O Uruguai buscará durante sua presidência rotativa do Mercosul “revitalizar” o diálogo entre o bloco e a China, segundo afirmou nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores do país sul-americano, Omar Paganini,
Ele destacou que, mais do que um espaço de proteção, o Mercosul deve ser um ambiente que permita aos países, especialmente os menores, sair para o mundo.
“O Uruguai assume a presidência pro tempore no dia 8 de julho e, como sempre, nossa principal bandeira é a modernização do Mercosul”, disse o ministro a jornalistas durante sua participação em um evento.
Paganini ressaltou que o bloco deve ser uma plataforma para que países como Uruguai e Paraguai tenham mais intercâmbios com o resto do mundo.
“Mais do que uma zona que nos protege, o que queremos é uma zona que nos permita sair para o mundo. Queremos negociar com o mundo inteiro em uma plataforma comum. Vamos levantar novamente a necessidade de modernizar o Mercosul. Abrir, atrair, gerar acordos”, enfatizou.
“O Mercosul vem avançando nessa linha. Conseguimos assinar com Singapura e estamos avançando com os Emirados (Árabes Unidos). Vamos propor que o diálogo Mercosul-China seja revitalizado”, acrescentou.
Quando perguntado sobre a postura do presidente da Argentina, Javier Milei, Paganini disse acreditar que estava “na mesma posição”, a de abrir o bloco, apoiar os investimentos e se integrar a um mundo “que exige cada vez mais a integração em cadeias de valor e produção”.
“O Uruguai precisa se abrir para o mundo, porque essa é a maneira de atrair investimentos. O Uruguai não é grande o suficiente para ser autossuficiente de forma alguma. As cadeias de produção mundiais hoje são globais, e temos que trazer diferentes elos dessa cadeia para cá”, concluiu.