez de gás de cozinha.
Exigências dos civis
- Os Habitantes das cidades pequenas e grandes continuam a reclamar os serviços básicos que estão em falta no país. Em outubro a maior exigência foi o gás de cozinha, por causa do alto preço cobrado pelo Estado.
- Professores de todo país se pronunciaram energeticamente por causa das baixas remunerações pagas pelo governo, o salário mínimo é cerca 10 reais e, também, o comprimento das clausulas do contrato.
- Profissionais de saúde locais se mobilizam exigindo salários dignos, matérias e equipamentos de trabalho para garantir a integridade e a recuperação dos pacientes.
- Docentes, professores e padres pedem o direito a educação, de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação para a volta as aulas presenciais com as condições mínimas para não propagação do Covid-19.
- As falhas de energia continuam em todo território devido ao colapso em geradores das comunidades, fazendo com que os habitantes ficarem sem luz por vários dias.
- A garantia de alimentos é um desafio devido o baixo salário entregue a família venezuelana.
Vale apena ressaltar que muitos desses protestos foram altamente reprimidos em 17 estados da região. Deixando vários presos e feridos.
O relatório informou que por causa do isolamento social imposto pelo Estado as restrições de mobilizações e repreensões militares aumentaram muito contra o povo que se manifesta pacificamente.
Manifestações
As passeatas em relação do colapso dos direitos básicos foi o que mais se destacou, contabilizando 966 no mês. famílias, trabalhadores, estudantes, enfermos, os “privados de liberdade”, produtores e comerciantes sofrem com a falta de água, energia, que chegam a ficar dias sem poder ser utilizados, e o gás de cozinha.
A Organização desabafa em seu relatório dizendo que problema está longe de ser solucionado.
“Um país onde poder contar com serviços de gás, eletricidade e água durante às 24 horas do dia é quase uma exceção”.
Os manifestantes que pedem por condições melhores de trabalho se apelidam de, os “salarios de hambre” (salários de fome), e ainda há quem diga que a situação na Venezuela está sob controle. Esse apelido se dá pelo péssimo ambiente de trabalho a que estão sujeitos. Resultando 544 protestos, ou seja, 18 por dia.
“Atualmente um salário mínimo na Venezuela equivale a dois dólares”, disse a Organização.
Os 221 protestos exigem água potável, o que representa 7 manifestações por dia.
A situação se agrava pelo país e continua sem solução, apesar dos múltiplos protestos, denuncias e os registros que acusam a falta de água para beber.
O desejo de participação politica também vem crescendo no país. A oposição do partido do ditador Nicolás Maduro teme que possíveis fraudes ocorram nas eleições que serão realizadas no dia 6 de dezembro.
Apelo dos venezuelanos
A ONG diz que a Venezuela está imersa em inúmeros conflitos e tenções que se agravem ao longo dos dias, a crise humanitária está muito grave e afeta todos os habitantes devido às decisões e ações “daqueles que ostentam poder”.
Essa situação afeta, principalmente, os moradores do interior do país porque não têm a mínima assistência prometida pela gestão Maduro.
Ao concluir o relatório eles exigem que as autoridades respondam de forma democrática as exigências dos venezuelanos. Promovendo jornadas eleitorais para acabar com a instabilidade politica e, principalmente, devolvendo aos cidadãos os direitos que nascem com todos os seres humanos, a justiça e liberdade.
Fome para o povo e luxo para o ditador
Com o país em crise o ditador Nicolás Maduro, comeu no restaurante mais caro de Istambul, na Turquia, o Nusret Gökçe, cada refeição custa o mínimo de mil dólares, em 18 de setembro de 2018.
Um relatório do governo venezuelano indicou que mais de 60% da população acorda com fome por não ter dinheiro para comprar comida.
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