Venezuela e Colômbia estabelecem roteiro para “revitalizar” Amazônia

Por Agência de Notícias
08/11/2022 16:18 Atualizado: 08/11/2022 16:18

Os governos de Venezuela e Colômbia estabeleceram, dentro da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), realizada no Egito, um roteiro para “revitalizar” a Amazônia, informou nesta terça-feira o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em um comunicado.

O acordo foi alcançado após uma reunião entre, Nicolás Maduro e Gustavo Petro, em um Diálogo de Alto Nível sobre a Amazônia.

Maduro disse que os países da América do Sul têm a “responsabilidade” de impedir a “destruição” desta floresta tropical “e iniciar um processo de recuperação coordenado, eficiente, consciente e ativo”.

Da mesma forma, afirmou que o primeiro objetivo deveria ser a “recuperação” do Tratado de Cooperação Amazônica, “pela sua capacidade histórica de observar a Amazônia e por seu número de propostas”.

O ditador venezuelano acrescentou que esta questão deve ser colocada na agenda presidencial de ambas as nações como uma prioridade.

Por sua vez, Petro afirmou que é hora dos países do continente americano dialogarem para estabelecer um plano, porque “revitalizar” a Amazônia levará pelo menos duas décadas.

“Estamos determinados a revitalizar a selva amazônica e temos que abrir um fundo com capacidade financeira. Nós, a partir do orçamento nacional, sem sermos um país rico, vamos destinar US$ 200 milhões por ano durante 20 anos para revitalizar a floresta e esperamos que as contribuições do mundo possam ser expandidas”, disse ele, segundo o comunicado.

No último sábado, a Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica) apresentou um relatório no qual advertia que, se a destruição continuar, a Amazônia em breve se tornará uma savana emissora de CO2, razão pela qual pedem a extensão da proteção ambiental em 80% de sua superfície até o ano de 2025.

O coordenador geral da Coica, José Gregorio Díaz Mirabal, advertiu que “a Amazônia está chegando a um ponto sem volta”, já que a destruição deste ecossistema “vai emitir uma quantidade suficiente de CO2 para desequilibrar o clima planetário” e “prejudicará os esforços para conter o aquecimento global”.

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