Espanha, França, Reino Unido, Canadá, Austrália, Suécia, Itália e Jordânia, entre outros, pediram aos seus cidadãos no Líbano que deixem o país “o mais rápido possível” devido ao risco de uma escalada no Oriente Médio, aguardando um possível ataque iminente do Irã e do grupo terrorista libanês Hezbollah contra Israel.
A embaixada da Espanha em Beirute recomendou neste domingo através da sua conta na rede social X, ex-Twitter, não viajar para o Líbano “na situação atual” e diante dos cancelamentos de voos, aconselhou aos espanhóis que se encontrem no país, especialmente se a sua estadia for temporária, que o abandonem “usando os meios comerciais existentes”.
O Ministério das Relações Exteriores francês pediu hoje aos seus cidadãos que “tomassem providências para deixar o Líbano o mais rapidamente possível” porque a situação é “muito volátil”, lembrando que ainda podem ser feitas reservas para voos comerciais diretos e com escala na França.
Na mesma linha, o governo britânico exortou ontem os seus cidadãos que ainda estão no Líbano a partirem agora, enquanto existem vias comerciais para o fazer, uma vez que a situação de segurança pode “deteriorar-se rapidamente”.
O chanceler italiano, Antonio Tajani, pediu aos seus compatriotas que se encontram no Líbano a abandonarem o país “o quanto antes”.
“Diante o agravamento da situação, convidamos os italianos que estão temporariamente no Líbano a não viajarem para o sul do país e a regressarem à Itália em voos comerciais o mais rapidamente possível”, escreveu Tajani em uma mensagem no X.
O pedido também se estende aos turistas italianos, aos quais se pede que não viajem ao Líbano, acrescentou o chefe da diplomacia italiana.
Nos últimos dias, várias companhias aéreas suspenderam ou adiaram os seus voos de e para o Líbano devido à escalada da tensão na sequência do bombardeamento israelense em Beirute que matou o principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, e da morte do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh.
Outros países ocidentais como Canadá, Austrália e Suécia – que fechou a sua embaixada em Beirute – também pediram aos seus cidadãos que deixassem o Líbano, país que só tem um aeroporto para voos comerciais, o da capital, e que faz fronteira com Israel e Síria.
A Jordânia foi o único país árabe que pediu aos seus cidadãos que “saíssem do território libanês o mais rapidamente possível”, ao mesmo tempo advertindo que uma escalada afetaria em grande parte seu próprio país, que está na linha de fogo entre Israel e Irã.
A embaixada dos EUA em Beirute, por sua vez, não pediu explicitamente aos seus cidadãos que deixassem o país, mas encorajou “aqueles que desejam deixar o Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que o voo não parta imediatamente ou não siga a rota de sua primeira escolha”.
Outros países, como Canadá, Argentina e Hungria, entre outros, emitiram recomendações para os seus cidadãos evitarem viajar para o Líbano.
Isto ocorre depois que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel com vingança pelo assassinato de Haniyeh; enquanto o chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, anunciou que o grupo armado responderá fortemente ao bombardeamento que matou o seu principal comandante na capital libanesa.