Por Alicia Marquez
Um grupo de deputados da oposição da Venezuela rejeitou, na terça-feira, a aliança do ditador Nicolás Maduro com a Rússia para invadir a Ucrânia, e requisitou o fortalecimento dos laços nacionais e internacionais.
Em uma sessão online da Comissão Delegada da legítima Assembleia Nacional, os deputados pediram aos governos democráticos que sejam “claros sobre o grave perigo geopolítico” e ajam contra essa escalada russa.
A deputada Olivia Lozano afirmou que a aliança do presidente Nicolás Maduro com países totalitários coloca não apenas os democratas venezuelanos em “maior risco”, mas também a segurança e a estabilidade da região.
“É hora de pedir aos nossos colegas parlamentares hemisféricos que se manifestem fortemente contra as ações invasoras de Vladimir Putin na Ucrânia e suas alegações de exportar seu belicismo para a América Latina por meio de alianças com Maduro”, afirmou Lozano no dia 22 de fevereiro.
Ela destacou que as intenções de Putin são claras, “impor o totalitarismo global, sendo claro que Nicolás Maduro é um representante desses interesses no continente”.
Maduro mostrou seu “apoio irrestrito” a Putin quanto à invasão da Ucrânia, afirmando que irão se aliar cada vez mais.
No que lhe concerne, Erwin Luzardo, deputado pelo estado de Zulia, afirmou que a OTAN já está a par da situação na Ucrânia.
“Isso nos obriga a chamar a atenção para a alegação russa de querer envolver Cuba, Nicarágua e Venezuela no conflito por razões estratégicas – do ponto de vista da guerra – para ameaçar os Estados Unidos”, acrescentou.
Luzardo também afirmou que é necessária uma posição formal por parte da legítima Assembleia Nacional para denunciar perante o mundo a intenção do regime de Maduro de “ucranizar a Venezuela”.
“A intenção é que façamos parte de uma conflagração global, para que o regime possa se manter no poder”, acrescentou.
O deputado Ramón Lopez enfatizou que se o regime venezuelano apoiar a invasão russa da Ucrânia, isso desencadeará um perigoso conflito no país.
“Nossa posição deve ser de alerta para as democracias do mundo. O regime de Nicolás Maduro, apoiado por Putin, coloca nosso país como um satélite russo na América Latina. Portanto, pedimos aos nossos irmãos latino-americanos e aos Estados Unidos que apoiem o povo venezuelano, para que esse possível conflito armado não aprofunde a grave crise social e política na Venezuela”, declarou o parlamentar López.
Após a incursão do Kremlin no leste da Ucrânia na segunda-feira, o presidente interino, Juan Guaidó, expressou sua solidariedade com a República da Ucrânia após a agressão contra seu território.
Enquanto isso, o governo americano de Joe Biden anunciou sanções contra a Rússia na terça-feira, assim como o envio de tropas para os países bálticos.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também alertou que o mundo enfrenta uma das piores crises de paz e segurança dos últimos tempos, e descreveu o agravamento da crise desencadeada pela Rússia como algo inesperado.
Com informações da VOA.
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