União Europeia não abrirá fronteiras para visitantes de Brasil, EUA e Rússia

30/06/2020 16:41 Atualizado: 30/06/2020 16:41

Por EFE

Bruxelas, 30 jun – A União Europeia (UE) abrirá a partir desta quarta-feira, 1º de julho, as fronteiras para visitantes provenientes de 14 países de fora do bloco que são considerados seguros, em lista que não conta com Brasil, Estados Unidos e Rússia.

Os Estados membros aprovaram a decisão hoje com maioria qualificada, ou seja, com apoio de pelo menos 55% dos países que representam 65% da população. A medida será revisada a cada duas semanas, de acordo com a evolução da pandemia no planeta.

Entre os países seguros, ou seja, que têm situação epidemiológica controlada, estão Austrália, Argélia, Canadá, China, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.

Embora conste na lista aprovada pelos Estados membros da UE, a China só será confirmada caso também permita a entrada de cidadãos europeus no território.

Hoje, a União Europeia adotou uma “recomendação” e não é legalmente vinculante, que incentiva os países que a integram a retirar as restrições, já que cada um é competente para decidir sobre as próprias fronteiras e se mantém os impedimentos decretados até hoje.

Os critérios para determinar os terceiros países para os quais a proibição de entrada deve ser levantada, levam em conta a situação epidemiológica e as medidas de contenção adotadas atualmente, incluindo o distanciamento social.

Cada nação deverá estar com situação “similar ou melhor” com relação ao número de casos de infecção pelo novo coronavírus, por casa 100 mil habitantes, na comparação com as integrantes da UE. Além disso, a curva de contágios precisa estar estável ou em baixa.

Também serão analisados aspectos como testes de diagnóstico realizados, rastreamento de infectados e o tratamento dos casos, assim como a confiabilidade das informações que são divulgadas pelos órgãos oficiais de cada país.

A elaboração da lista foi feita nas últimas semanas, após longas discussões entre representantes de todos os Estados que integram o bloco, e deixou de fora quase toda a América Latina, considerada atualmente o epicentro da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).