O governo da Venezuela felicitou nesta sexta-feira (10) a Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) por terem desenvolvido “exitosamente” o segundo ciclo dos diálogo de paz, que finalizou no México, com o reconhecimento por parte do Executivo de Gustavo Petro do status político do grupo guerrilheiro como uma “organização armada rebelde”.
Por meio de nota, o governo do país caribenho reconheceu o “trabalho construtivo realizado pelas partes neste ciclo que termina, expressado nos avanços alcançados, demonstrando um alto compromisso e capacidade de negociação, materializado nos acordos alcançados que permitem a solidificação de um diálogo franco, em nome da tão esperada paz do povo irmão da Colômbia”.
O Executivo de Nicolás Maduro reiterou ainda o seu compromisso “inabalável” de “continuar contribuindo (…) para o fortalecimento deste processo de diálogo, e contribuir com a política de paz total liderada pelo presidente colombiano”.
Da mesma forma, agradeceu ao governo do México pela “atenção e hospitalidade demonstradas na realização deste segundo ciclo de diálogos de paz”, ao mesmo tempo em que manifestou sua esperança de que, no próximo ciclo, que será realizado em Cuba, “os níveis de entendimento e cooperação entre as partes serão ainda mais aprofundadas”.
As delegações do governo colombiano e do ELN concluíram nesta sexta-feira, com a presença da vice-presidente do país andino, Francia Márquez, a segunda fase da Mesa de Diálogos de Paz, iniciada em fevereiro.
Os acordos selados no México também incluem mecanismos para a “participação da sociedade na construção da paz”, bem como o “exame desde uma perspectiva democrática do modelo econômico, do regime político e das doutrinas que impedem a unidade e a reconciliação nacional”.
Outro dos pontos acordados refere-se ao “reconhecimento de todas as vítimas” e “à assunção de responsabilidades que emana da verdade de todas e todos”.
As negociações entre o governo colombiano e a organização guerrilheira, interrompidas por quatro anos desde seu início em 2017, foram retomadas em Caracas em 2022 sob os auspícios de Cuba, Noruega e Venezuela como países garantidores.
México, Venezuela, Chile, Noruega e Brasil são os fiadores das negociações de paz, enquanto Suécia, Alemanha, Suíça e Espanha atuam como países acompanhantes.
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