Venezuela e Rússia planejam assinar novos acordos em uma comissão conjunta a ser realizada em novembro com o objetivo de estabelecer uma aliança “estratégica” para a próxima década, anunciou o governo do país sul-americano nesta quarta-feira (24).
De acordo com uma nota oficial, a Comissão Intergovernamental Rússia-Venezuela será realizada em 7 de novembro – sem especificar o local – na qual delegações de ambos os países aliados “selarão laços transcendentais para os próximos dez anos”.
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, que está na cidade russa de Kazan, garantiu que seu país está preparado para “continuar recebendo investimentos” do gigante eurasiático, a fim de fortalecer a aliança com “a grande Rússia”.
“Todas as delegações estão preparadas para avançar nas questões de cooperação bilateral”, disse Maduro, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
Na quarta-feira, o líder russo, Vladimir Putin, recebeu Maduro e assegurou que o país caribenho é “um dos parceiros antigos e confiáveis da Rússia na América Latina e no mundo em geral”, ao mesmo tempo em que garantiu que as relações bilaterais de “parceria estratégica” continuam a “se fortalecer”.
Por sua vez, Maduro, que fez uma viagem surpresa à Rússia para a cúpula do BRICS em Kazan, disse que esse grupo de economias emergentes faz parte de “uma nova geopolítica, onde as novas superpotências”, como “China, Rússia e Índia, podem praticar relações de respeito e cooperação com os povos do Sul e do Leste global”.
Em setembro, a vice-presidente executiva e ministra do Petróleo da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou que ambos os países promoverão projetos de gás a partir de 2027 e, nesse sentido, garantiu que estão em “processo de estudos” e “explorações” para “aprofundar” a “cooperação energética”.