O regime da Venezuela e a opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) chegaram a um suposto acordo, nesta terça-feira (17), para que as eleições presidenciais de 2024 sejam realizadas no segundo semestre do ano, em data ainda a ser definida, com a observação de missões técnicas da União Europeia (UE) e da Organização das Nações Unidas (ONU), entre outras entidades internacionais.
As partes assinaram, em Barbados, um acordo sobre a “promoção dos direitos políticos para todos”, que inclui o pedido de missões de observação, de acordo com a Constituição e as leis locais.
Com a assinatura do pacto, o “partido governista” e a oposição se comprometem a solicitar que sejam convidadas “missões técnicas de observação eleitoral acordadas”, que incluem, além de UE e ONU, a União Africana, a União Interamericana de Organismos Eleitorais e o Carter Center.
O último processo eleitoral realizado no país, em novembro de 2021, quando se realizaram as eleições regionais, contou com várias missões de observação, incluindo a da UE, cujo relatório inicial, que não foi do agrado do chavismo, gerou uma crise que levou várias autoridades a garantirem que nenhuma missão do bloco europeu retornaria ao país.
À época, o regime alegou que um dos observadores da missão que visitou a Venezuela tinha violado um acordo que os proibia de se “intrometer nos assuntos políticos internos” da nação, algo que a missão negou.
O mais insistente foi o “presidente do Parlamento”, o chavista Jorge Rodríguez, que é, por sua vez, o chefe da delegação governamental para o diálogo com a oposição.
Entre para nosso canal do Telegram