Venezuela: regime de Maduro fecha fronteiras para pessoas e veículos nas vésperas das eleições

Por Agência de Notícias
26/07/2024 16:49 Atualizado: 26/07/2024 16:50

A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (26), às vésperas da realização das eleições presidenciais no próximo domingo, o fechamento das fronteiras para a circulação de pessoas e veículos.

Embora o comandante operacional da FANB, Domingo Hernández Lárez, tenha confirmado o fechamento na rede social X, uma recente resolução dos ministérios da Defesa e das Relações Interiores, de 18 de julho, estabelece um “controle estrito” da “circulação fronteiriça de pessoas, tanto por via terrestre, aérea e marítima, como também sobre a passagem de veículos”, mas sem se referir a qualquer tipo de fechamento.

Hernández Lárez destacou que esta medida, que começou a ser aplicada às 00h01 desta sexta-feira (horário local, 1h01 de Brasília), será prorrogada até às 8h da próxima segunda-feira, embora a resolução ministerial conjunta indicasse que o fim do “controle estrito” seria às 23h59 do dia 29.

O comandante da FANB explicou que o objetivo da medida é “proteger a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança” do país, que faz fronteira com Brasil e Colômbia.

A resolução das pastas da Defesa e do Interior, que “pode prorrogar os prazos e horários estabelecidos”, prevê ainda que “mantém-se a suspensão do porte de armas de fogo e armas brancas” e “está proibida a venda e distribuição de bebidas alcoólicas em todo o território nacional”.

Também estão proibidas “reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afetar o normal desenvolvimento” do processo eleitoral.

Em comunicado divulgado na quarta-feira passada, o candidato da oposição, Daniel Ceballos, pediu que fosse mantida aberta a fronteira entre a Venezuela e a Colômbia no dia das eleições, para facilitar a passagem dos venezuelanos residentes no país andino que desejam exercer seu direito de voto.

Posteriormente, Ceballos chegou a dizer que tinha alcançado o seu objetivo, uma afirmação que é refutada com o anúncio de hoje da FANB.