Vencedores do Nobel da Paz: ativista bielorrusso e organizações da Ucrânia e Rússia

Por Agência de Notícias
07/10/2022 11:04 Atualizado: 07/10/2022 11:11

O ativista bielorrusso Ales Bialiatski, a organização russa Memorial e a ucraniana Centro para Liberdades Civis foram anunciados, nesta sexta-feira (07), como vencedores do Prêmio Nobel da Paz em 2022, “pelo direito de criticar o poder” e “denunciar crimes contra a humanidade.

A informação foi divulgada pelo Comitê Nobel da Noruega, com sede em Oslo, que “deseja homenagear esses três campeões dos direitos humanos, da democracia e da convivência pacífica nos países vizinhos Belarus, Rússia e Ucrânia”.

Bialiatski, segundo os promotores da premiação “foi um dos fundadores do movimento democrático que surgiu em Belarus em meados da década de 1980 e dedicou a vida a promover a democracia e o desenvolvimento político no país de origem”.

O ativista criou a organização de defesa dos direitos humanos Viasna (que significa Primavera), “em resposta às reformas constitucionais que deram poderes autoritários ao presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, e, por causa disso, segue preso, lembrou Berit Reiss-Andersen, presidente do comitê.

Já a ONG russa Memorial foi premiada pelo trabalho de coletar e verificar informações sobre abusos e crimes de guerra cometidos contra a população pelas forças russas e pró-russas.

O Comitê do Nobel lembrou que, em 2009, a diretora da sucursal da organização na Chechênia, Natalia Estemirova, foi assassinada por causa da atuação.

A Memorial parte do princípio que apontar os crimes de guerra do passado é essencial para prevenir novos, assim como luta contra o militarismo e pela promoção dos direitos humanos, assim como por governos baseados no Estado de Direito.

A organização foi criada em 1987 por ativistas de direitos humanos na antiga União Soviética, que queriam garantir que as vítimas da repressão do regime comunista nunca ficassem sem ser escutadas.

Já o Centro para Liberdades Civis foi fundado com o propósito de promover os direitos humanos e a democracia na Ucrânia, conforme destaca o Comitê Nobel.

“Tomou uma posição para fortalecer a sociedade civil ucraniana e pressionar as autoridades para fazer da Ucrânia uma democracia de pleno direito”, apontam os promotores do prêmio.

A organização “se tornou uma importante fonte de documentação dos crimes de guerra russos e desempenha um ‘papel pioneiro’ na responsabilização dos culpados”.

O Nobel da Paz foi o quinto dos prêmios anunciados neste ano, depois dos de Medicina, Física, Química e Literatura.

 

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