A Venezuela acumulou inflação de 100,8% no primeiro semestre de 2023, segundo estimativas divulgadas nesta quinta-feira pelo Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), entidade formada por economistas e especialistas externos ao Banco Central do país.
Somente em junho, os preços ficaram mais caros, em média, 8,5%, com variações que incluem alta de 19,5% no setor de serviços, 6,9% no aluguel de moradias, 7% na categoria alimentação e bebidas não alcoólicas e 9,1% nas despesas relacionadas com o transporte.
Também foram registradas altas nos custos na área da saúde (7,2%), vestuário e calçado (7,8%), educação (8%), restaurantes e hotelaria (8,7%) e recreação (9%).
A inflação do sexto mês do ano supera a registrada em maio, quando fechou em 7,6%, sempre segundo estimativas do OVF.
O Banco Central da Venezuela, única entidade oficial a comunicar o comportamento da inflação, não segue qualquer periodicidade para divulgar estes relatórios.
Segundo sua última publicação, feita em 19 de junho, o país acumulou alta de 96,3% no preço de produtos e serviços nos primeiros cinco meses do ano.
A Venezuela saiu em dezembro de 2021 da hiperinflação na qual afundou em 2017 e que, durante quatro anos, reduziu o valor do bolívar, moeda oficial, bem como a confiança dos cidadãos nele, razão pela qual adotaram informalmente o dólar em uma tentativa de proteger sua renda.
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