Por EFE
Caracas, 4 mai – O chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada da Venezuela, Remigio Ceballos, revelou nesta segunda-feira que 25 mil militares participam de operação para capturar mais envolvidos na tentativa de invasão do país, supostamente para que fosse colocado em prática um golpe de Estado.
“Para garantir a busca de possíveis ameaças que se encontrem dentro do nosso sagrado território nacional, vamos executar operações de busca em todo o comprimento e largura do país”, afirmou o líder militar.
De acordo com o chefe do Comando, todo o efetivo da Força Armada venezuelana atuará na missão, que está sendo considerada parte dos exercícios permanentes ordenados pelo governante venezuelano, Nicolás Maduro, há algumas semanas.
Neste domingo, o governo anunciou ter frustrado uma tentativa de invasão feita por via marítima, através do estado de La Guaira, no norte do país e próximo à Caracas. O objetivo do grupo de “mercenários terroristas”, como classificaram as autoridades locais, era provocar violência e caos, além de promover um golpe.
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte – que é formada por governistas -, Diosdado Cabello, oito integrantes do grupo de supostos invasores foram mortos, enquanto dois foram presos pelas forças de segurança venezuelanas.
Um dos que teria sido abatido, chegou a se identificar em vídeo publicado antes da ação como capitão da Guarda Nacional Bolivariana, a polícia militar local.
Segundo Cabello, um dos detidos confessou ter trabalhado com a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA), que foi expulsa da Venezuela em 2005, sob a acusação de promover o narcotráfico e golpes de Estado na América Latina.
ACUSADOS SE MANIFESTAM
O autoproclamado presidente, Juan Guaidó, que é reconhecido por cerca de 50 países, entre eles o Brasil, considerou que a denúncia da tentativa de invasão pode ser falsa e garantiu não ter qualquer envolvimento com a ação.
O governo da Colômbia, que foi acusado pelas autoridades da Venezuela de treinar e aparelhar o grupo, se manifestou para condenar as afirmações.
“Trata-se de uma acusação infundada, que tenta comprometer o governo em uma trama especulativa”, apontou o Ministério de Relações Exteriores colombiano.