Os 28 países que representam a União Europeia através do comitê de representantes permanentes aprovaram, na quarta-feira (8), uma lista de sanções contra o regime ditatorial de Nicolás Maduro em resposta à crise política da Venezuela.
A punição diplomática inclui um embargo de armas e equipamentos que podem ser usados para reprimir ou espionar comunicações eletrônicas entre cidadãos venezuelanos, de acordo com a agência de notícias Info Mérida Venezuela.
As medidas também incluem a possibilidade de impor restrições seletivas contra os autores materiais.
28 países de la UE determinaron la aplicación de sanciones al Gobierno de Venezuela #TVVNoticias pic.twitter.com/9nlekDGmbr
— InfoMerida.VE (@infomerida_ve) November 9, 2017
No entanto, as decisões tomadas pelos embaixadores europeus apenas preparam a base jurídica das sanções.
As medidas futuras que poderiam ser tomadas, como as proibições de viagem e o congelamento de ativos, só seriam impostas contra funcionários venezuelanos “se a evolução da situação o exigir”, disse um diplomata da UE, de acordo com a agência Reuters.
O conjunto de sanções será aprovado oficialmente pelos ministros das Relações Exteriores na próxima segunda-feira.
A UE está dividida sobre quem punir com essas medidas, levando em consideração que o Reino Unido é um importante fornecedor de armas para a Venezuela, de acordo com a Reuters.
Espanha, Holanda e Áustria também exportam equipamento bélico para o governo de Maduro, embora nos últimos cinco anos a Rússia e a China tenham fornecido mais de 90% do material militar que Caracas adquiriu.
Os diplomatas afirmaram que o ponto de inversão para os governos da UE foram as eleições regionais no mês passado na Venezuela, que favoreceram amplamente o partido no poder.
As pesquisas sugeriam que a oposição ganharia folgadamente, mas no final só conseguiram eleger alguns governadores, de acordo com os resultados oficiais irreversíveis divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Com estas medidas, Bruxelas pretende combater os abusos de poder na Venezuela e, assim, alinha-se com outras nações como os Estados Unidos, que tomaram o caminho das sanções, responsabilizando diretamente o governo pela situação crítica que enfrenta esse país.
Esta semana, o Canadá impôs sanções contra Nicolás Maduro e outros 18 outros funcionários de alto escalão do país por violações graves de direitos humanos reconhecidas internacionalmente e por corrupção.
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